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artista espanhol Da Wikipédia, a enciclopédia livre
María de los Remedios Alicia Rodriga Varo y Uranga (Anglès, 16 de dezembro de 1908 – Cidade do México, 8 de outubro de 1963) foi uma pintora espanhola surrealista e anarquista.
Remedios Varo | |
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Nascimento | María de los Remedios Alicia Rodriga Varo y Uranga 16 de dezembro de 1908 Anglès (Restauração Bourbon na Espanha) |
Morte | 8 de outubro de 1963 (54 anos) Cidade do México (México) |
Residência | Madrid, Paris, Cidade do México, Barcelona |
Cidadania | Espanha |
Alma mater | |
Ocupação | pintora, escultora, desenhista |
Movimento estético | surrealismo |
Ideologia política | Segunda República Espanhola, Apolitismo, Spanish republicanism |
Página oficial | |
http://remediosvaro.com/ | |
Nascia em Anglès, na província de Girona, na Catalunha, em 1908, era filha de Rodrigo Varo y Zajalvo.[1] Seus pais já tinham perdido uma filha no parto, o que seria o motivo para seu nome ser tão longo e por "remediar" a dor do casal.[2] Sua mãe, Ignacia Uranga Bergareche, era católica praticante e dedicou o nome da filha à santa de Anglès, Virgem dos Remédios.[1]
Seu pai era intelectual e amante das artes, o que teria grande influência em seu desenvolvimento como artista.[3] Remedios copiava as plantas trazidas por seu pai do canteiro de obras, onde era engenheiro hidráulico, o que a ajudou a aprimorar técnicas de desenho. Foi encorajada desde tenra idade a ter pensamento independente e teve acesso a livros de ciência e aventura, como os livros de Alexandre Dumas, Jules Verne e Edgar Allan Poe.[1] Na adolescência, teve contato com livros de misticismo e filosofia.[1]
A família viajava muito por causa do trabalho de Rodrigo e para manter a filha ocupada, ele lhe pedia que reproduzisse plantas e gráficos. Ele discordava da educação religiosa que a filha recebia no colégio católico, acreditando que ela devia receber instrução liberal e universal, ideias que ele mesmo passava para Remedios.[1][4]
Seus primeiros trabalhos eram retratos da família e auto-retratos, datados de 1923, enquanto estudava. Aos 15 anos, em 1924, ela ingressou na Real Academia de Belas-Artes de São Fernando, em Madri, onde também estudou Salvador Dalí e vários outros artistas renomados,[5] obtendo seu diploma em 1930.[1] Foi em Madri que ela teve contato com o Surrealismo através de palestras, exposições, filmes e peças de teatro. Era uma visitante regular do Museu do Prado, tendo um interesse particular nas pinturas de Hieronymus Bosch.[1][4]
No mesmo ano em que se formou, casou-se com o jovem pintor Gerardo Lizárraga. Ambos se mudaram para Paris de forma a escapar das crescentes tensões políticas na Espanha, bem como para ficar no centro artístico da Europa.[1][2] Convicta de que seu destino era ser artista, depois de passar um ano em Paris, ela mudou-se para Barcelona, onde formou um círculo artístico próximo, com Josep-Lluis Florit, Óscar Domínguez e Esteban Francés.[2] Logo ela se separou do marido e passou a dividir o estúdio com Francés em uma vizinhança repleta de artistas avant-garde.[1]
Quando a Guerra Civil Espanhola começou, o poeta surrealista francês, Benjamin Peret, mudou-se para Barcelona para militar na causa anti-Franco, onde conheceu Remedios Varo, logo iniciando com ela um intenso romance, do qual existem registros em cartas de amor e publicações dedicadas à ela. Em 1937, Peret voltaria para a França, junto de Remedios.[6] Ela nunca se divorciaria de seu primeiro marido e também não mais retornaria à Espanha controlada por Franco.[5]
Remedios dividia um estúdio em Paris com Peret e Francés. Foi através de Peret que ela conheceu André Breton e o círculo surrealista da cidade, que contava com artistas como Leonora Carrington, Dora Maar, Roberto Matta, Wolfgang Paalen e Max Ernst. Ela logo participou da Exposição Internacional de Surrealismo que aconteceu em 1934, participando da edição seguinte, em Amsterdã, em 1938.[1][4]
Apesar do agitado circuito de arte da cidade, Remedios e Peret viviam na pobreza, assim como vários artistas. No começo da Segunda Guerra Mundial Peret foi preso por suas convicções políticas e Remedios foi confundida como sua esposa, também sendo presa. Alguns dias depois, ela foi libertada, quando os alemães invadiram Paris e se viu forçada a se juntar a vários refugiados. Peret foi solto mais tarde e juntos obtiveram os documentos que lhes permitiram fugir para o México. Em 20 de novembro de 1941, Remedios, Peret e Rubinstein embarcaram no navio Serpa Pinto, em Marselha.[1][2]
Comparado sua produção no México, Remedios produziu pouco enquanto estava em Paris. Além da agitação política gerada pela Segunda Guerra, havia também o fato de que mulheres nunca eram levadas à sério nos meios artísticos.[1][5][7]
Remedios Varo morreu devido a um ataque cardíaco, em 8 de outubro de 1963, na Cidade do México, aos 55 anos de idade.[1]
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