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O Império de Palmira ou Império Palmireno foi um império formado num território que se separou do Império Romano durante a crise do terceiro século. Ele abrangia as províncias da Síria Palestina, Egito e grande parte da Ásia Menor.



Império de Palmira
Império de Palmira

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Localização de Império de Palmira
Império de Palmira em amarelo à direita.
Continente Ásia
Região Oriente Médio
Capital Palmira
Língua oficial Latim
Grego[1]
Palmireno[1]
Governo Monarquia
Rei
 • 260-267 Odenato (primeiro)
 • 267-271 Vabalato (último)
 • 267-271 Zenóbia (regente)
Período histórico Antiguidade Tardia
  260Secessão do Império Romano
  273Reconquistado por Aureliano
Atualmente parte de Síria Síria,  Egito,  Turquia

Depois da morte de seu fundador, Odenato, ele foi governado pela rainha Zenóbia em nome de seu filho menor Vabalato. A capital deste fugaz império era a cidade Palmira.

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Crise do terceiro século

Apesar de diversas crises, o Império Romano havia conseguido se manter íntegro desde a sua fundação por Augusto. Porém, depois que Alexandre Severo foi assassinado por seus próprios soldados em 235, as legiões romanas foram derrotadas numa campanha contra o Império Sassânida e o império ruiu. Diversos generais se digladiavam pelo trono, as fronteiras foram negligenciadas e sofreram muitos ataques dos cárpios, godos, vândalos e alamanos, além de uma séria invasão dos sassânidas pelo oriente.

Finalmente, em 258, os ataques passaram a se originar dentro do próprio império e ele se dividiu em três estados independentes competindo entre si. As províncias na Gália, Britânia e Hispânia também se separaram para formar o Império das Gálias no ano seguinte.

Como Roma não conseguia mais proteger as províncias orientais contra os persas sassânidas, o governador da Síria, Sétimo Odenato, decidiu utilizar as grandes legiões que tinha à disposição, inclusive a famosa XII Fulminata, para defender a região e não para tentar intervir no caos que imperava em Roma. O Império era reconhecido pela sua liberdade filosófica e religiosa.[2]

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Fundação do Império

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Uma rara moeda de Zénobia identificando-a como "augusta".

Odenato foi assassinado e seu filho, Vabalato, foi aclamado rei (rex consul imperator dux Romanorum, "rei, cônsul, imperador e duque dos romanos") e corrector totius orientis ("governador de todo o oriente") do chamado Império de Palmira.

Porém, o poder estava na realidade nas mãos de sua mãe, Zenóbia. Com as legiões sob seu comando e aproveitando-se da confusão em Roma, Zenóbia conquistou o Egito, Síria, Palestina, partes da Ásia Menor e o Líbano, adotando para si e para o filho o título de "augusto(a)".

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Reconquista por Aureliano

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Antoniniano mostrando Aureliano, representado como uma personificação do Sol, derrotando o Império de Palmira e celebrando-se ORIENS AVG.

Em 270, Aureliano conseguiu se consolidar como imperador romano. Depois de derrotar os alamanos, que haviam invadido a Itália, ele se voltou para o oriente e para o Império de Palmira.

A Ásia Menor foi recuperada sem maiores dificuldades, pois todas as cidades, com exceção de Bizâncio e Tiana, se renderam sem luta, pois o imperador vinha destruindo completamente todas as que resistiam. Porém, a queda de Tiana acabou cercada de mistério, pois Aureliano a poupou depois de ter tido uma visão do grande filósofo Apolônio de Tiana, a quem ele apreciava muito, num sonho. Apolônio teria implorado-lhe pela segurança da cidade dizendo: "Aureliano, se você deseja governar, abstenha-se do sangue dos inocentes! Aureliano, se você quer conquistar, seja misericordioso!". Seja qual for a razão, a cidade foi poupada, o que fez com que mais e mais cidades se entregassem contando agora com a benevolência do imperador.

Aureliano derrotou a rainha Zenóbia na Batalha de Imas e, desta vez de forma decisiva, na Batalha de Emesa. No espaço de seis meses, seus exércitos saíram de Roma e chegaram às portas de Palmira, que se rendeu quando Zenóbia tentou escapar para o Império Sassânida, marcando o fim do Império Palmireno.

Depois de um breve choque os persas e outro no Egito contra o usurpador Firmo, Aureliano retornou a Palmira em 273 para sufocar uma nova revolta. Desta vez o imperador permitiu que suas tropas saqueassem a cidade, que nunca mais recuperou o antigo prestígio. Ele passou a ser conhecido a partir daí como "Pártico Máximo" (Parthicus Maximus) e "Restaurador do Oriente" (Restitutor Orientis).

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Referências

  1. Trevor Bryce, Ancient Syria: A Three Thousand Year History, (Oxford University Press, 2014), 280.

Bibliografia

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