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ondas ou partículas que se propagam através do espaço ou através de um meio, transportando energia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Em física, radiação (do termo latino radiatione) é a propagação de energia de um ponto a outro, seja no vácuo ou em qualquer meio material, podendo ser classificada como energia em trânsito, e podendo ocorrer através de uma onda ou partícula.[1] As radiações podem ser emitidas tanto artificialmente em procedimentos médicos ou atividades industriais, quanto naturalmente, como a luz solar por exemplo. Independente do tipo, elas interagem com os corpos, até mesmo com o ser humano, e depositam neles energia. Essa interação depende do tipo da energia e do meio em que está se propagando.
Esta seção não cita fontes confiáveis. (Setembro de 2023) |
As radiações podem ser classificadas:
A radiação UVC emitida pelo Sol é totalmente absorvida pela atmosfera terrestre, enquanto a UVB é absorvida em aproximadamente 90%, fazendo com que a maior parte da radiação UV que chega à superfície da Terra seja composta majoritariamente por UVA e uma pequena parcela de UVB.
Como descrito anteriormente, a maior parte dos raios UV é não ionizante. No entanto, ela ainda assim é nociva a tecidos biológicos e causa efeitos perceptíveis em química.[7]
O que chamamos de luz, ou luz visível, é a pequena porção do espectro eletromagnético que o olho humano é capaz de captar, de comprimento de onda entre 400 nm e 780 nm.[7]
O infravermelho é a onda eletromagnética de comprimentos de onda entre 1 μm e 300 μm. É responsável pela sensação de calor, compondo a maior parte da energia irradiada pelo Sol.[7]
A probabilidade de ocorrer interação da radiação com a matéria depende da energia de incidência do fóton, da densidade do meio em que se propaga, da espessura do meio e de seu número atômico.
Os principais fenômenos de interação da matéria com as radiações eletromagnéticas (raios X e gama) são:
A absorção da radiação em casos mais simples, por exemplo, exposição inadequada a luz solar, pode causar desde leves queimaduras até uma insolação, em casos mais graves, uma exposição a doses altas de radiação, como aconteceu no trágico Acidente nuclear de Chernobil na Ucrânia, pode ocasionar doenças graves como Leucemia e até a morte. Os resultados da exposição à radiação podem ser muito diferentes de um individuo para outro, isso porque cada tecido biológico responde de uma forma. No entanto, um mesmo tipo de exposição pode ocorrer em exames de diagnóstico, como o raio-X, ou em tratamentos de radioterapia. Também podem ocorrer exposições periódicas em certos trabalhos, mas este é monitorado para que não exceda do limite estabelecido. Os efeitos sofridos por trabalhadores de usinas nuclear, mineradores de urânio e radiologistas, são pequenas dores de cabeça, mal estar, possibilidade de desenvolver Catarata, e há certos indícios da diminuição da expectativa de vida, dentre outros. Isto acontece pois a radiação, quando penetra em tecidos vivos, em meio a diversas colisões e interações com átomos e moléculas, perde energia, causando, assim, problemas no funcionamento das células.[8]
A radiação tem seus benefícios para o ser humanoː a radiação solar, por exemplo, é um meio natural de emissão e é primordial para a vida na Terra. Sem ela, não existiria vida como conhecemos hoje. As radiações emitidas artificialmente também são benéficasː na medicina moderna, várias atividades médicas usam a radiação, como a radiografia, mais conhecida como raio x; a radioterapia, usada no tratamento de tumores; e a medicina nuclear, que tem, por objetivo, um diagnóstico. O perigo de um tratamento com radiação é inevitável. No caso da radioterapia que trata um tumor, ele pode ser fatal, porém, por não haver outro tipo de tratamento, os riscos são justificáveis. Nas radiografias, o nível de exposição é muito baixo, mas ela só deve ser feita por um profissional com formação adequada. Da mesma forma que a radioterapia, os benefícios da radiografia para o paciente superam os seus riscos.
Em 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil, na Ucrânia (na antiga União Soviética), aconteceu o maior acidente nuclear da história. Um reator explodiu, liberando uma enorme cortina de fumaça com elementos radioativos que rapidamente se espalharam por uma boa parte da Europa e da União Soviética. O governo Soviético tentou manter o acidente em sigilo, sem que houvesse evacuação das pessoas nas cidades mais próximas. Porém, habitantes da cidade a cerca de três quilômetros, foram totalmente infectados e só foram retirados da cidade depois de terem passado horas expostos a radiação. Dessa forma, outros países detectaram um alto nível de radiação no ambiente e, a partir daí, resolveram ajudar a inibir os efeitos que o acidente poderia vir a causar. Muitos países foram infectados com a radiação, entre eles podemos citar a Dinamarca, Suécia, França e Itália. Esse acidente custou a vida de cerca de 4 mil pessoas segundo a Organização das Nações Unidas.
Em 13 de setembro de 1987, na cidade de Goiânia, o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia que continha Césio-137 e fora abandonado onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas. O aparelho foi encontrado por catadores de um ferro-velho local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi, então, desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação. Foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares. O acidente foi classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a sete, onde 0 corresponde a um desvio sem risco para segurança, enquanto 7 é um desvio muito grave.
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