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Quills

filme de 2000 dirigido por Philip Kaufman Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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Quills (bra: Contos Proibidos do Marquês de Sade; prt: Quills - As Penas do Desejo) é um filme de 2000, coproduzido pelos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido, com enredo adaptado da peça teatral Quills de Doug Wright edirigido cinematograficamente por Philip Kaufman. A obra pertence aos gêneros drama, biográfico e romance.[1]

Factos rápidos
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Sinopse

Vivendo seus últimos dias no sanatório de Charenton, o ilustre Marquês de Sade, internado sob acusação de loucura por causa dos seus contos proibidos e obscenos, repleto de erotismos e perversão. Com a ajuda da lavadeira Madeleine, seus textos circulam clandestinamente para a publicação, mas o Marquês terá de enfrentar desafios para continuar a publicar seus escritos. Sade recorre a métodos cada vez mais extremos para registrar suas histórias, levando ao embate intenso entre liberdade e repressão.[2]

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Enredo

Resumir
Perspectiva

O filme acompanha os últimos anos do Marquês de Sade no manicômio de Charenton, onde está internado por determinação das autoridades francesas devido aos seus contos considerados imorais e ao seu comportamento visto como perturbador para a ordem social. Mesmo com resistente vigilância de Abade Coulmier, diretor da instituição, o Marquês continua produzindo e publicando demasiadamente suas histórias baseadas em erotismo, obscenidade e críticas.

Com a ajuda da lavadeira Madeleine, uma jovem e bela mulher, encantada pela ousadia e o mundo perverso do Marquês, ela torna-se responsável para levar os manuscritos para serem publicados, e a cada publicação os contos tomam maiores proporções. Quando Napoleão Bonaparte é informado da circulação dos contos, envia o médico Dr. Royer-Collard para tratar da suposta loucura de Sade e impedir que ele continue escrevendo. Nesse momento ocorre o desenrolar da trama, com seus pertences de escritas apreendidos, o indomável escritor é privado de produzir e compartilhar suas ideias polêmicas.

Mas o Marquês não se deixa intimidar, ele encontra meios extremos para registrar seus enredos, utiliza vinho, ossos, sangue, lençóis, roupas e seus excrementos.

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Elenco

●       Geoffrey Rush - Marquês de Sade

●       Kate Winslet - Madeleine

●       Joaquin Phoenix - Abbe Coulmier

●       Michael Caine –Dr. Royer-Collard

●       Billie Whitellaw - Madame LeClerc

●       Patrick Malahide - Delbene

●       Amelia Warner - Simone

●       Jane Menelaus - Renée Pélagie

●       Stephen Moyer - Prouix

●       Stephen Marcus - Bouchon

Informações Extrafílmicas

O filme é uma adaptação baseada na peça teatral Quills, escrita por Doug Wright, que também assina o roteiro cinematográfico. Embora inspirado na figura histórica do Marquês de Sade, o filme toma liberdades artísticas significativas, explorando temas como censura, liberdade de expressão e repressão sexual.[3]. O filme arrecadou aproximadamente $18 milhões mundialmente, superando seu orçamento estimado de $13,5 milhões e sua composição musical ficou a cargo de Stephen Warbeck, vencedor do Oscar por Shakespeare Apaixonado. A direção de arte foi assinada por Martin Childs, com figurinos de Jacqueline West, ambos indicados ao Oscar por seu trabalho no filme.[4]

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Contexto histórico do período de produção

Embora o filme seja ambientado no século XVIII, ele foi produzido no final dos anos 1990 e lançado em 2000, período marcado por intensos debates sobre liberdade de expressão, censura e direitos individuais. A década de 1990 assistiu ao crescimento da internet e ao aumento do acesso à informação, o que trouxe à tona questões sobre o controle da informação e a moralidade na sociedade.[5] Além disso, o final do século XX foi um período de transição cultural, onde antigas normas sociais começaram a ser questionadas, refletindo-se em produções artísticas que abordavam temas como sexualidade, poder e repressão.[6]

O filme aborda temas como censura, liberdade de expressão e repressão sexual, refletindo as tensões culturais e políticas da época. Embora a narrativa seja ambientada no século XVIII, a produção e os temas explorados no filme dialogam com as questões contemporâneas enfrentadas no final do século XX.[7]

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Representação histórica e temática

O filme  apresenta uma representação ficcionalizada do Marquês de Sade, usando menos a precisão histórica e mais a interpretação simbólica. A narrativa transforma o sanatório de Charenton em um cenário onde se discutem temas como censura, controle moral, liberdade de expressão, sexualidade reprimida e o poder disciplinador das instituições. Os personagens, especialmente Sade, o abade Coulmier e Dr. Royer-Collard, são construídos para simbolizar forças opostas entre liberdade criativa e autoridade repressiva. Assim, o filme não busca reconstituir fielmente o passado, mas utiliza Sade como metáfora para refletir sobre debates modernos acerca da arte, moralidade pública e violência institucional. É uma obra mais temática que histórica, dialogando com discussões filosóficas e historiográficas sobre poder, corpo e discurso.

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Recepção crítica

O Metacritic, que usa uma média ponderada, atribuiu ao filme uma pontuação de 70 em 100, baseado em 31 críticos, indicando críticas "geralmente favoráveis". O elenco é um dos maiores destaques, com o ator Geoffrey Rush sendo muito elogiado pela sua atuação como marquês de Sade. Joaquin Phoenix também elogiado por sua interpretação do Abade de Coulmier.[8]

O roteiro é considerado impecável por alguns críticos, explorando de forma moderna temas como a hipocrisia social, a relação entre o poder e o discurso, e atenção entre a arte e a moralidade.[9] A direção de Philip Kaufman elogiada por sua maturidade e perspicácia, os momentos autorais e uma abordagem que mantém um espectador atento.[9] O filme descrito como sensual e subversivo, com uma abordagem que vai além de uma simples cinebiografia, é uma tentativa de provocar o público a pensar, e não um mero de leite sexual explícito.[10]

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Indicação

O filme “Contos Proibidos do Marquês de Sade” é geralmente bem recomendado e elogiado por muitos espectadores e críticos, destacando as atuações, especialmente de Joaquin Phoenix e Geoffrey Rush. Além do roteiro de qualidade, a construção sensual no cenário geral do filme e o subtexto sobre liberdade de expressão. Entretanto, algumas críticas apontam o ritmo lento e a dificuldade em encerrar a narrativa de forma satisfatória, além de ressaltar que a obra não é uma biografia real.

A obra cinematográfica é recomendada para espectadores que apreciam dramas de época densos e controversos, com foco em temas complexos. Não é recomendado para pessoas que se sentem desconfortáveis com temas que desafiam normas sociais e religiosas.[11]

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Principais prêmios e indicações

Oscar 2001 (EUA)

  • Indicado nas categorias de melhor ator (Geoffrey Rush)[12], melhor direção de arte[12] e melhor figurino[12]

Globo de Ouro 2001 (EUA)

  • Indicado nas categorias de melhor ator de filme dramático[13] (Geoffrey Rush) e melhor roteiro[13]

BAFTA 2001 (Reino Unido)

  • Indicado nas categorias de melhor figurino, melhor maquiagem, melhor atuação de um ator em papel principal (Geoffrey Rush) e melhor produção de arte[14]

Fantasporto 2001 (Portugal)

  • Recebeu o Prêmio de Audiência do Júri[14]

Satellite Awards 2001 (EUA)

  • Venceu nas categorias de melhor atuação de ator em cinema de drama e melhor roteiro adaptado.[14]
  • Indicado nas categorias de melhor diretor, melhor filme de drama e melhor atuação de atriz coadjuvante de drama (Kate Winslet).[14]

Referências

  1. «Contos Proibidos do Marquês de Sade». Brasil: CinePlayers
  2. «Contos Proibidos do Marquês de Sade». AdoroCinema. Brasil
  3. «Contos Proibidos do Marquês de Sade – Ficha Técnica»
  4. «Variety. Kaufman's Tale of Marquis de Sade, Starring Geoffrey Rush». Consultado em 28 set. 2025. Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. M.A, Kleen. «. Quills: A Poignant Civil Rights Allegory.». Consultado em 28 set. 2025
  6. A.E, Larsen. «Quills: Doing the Nasty». Consultado em 28 set. 2025. Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. TEIXEIRA, Wanderley (2014). «. Tesouro de Locadoras:Os contos proibidos do Marques de Sade. criticas». Coisa de Cinéfilo. Consultado em 15 nov. 2025
  8. SIRQUEIRA, Roberto (2017). «Os contos proibidos do Marques de Sade. criticas». Cinema e Debate. Consultado em 15 nov. 2025
  9. VILLAÇA, Pablo (2001). «Os contos proibidos do Marques de Sade. criticas». Cinema em cena. Consultado em 15 nov. 2025
  10. «Oscar 2001 – indicados: Geoffrey Rush». FOLHA DE SÃO PAULO. Consultado em 30 nov. 2025
  11. «73.º Oscar - 2001». CinePlayers. Consultado em 1 de dezembro de 2018
  12. «58.º Globo de Ouro - 2001». CinePlayers. Consultado em 1 de dezembro de 2018
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