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Proença-a-Velha
freguesia do município de Idanha-a-Nova, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Proença-a-Velha é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Proença-a-Velha do Município de Idanha-a-Nova,[3] na antiga província da Beira Baixa, região do Centro (Região das Beiras) e sub-região da Beira Interior Sul, freguesia com 58 km² de área[4] e 190 habitantes (censo de 2021)[5], tendo, por isso, uma densidade populacional de 3,3 hab./km².
Proença-a-Velha foi vila e sede de concelho entre 1218 e 1836. O concelho era constituído pelas freguesias da sede e de Aldeia de Santa Margarida até à reforma administrativa de 1835 e São Miguel de Acha até 1752. Tinha, em 1801, 934 habitantes.
Proença designa várias freguesias de Portugal e, escrito como Provença, refere-se também a Provence (designação medieval para região de França). Supõe-se, portanto, uma origem occitana das populações que vieram a criar estas aldeias, no tempo da reconquista cristã da região.
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Demografia
A população registada nos censos foi:[5]
Com 1490 habitantes em 1920 a população decresceu para 1229 habitantes dez anos mais tarde, recuperando para 1481 em 1950. Daí para cá tem havido um decréscimo continuado, década após década, com a migração da população principalmente para a região da grande Lisboa e para a França e Alemanha.[7]
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Evolução Histórica e Administrativa
- Até 1218 pertenceu a Idanha-a-Velha, a antiga Egitânia.
- 1218 - Em Abril de 1218 recebe foral de D. Pedro Alvites, mestre da Ordem do Templo, em carta concedida com beneplácito de D. Afonso II e D. Urraca.
- 1505 - No Tombo da Comenda de 1505 é definido o limite e termo de Proença, que inclui o território e as povoações correspondentes às actuais freguesias de Aldeia de Santa Margarida, Proença-a-Velha e S. Miguel d'Acha.
- “Começa o dito termo e limite da dita Villa de Proença na foz do Ribeiro da Caniça, onde se mete na Ribeira de Alpreade e leva a dita ribeira acima até onde se mete a dita ribeira na Ribeira de Taveirol, e de si por Taveirol acima até à Ribeira de Ceife. E vai-se pela dita Ribeira de Ceife acima até ao Pego da Piçarreira, que é ao poente e daí se vai direito ao forno telheiro e de si à lagoa que está na terra de Luís Gonçalves de Proença, que é ao norte. E vai-se ao ribeiro da dita terra abaixo até o fundo da dita terra e daí vai por meia ladeira por cima da terra de Vasco Martins de Proença onde está uma mó quebrada. E daí se vai direito ao pardieiro de Vale Mourinho e vai-se ao malhão que está no dito Vale Mourinho no caminho que vai para o Pedrógão. E daí se vai direito à eira de Diogo Dias da Bemposta. E daí o lombo abaixo até à eira de Gonçalo Vaz de Proença direito à Ribeira de Rio Torto. E desde o dito forno telheiro até aqui parte com termo de Penamacor, sobre que há uma dúvida entre a dita vila de Penamacor e Proença. E vai-se pela dita ribeira abaixo até à estrada do porto das castanhas, que é ao levante. E daí vai pelo caminho que vem de Santa Maria do Mosteiro para Medelim até o dito porto das castanhas. E daí sempre pela cumeada até Vale Longo e atravessa Vale Longo por baixo um pedaço donde mataram a mulher direito à lagoa que está no caminho que vai de Proença para Monsanto. E daí vai ao poço redondo e daqui a um marco de um pedra piçarreira, altura de um bol palmo sobre a terra e está sobre a nave da atalaia. Daí se vai à apartadura da atalaia onde está outro marco doutra pedra piçarreira grossa, altura de um bom côvado sobre a terra. E daí se vai por cima do vilar contra o levante direito à portela de cima da nave da atalaia onde está um marco de seixo, altura de um palmo sobre terra, junto com um malhão de seixos. E daqui acaba de partir com termo de Monsanto.
- E dali se vai direito à Ribeira das Atalaias, começando de partir com o termo de Idanha-a-Velha e leva o dito ribeiro abaixo até se meter na Ribeira do Ponsul. E daí torna para a estrada que vai para o Torrão até Rio Torto, e daí vem sempre pela dita estrada, partindo com a Idanha-a-Nova até à Fonte da Calada daí passa o Ribeiro da Canada e vai pelo lombo acima até à pedra da cruz e daí vai direito à estrada que vai de Proença para a Idanha-a-Nova. E daí vai direito ao Cabeço da Urra e daí se vai ao lombo a fundo direito à Ribeira da Caniça e vai pela dita ribeira abaixo até meter em Alpreade onde começou."[8]
- 1510 - Recebe Foral novo,de D. Manuel I
- 1708 - Na Corografia Portugueza e descripçam topográfica do famoso reyno de Portugal do P. António Carvalho da Costa de 1708,[9] refere-se:
- “A Villa de Proença-a-Velha fica seis legoas de Castello-Branco para o Nordeste, & está fundada em huma planície, que banha o rio Torto pela parte do Norte, aonde tem sua ponte, & a fertiliza de todos os frutos. Tem 180 visinhos com huma Igreja Paroquial, Vigayraria da Ordem de Christo, que apresenta a Mesa da Consciência, Casa de Misericórdia, & cinco Ermidas: deo-lhe o foral o Mestre do Templo com os seus Frades, & he seu Alcayde mor, & Comendador D. Lourenço de Almada. O seu termo tê os lugares seguintes.
- S. Miguel Dacha, Vigayraria da Ordem de Christo, que apresenta a Mesa da Consciência, tem 220. visinhos, & quatro Ermidas, & hum Juiz ordinário no cível.
- S. Margarida, Vigayraria da mesma Ordem, & apresentação, tem 100. visinhos, & para o poente lhe fica a ribeira de Ceife, meya légoa distante: he fértil de paõ, azeite, & gados.”
- 1752 - D. José I faz vila São Miguel d’Acha, passando o concelho de Proença a corresponder apenas às actuais freguesias de Aldeia de Santa Margarida e Proença-a-Velha.
- 1835 - O concelho é extinto na sequência da reforma administrativa iniciada em 1832, por decretos publicados no Diário do Governo nº 169, de 20 de Julho e nº 172, de 23 de Julho de 1835.
- 1842 - Proença-a-Velha aparece já como freguesia do concelho de Idanha-a-Nova, ao qual pertence ainda hoje.
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Património
Património Religioso
- Igreja Matriz de Proença-a-Velha - Classificada como Imóvel de Interesse Público (IIP) pelo Dec. n.º 5/2002, publicado no Diário da República nº42 de 19 de Fevereiro de 2002.( A Classificação inclui o altar-mor de talha dourada e as três imagens do Calvário).[10]
- Igreja da Misericórdia de Proença-a-Velha - Classificada como Imóvel de Interesse Público (IIP) pelo Dec. nº 67/97, publicado no Diário da República nº301 de 31 de Dezembro de 1997.[11]
- Capela do Senhor do Calvário
- Capela de Santo António
- Ermida de Nossa Senhora da Granja (a cerca de 3 km da povoação)
Património Civil
- Pelourinho de Proença-a-Velha - Classificado como Imóvel de Interesse Público (IIP) pelo Dec. nº 23122, publicado no Diário do Governo nº231 de 11 de Outubro de 1933.[12]
- Cruzeiro
- Núcleo Museológico do Azeite ou Lagares de Proença-a-Velha
- Jardim de São Sebastião - Situado na Entrada Sudoeste da freguesia, próximo do chafariz de S. Sebastião, o qual está implantado no local da antiga capela do mesmo nome. No jardim está um monumento em granito representando São Sebastião.
Chafarizes, Fontes, Poços Públicos e Fontários
Chafarizes
- Chafariz Longe - Na entrada Sudoeste da freguesia.
- Chafariz dos Pirolitos - Na parte Norte da freguesia, próximo do caminho para a antiga capela de Santo André.
- Chafariz da Devesa - Na entrada Nordeste da freguesia, junto ao Bairro da Devesa, no Campo das Feiras.
- Chafariz do Adro - Junto à Igreja da Misericórdia
- Chafariz de São Sebastião - Próximo do Jardim do mesmo nome e no local onde existiu a Capela deste santo.
Fontes
- Fonte da Goma - No extremo Norte da Freguesia, próximo da actual capela do Senhor do Calvário. É a mais antiga da freguesia e situa-se próximo de uma antigo caminho romano a Quelha do Medo.
- Fonte da Bica - Situava-se junto à Quelha da Bica, mas foi incorporado em terrenos privados por acordo celebrado nos inícios do século XX entre a Junta de freguesia de então e o proprietário do Poço do Capitão que passou a ser de livre acesso a toda a população.
Poços Públicos
- Poço da Arregaça - Quase em frente do Jardim de São Sebastião
- Poço Novo - Entre o Cruzeiro e o Núcleo Museológico do Azeite
- Poço do Prelado - Entre a Capela de Santo António e a Capela do Senhor do Calvário
- Poço do Capitão - Situa-se frente a 1.º habitação, na entrada Nordeste da freguesia para quem vem do Bairro da Devesa. Localiza-se em propriedade privada mas era de acesso livre a toda a população por acordo celebrado entre o seu proprietário e a Junta de Freguesia, quando esta lhe cedeu o terreno onde se localizava a Fonte da Bica
- Poço d'El-Rei - Apenas existe hoje a Travessa do Poço d'El-Rei, que liga a Rua da Fontainha à Rua do Espírito Santo. o Poço seria, certamente, um poço actualmente localizado numa propriedade privada contígua à dia Travessa.
Fontanários
- Fontanário da Praça - No centro da freguesia, junto ao Pelourinho.
- Fontanário da Igreja - No adro da Igreja
- Fontanário da Fontainha - Ao fundo da rua do mesmo nome
- Fontanário de Santo António - Frente à capela de Santo António
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Personalidades ilustres
Toponímia (arruamentos)
Ruas
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Largos
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Travessas
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Heráldica
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Tradições
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Perspectiva
Janeiras
É tradição durante todo o mês de Janeiro e a partir do dia de Reis cantarem-se as Janeiras. Com início ao princípio da noite um grupo de pessoas vai cantando, de porta em porta, percorrendo todas as ruas da povoação.
Antigamente o grupo era constituído apenas por rapazes que recebiam, para além de dinheiro, também chouriças, ovos e bebidas que utilizavam, no final, para fazer petiscos em que comiam, bebiam e confraternizavam.
Actualmente o grupo é constituído maioritariamente por mulheres e as ofertas são quase exclusivamente em dinheiro que é utilizado para fins comunitários.
Para além dos donativos grande parte das pessoas convida os elementos do grupo a entrar em casa e oferecem bolos, filhóses, jeropiga, vinho, etc…
Tradições Quaresmais, Semana Santa e Festa Pascal
Ladainhas da Quaresma
Nos cinco primeiros Domingos da Quaresma, ao início da noite, realizam-se as Ladainhas organizadas pela irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Velha, com a participação da população.
Partindo da Igreja da Misericórdia percorrem as ruas da freguesia, visitando os 7 Passos, assim distribuídos: 1º na fachada da Igreja da Misericórdia; 2º Junto ao Cruzeiro, próximo do local onde existiu a capela do Espírito Santo à qual estava adossado; 3º Na Igreja Matriz; 4º- Na fachada da antiga capela do Divino Padre Eterno; 5º Na Rua da Amargura, no local onde a Rua de Santo António entronca com a Rua Conde de Proença-a-Velha; 6º - na Rua de Santo António, a cerca de 100 metros da respectiva Capela, junto da qual se situava até meados do século XX; 7º - Frente à Capela do Senhor do Calvário, no cabeço fronteiro ao cabeço do Castelo e já fora do perímetro urbano da freguesia.
O cortejo pára em cada um destes locais para cantar e rezar os respectivos Passos; no percurso entre cada um deles um regrador vai cantando, em latim, a ladainha de todos os santos entoando cada um dos respectivos nomes aos quais responde a população.
Depois de visitar o 7º Passo a Ladainha retorna à Misericórdia.
Cântico dos Martírios
No final das Ladainhas formam-se dois grupos de cerca de 10 a 12 pessoas, maioritariamente mulheres, deslocando-se um para o cabeço do Senhor do Calvário, frente à Capela e o outro para o cimo da Barreira do Castelo, ficando frente a frente nos dois locais mais altos da povoação.
Uma vez aí chegados, o grupo do Castelo canta a seguinte quadra: Bendita e louvada seja / a paixão do Redentor / que para nos livrar das culpas / morreu por nosso amor. Assim que acabam de cantar responde o Grupo do Castelo cantando a primeira das 17 quadras descrevendo os Martírios do Senhor, sendo que entre cada uma dessas quadras o Grupo do Castelo repete a quadra inicial.
Encomendação das Almas
Nas últimas Sextas-feiras da Quaresma, anteriores à Sexta-feira Santa encomendam-se as Almas. O cântico é realizado por um pequeno grupo de mulheres acompanhadas em regra por um homem que transporte um candeeiro. Totalmente vestidas de preto e com um xaile pela cabeça juntam-se, um pouco antes da meia-noite, entre a Igreja Matriz e o cemitério e iniciam o cântico precisamente ao soar da meia-noite.
Após cantaram as 3 quadras que compõem o cântico tocam uma campainha e rezam um padre-nosso, repetindo o ritual em 13 sítios diferentes ao redor de toda a povoação, situados todos eles em encruzilhadas ou balcões e terminando o cântico por volta das 2 horas da madrugada.
Cerimónias de Quinta-Feira Santa
A Irmandade da Misericórdia organiza, desde que há memória, as cerimónias da Semana Santa, as quais na Quinta-feira constam do Lava-pés a que se segue a procissão do Encontro com a realização de dois sermões, o do encontro e o da morte, ou das sete palavras. No final das cerimónias a irmandade realiza a Ceia dos Doze à qual se segue o cântico do Louvadíssimo, em que os doze percorrem cantando o trajecto das Ladainhas, terminando cerca das 2 horas da madrugada.
Cerimónias de Sexta-Feira Santa
Organizada também pela Irmandade da Misericórdia realiza-se na Sexta-feira à noite a procissão do Enterro. Os elementos da Irmandade, com as suas opas pretas e capuz pela cabeça, transportam o esquife com o corpo de Jesus num percurso pelas ruas da freguesia acompanhado pela população, sempre no mais profundo silêncio apenas quebrado, de quando em quando, pelo lamenta das 3 Marias, ou Heus, e pelo cântico da Verónica (O vos omnes).
Sábado de Aleluia
No Sábado de Aleluia, um pouco antes da meia-noite, a população começa a concentrar-se frente à porta da Igreja Matriz para, ao soar das doze badaladas, irromper a cantar, ao som de adufes e de algum acordeão, as Alvíssaras.
Simultaneamente o sino da Torre toca o toque festivo de procissão.
Depois de algum tempo, e muitas quadras cantadas, o cortejo desloca-se percorrendo o trajecto das Ladainhas, passando por todos os Passos e indo terminar frente à Misericórdia.
Quando o Pároco residia na freguesia era costume deslocarem-se depois a sua casa para lhe cantarem também as Alvíssaras, recebendo em troca amêndoas, passas, bolos e jeropiga.
Domingo de Páscoa
Antecedendo a Missa Festiva a Irmandade sai da Misericórdia e vai à Igreja Matriz buscar o Padre e a população que se dirigem em procissão até à Misericórdia para constatarem a Ressurreição de Jesus, indo até junto do Sepulcro todo enfeitado de flores e já aberto e vazio. A Procissão percorre depois algumas das ruas da freguesia e dirige-se à Igreja para a Missa Solene, finda a qual a Irmandade regressa à Misericórdia indo por fim acompanhar o Provedor a sua casa e desejar-lhe boas festas sendo recebidos e recompensados com bolos e bebidas, após o que regressam cada um a suas casas, para o almoço da Páscoa em família.
Até à década de 80 do século XX depois de almoço realizava-se a Visita Pascal com o pároco a percorrer todas as habitações de freguesia para dar Nosso Senhor a beijar e desejar Boas-Festas recolhendo as dádivas de cada família, pelo que era acompanhado pelo sacristão com a bolsinha para os donativos monetários e por um grupo de criançada com cestas para recolherem os donativos em espécie nomeadamente bolos, fruta e ovos…
Segunda-Feira da Páscoa
No dia a seguir à Páscoa a população desloca-se em romagem até à Ermida de Nossa Senhora da Granja, situada no campo a cerca de 4 km da povoação.
Aqui juntamente com os povos das outras freguesias vizinhas realiza-se uma das mais antigas romarias da região, que para além das cerimónias religiosas, com Missa e Procissão ao redor do recinto, conta ainda com os cânticos ao som de adufe e o tradicional almoço convívio à sombra das oliveiras.
Até à década de 80 do século XX uma grande parte da população de Proença incorporava-se numa procissão liderada pelo pároco e que saía da Igreja Matriz e seguia pelos campos até à Ermida.
Segunda-Feira da Pascoela
Na segunda-feira seguinte, a da Pascoela, repete-se a ida à Senhora da Granja mas agora com muito menos romeiros, numa festa fundamentalmente religiosa.
A exceção, de há uns anos a esta parte, vai para os homens de Aldeia de Santa Margarida que aqui se deslocam neste dia para realizarem um almoço convívio no recinto junto à ermida.
O Madeiro
Tradição milenar, reminiscência de antigos ritos dedicados ao sol, dos quais as fogueiras eram elemento fundamental, o madeiro mantém-se ainda nos dias de hoje, por estas terras raianas da Beira Baixa, como um das mais arreigadas manifestações culturais destas gentes.
Assim é também em Proença-a-Velha, onde o madeiro do Natal continua, ainda hoje a ser transportado em dois carros de bois, os quais são puxados pela força dos braços da população.
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Festas e Romarias
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Perspectiva
Festividades Religiosas
Festa da Senhora da Granja
A Senhora da Granja, à qual já fizemos referência, era uma das principais romarias da região, iniciando o ciclo de romarias que se estendia precisamente desde a Segunda-Feira da Páscoa e que terminava em meados de Setembro com a Senhora da Azenha de Monsanto, a Santa Luzia do Castelejo e, antigamente, com a Senhora do Almurtão da Idanha, a qual no séc. passado foi mudada para a terceira 2ª-feira após a Páscoa. É uma romaria campestre à qual acorrem as gentes das povoações circundantes, para cumprir os seus rituais religiosos e de fé, mas também para o habitual partilhar das merendas e o convívio à volta dos cantos e danças sempre acompanhados pelo som característico dos adufes.
Festa da Senhora da Silva
A festa da padroeira de Proença realiza-se a 15 de Agosto, dia que a Igreja católica dedica à Assunção da Virgem e que é comemorado por esse país fora com uma infinidade de festas dedicadas a sem número de diferentes santas.
A componente religiosa, com Missa solene e procissão continua a realizar-se, sendo que na componente civil o habitual “ramo” de oferendas que se realizava no Largo do Corro, foi de há alguns anos a esta parte substituído por uma festa com comes e bebes no Largo do Adro, que culmina com uma noite de fados.
Festa do Senhor do Calvário
É a grande festa civil/religiosa das gentes de Proença à qual comparecem os proencenses espalhados pelos quatro cantos do mundo.
Realizava-se no segundo Domingo e 2ª-feira de Setembro, encerrando assim o ciclo de festividades estivais.
Na década de 70 do século XX foi antecipada para o penúltimo fim de semana de Agosto para poder coincidir com o período de férias por excelência, permitindo assim que um maior número dos que residem e trabalham fora aqui pudessem estar nos dias da festa.
É uma tradicional festa de verão, com a componente religiosa, com as suas missas, procissões e pagamento de promessas e a componente civil com os arraiais a prolongarem-se pelas noite dentro, terminando sempre com o rebentamento do tradicional Castelo de quatro quinas, uma característica peça de fogo preso.
Festividades Civis
Festival do Azeite e Fumeiro
Foi em 2003 que se deu início a uma sequência regular de festividades de carácter meramente civil e cultural que se têm mantido até à presente data, embora com algumas pequenas modificações nos respectivos nomes e na fusão de dois destes eventos num só, como seja o caso da Festa do Tradicional Fumeiro e a Festa da Azeitona que começaram por se realizar em datas diferentes e que agora se uniram sob a designação de Festival do Azeite e Fumeiro.
Tentam, como o seu nome indica, promover a azeitona e o azeite e também os enchidos, mas servem também para promoção e divulgação de todos os produtos e artesanato da região, sempre complementados com muita animação musical e eventos culturais, como sejam exposições, mostras e colóquios temáticos.
Já se realizaram os seguintes:
Festival das Sopas Tradicionais
Surgida também em 2003, a então denominada Festa das Sopas Tradicionais, tinha como objectivo manter vivas e divulgar as receitas deste prato tão característico da culinária das gentes desta região.
Para além de se poderem provar e saborear todas as sopas a concurso há também a habitual animação musical durante todo o dia.
Começando com cerca de dúzia e meia de sopas a concurso, em 2003, o Festival tem vindo a crescer de ano para ano registando em 2010 89 sopas a concurso.
Encontro de Acordeonistas e Tocadores e Concertina
Sendo instrumentos ainda relativamente jovens, quando comparados com os tradicionais instrumentos de cordas e ainda mais quando comparados com o nosso característico adufe, o acordeão e a concertina, conquistaram o coração das nossas gentes e tiveram desde há muito anos em Proença-a-Velha dos mais afamados tocadores de toda a região, muito requisitados para bailes, festas, casamentos, inspecções…
Nos variados eventos festivos que se aconteciam ao longo do ano era usual a comparência de um acordeonista o que levou a pensar-se na ideia de promover um evento que pudesse juntar o maior número possível de tocadores. Foi isso que aconteceu pela 1ª vez a 5 de Outubro de 2003 e que se tem vindo a repetir nos anos seguintes sempre no Domingo mais próximo do feriado da Implantação da República.
Aos entre cem a duzentos tocadores presentes todos os anos juntam-se as barraquinhas com exposição e venda de artesanato e produtos locais, enchendo-se assim a povoação de gentes e de animação.
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Lista de Presidentes de Junta Eleitos no Pós 25 Abril de 1974
Presidentes de Junta eleitos a partir de 25 Abril de 1974
(Fonte: CNE - Comissão Nacional de Eleições)[13]
Lista de Párocos
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Perspectiva
Párocos de Proença-a-Velha - a partir de 1901
(Fonte: Paróquia de Proença-a-Velha)
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Localidades nas proximidades
O diagrama seguinte representa as localidades num raio de 35 km ao redor de Proença-a-Velha. (distâncias por estrada)

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Ver também
Referências
- «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 27 de Março de 2014. Arquivado do original em 13 de novembro de 2017
- «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)». Informação no separador "Q601_Centro". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 28 de Fevereiro de 2014. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2013
- «Lei n.º 11-A/2013 (Reorganização administrativa do território das freguesias)» (PDF). Diário da República 1.ª Série, n.º 19, de 28 de janeiro. Consultado em 2 de fevereiro de 2013
- «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 5 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013
- Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos»
- INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022
- vide Manuela Mendonça, Proença-a-Velha. Uma povoação com História, págs 103 e 104, Edições Colibri, 2000
- vide A Vila de Proença-a-Velha na Corografia Portugueza, COSTA, António Carvalho da, 1650-1715
- «Igreja da Matriz de Proença-a-Velha». IGESPAR. Consultado em 2 de Abril de 2014
- «Igreja da Misericórdia de Proença-a-Velha». IGESPAR. Consultado em 2 de Abril de 2014
- «Pelourinho de Proença-a-Velha». IGESPAR. Consultado em 2 de Abril de 2014
Ligações externas
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