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Cantora, compositora, actriz, produtora e activista do Movimento Sem Teto Do Centro, brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Janice Ferreira da Silva, mais conhecida como Preta Ferreira (Bahia, 1984), é uma defensora dos direitos humanos, ativista por moradia, multiartista e escritora brasileira.[1][2] Foi presa em 2019, por mais de 100 dias, por ser atuante no Movimento Sem Teto do Centro (MSTC) e na Frente de Luta por Moradia (FLM) da cidade de São Paulo, Brasil.[3][4][5][6] Tornou-se um símbolo da criminalização dos movimentos sociais e defensores dos direitos humanos no Brasil.[7][8] Sua prisão mobilizou Angela Davis e Papa Francisco em sua defesa pública.[9][10][11][12][13][14][15] Recebeu o Prémio Dandara da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (2019) e prêmio de atuação no Festival de Cinema de Gramado.[16][17][18]
Preta Ferreira | |
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Nascimento | Janice Ferreira Silva 1984 Bahia |
Cidadania | Brasil |
Etnia | negros |
Ocupação | cantora, compositora, atriz, produtora cinematográfica, ativista, escritora, realizadora de cinema |
Seu livro, Minha Carne - diário de uma prisão, contou com a participação de Conceição Evaristo, Maria Gadú, e Erica Malunguinho, além de Davis e do Papa Francisco.[19][14][15][20][21] Ela é personagem retratada na obra A ocupação, de Julián Fuks.[22][23]
Baiana, Preta nasceu Janice Fereira da Silva, terceira de oito filhos de sua mãe, Carmen Ferreira da Silva.[20] Saiu da Bahia na adolescência e se mudou para São Paulo, onde desde cedo, trabalhou para ajudar na complementação da renda familiar.[24] Formou-se em publicidade e fez carreira como cantora e produtora de elenco.[21] Além de cantora, é compositora, atriz e produtora.[20]
A luta em movimentos sociais que batalham por moradia aos sem-teto se construiu junto com a carreira artística.[21]
É uma das lideranças da Ocupação 9 de Julho, no centro de São Paulo, onde vivem centenas de famílias que não têm acesso à moradia – um dos diretos fundamentais do ser humano, previsto na Constituição Federal brasileira de 1988.[25]
Tornou-se ativista aos 14 anos, altura em que foi morar com a mãe em São Paulo e entrou em contacto com o Movimento Sem Teto. Juntamente com a mãe e o irmão lidera a Frente de Luta por Moradia. [26][27]
Em 2019, após a derrocada do edifício Wilton Paes de Almeida que havia sido ocupado pelo Movimento de Luta Social por Moradia, vários lideres de movimentos de moradia são presos.[20][28] Entre eles, Preta Ferreira que, no dia 24 de Junho, foi detida, acusada de extorsão e associação criminosa, pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil. A mãe, Carmen Silva, líder do Movimento Sem Teto do Centro, e o irmão, Sidney Ferreira da Silva, também são presos. [29][30][27]
No tempo em que esteve detida nunca foram apresentadas provas que comprovassem a sua culpa.[25][31]
Ficou 108 dias presa na Penitenciária Feminina de Sant'Anna, durante os quais escreveu seu primeiro livro, Minha Carne, sobre a sua experiência na prisão.[8][20][26]
Preta Ferreira é autora do livro Minha Carne - Diário de uma prisão. [32][33] A obra contou com textos escritos por Angela Davis, Conceição Evaristo, Maria Gadú, Erica Malunguinho, entre outros, além de uma carta de Papa Francisco.[14][15][19][20][21]
Preta e sua mãe, Carmen Silva, são personagens do livro de ficção heterotópica de Julián Fuks, A ocupação.[22]
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