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O PreMetro é uma linha ferroviária ligeira[1] de Buenos Aires, estando ligada ao Metro da cidade através da linha E na estação Plaza de los Virreyes. Foi inaugurada em 1987, tendo apenas uma linha (PreMetro E2) apesar dos planos originais incluírem diversas linhas.[2]
A primeira secção da linha entrou ao serviço a 28 de Abril de 1987, uma secção de dois quilómetros entre a estação de Metro Plaza de los Virreyes e Ana Maria Janer.[1] Cerca de dois meses mais tarde, em Junho, expandiu-se para Villa Soldati e para General Savio a 25 de Agosto, dois dias antes da cerimónia de inauguração formal.[1]
O custo da construção da linha rondou os 5.4 milhões de dólares, e outros 4.6 milhões destinaram-se à aquisição de uma frota de 25 eléctricos. Para tal, foi celebrado um contrato no fim de 1985 com um consórcio liderado pela empresa argentina Materfer,[3] de Córdoba, alguns deles planeados para usar numa segunda linha a construir posteriormente.[1]
A entrega das carruagens deveria começar em meados de 1987,[3] mas tornou-se rapidamente notório que não estariam prontos antes de meados do ano seguinte, depois da linha estar construída. Para evitar um atraso significativo na abertura das linhas criou-se uma frota temporária convertendo algumas carruagens do metro de 1913 em eléctricos. Foram construídos oito destes equipamentos, pintados totalmente em verde.[1] Os primeiros três eléctricos inauguraram o serviço na primeira secção da linha E2, em Abril de 1987.
Só a meio de 1988 começaram a chegar os materiais da Materfer, com seis entregues até ao final desse ano.[4] O seu equipamento eléctrico foi fornecido pela Siemens. Têm capacidade para transportar 24 pessoas sentadas e espaço para cerca de 115 passageiros em pé.[1][4] Só gradualmente, depois de 1989, é que as carruagens adaptadas deixaram de estar ao serviço. Apesar de em 1991 já 20 das 25 carruagens encomendadas à Marterfer estarem entregues, o serviço agendado só precisava de seis equipamentos, e em 2001 o normal pico de serviço exigia seis a oito carruagens.[1]
O projecto original do PreMetro, no fim da década de 1980, previa mais duas ou três linhas, mas o timing não foi o ideal, já que estes projectos coincidiram com a privatização dos caminhos-de-ferro na Argentina. Só a Linha E2 ficou construída antes do Metro de Buenos Aires ser privatizado e o investimento ficou congelado nas duas décadas seguintes. Tal como a PreMetro E2, as outras linhas deste transporte teriam partilhado a letra com a linha de metro correspondente e um número dependendo de quantas linhas do PreMetro correspondiam à do Metropolitano.
Com a Linha E do Metro, a PreMetro E2 foi a primeira fase do projecto, com a E1 a ser a segunda fase. Esta iria expandir-se para lá do fim da Linha E a este, para os limites da Grande Buenos Aires.[2] Contudo, estas obras nunca chegaram a avançar depois da privatização. A construção do Metrobus Sur em 2013 tornou obsoleta a constrição da linha, já que cobre a mesma área e percurso, com o benefício de ir directamente para o centro da cidade sem ser necessário mudar para a Linha E.[5]
Quando o Metrobus Sur ainda estava em fase de planeamento, foi proposto, em 2012, criar uma linha PreMetro H1 entre o fim da Linha H do Metro para a fronteira da cidade. Ligar-se-ia à Linha E2 no terminal General Savio, sendo mais vantajosa do que a originalmente planeada Linha E1, que iria criar um círculo entre as linhas de Metro E e H.[6] Contudo acabou por ser construído o Metrobus em vez da Linha H do PreMetro.
Entre outros planos, havia a construção da Linha D1, nos anos 1980, que teria partido da última estação da Linha D estendendo-se até aos limites da cidade. Este percurso tornar-se-ia realidade, mas com a construção do Metrobus Cabildo.[7]
Também haveria uma Linha C1 ligada à Linha C e à Linha Roca na estação de comboios Constitución, a sul rumo à estação de comboios Retiro (paralela à Linha C, mas mais a este) e a este para Puerto Madero.[7] A actual extensão da Linha E para Norte rumo a Retiro vai substituir este projecto,[8] não abarcando a secção de Puerto Madero, que foi brevemente coberta pela experimental Tranvia del Este.
Em 2015 a SBASE, conjuntamente com a Cidade de Buenos Aires, começaram a fazer planos para remodelar e reconstruir várias estações da Linha E2, incluindo a construção de um novo terminal na Plaza de los Virreyes. É parte de um plano para modernizar a rede que também pretende aumentar a quantidade de material circulante em uso.[9][10] Em Outubro de 2015 a remodelação do terminal Intendente Saguier estava concluída, sendo seguida pela remodelação da estação de Fátima em Abril de 2016.[11][12]
A Linha E2 passa em diversas zonas mais pobres, mas a viagem é geralmente segura. A maior parte da linha é de pista dupla, mas há um ramal mais curto perto do Centro Civico de pista única.[1] A linha inclui secções com direito de passagem privada, pista reservada e também locais em que se mistura com o restante tráfego.[1] A infraestrutura reservada à manutenção é na Avenida Mariano Acosta, perto da paragem Somellera.
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