Pylochelidae é uma família de caranguejos-eremita (Paguroidea) que se distinguem dos restantes membros da da infraordem Anomura por apresentarem simetria bilateral completa, estando ausente o crescimento assimétrico das quelas e dos apêndices que caracterizam aquele taxon.[2] O grupo tem distribuição natural alargada, ocorrendo em todos os oceanos com exceção do Ártico e do Antártico,[2] em profundidades entre os 100 m e os 2200 m.[3] Devido à sua natureza críptica e relativa escassez, apenas cerca de 60 espécimes tinham sido descritos antes de 1987, quando foi publicada uma monografia descrevendo outros 400 exemplares.[4]

Factos rápidos Classificação científica, Género-tipo ...
Como ler uma infocaixa de taxonomiaPylochelidae
Ocorrência: Jurássico Tardio–Presente
Erro de expressão: Operador < inesperadoErro de expressão: Operador < inesperado
Thumb
Pylocheles miersii
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Infraordem: Anomura
Superfamília: Paguroidea
Família: Pylochelidae
Bate, 1888 [1]
Género-tipo
Pylocheles A. Milne-Edwards, 1880
Géneros e espécies
Ver texto.
Sinónimos
Pomatochelidae T. R. R. Stebbing, 1914
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Descrição

Ao contrário de outros caranguejos-eremita, os membros da família Pylochelidae não apresentam morfologia corporal marcadamente assimétrica, caracterizando-se por um corpo em rectilíneo e igual número de apêndices em ambos os lados. Esta característica, juntamente com a calcificação parcial do abdómen, que é mole na maioria dos outros caranguejos-eremitas, levou Edward J. Miers, ao descrever a primeira espécie, a considerar o grupo como representativo de uma transição entre os Anomura e os Macrura, o grupo dos crustáceos decápodes de cauda longa, como as lagostas e camarões.[5] Outro aspecto diferenciador resulta da observação de que os membros da família Pylochelidade não costumam habitar conchas de gastrópodes, mas em vez disso abrigam-se em aberturas em pedaços apodrecidos de madeira, fendas em pedras e rochas, conchas tubulares de Scaphopoda (especialmente Dentaliidae),[6] colónias vivas de esponjas[3] pedaços de bambu ou manguezais.[6] As suas quelas (pinças) estão em muitos casos adaptadas para formar um opérculo que fecha a entrada para o abrigo do animal.[6]

Apesar da família ter distribuição global, a maior diversidade do grupo está concentrada no Indo-Pacífico,[5] com apenas quatro espécies conhecidas no Atlântico ocidental e Mar das Caraíbas (Cheiroplatea scutata, Pylocheles agassizii, Bathycheles cubensis e Mixtopagurus paradoxus). Os crustáceos da família Pylochelidae ocorrem a uma grande diversidade de profundidades, tendo sido assinalados desde os 100 aos 2200 m,[4] com a maioria das ocorrências entre os 200 e os 500 m de profundidade.[3]

Géneros

A família Pylochelidae contém 41 espécies repartidas por 10 géneros:[7][8]

  • Bathycheles – 6 espécies
  • Cancellocheles – 1 espécie
  • Cheiroplatea – 6 espécies
  • Cretatrizocheles – 1 espécie
  • Forestocheles – 1 espécie
  • Mixtopagurus – 1 espécie
  • Pomatocheles – 3 espécies
  • Pylocheles – 2 espécies
  • Trizocheles – 18 espécies
  • Xylocheles – 2 espécies

Referências

Ligações externas

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