Poitevin (cavalo)

O poitevin, também chamado pictavo, mulassier (aquele que "faz" mulas),^[1] poitevin mulassier, trait mulassier e cheval du Poitou, é um cavalo de tração da região do Poitou na França. Trata-se de uma raça que produz cavalos de forte ossatura, conhecidos por seu temperamento calmo. A raça apresenta uma gama ampla de pelagens, que são resultado de cruzamentos ao longo do tempo com diversas outras raças de cavalo de tração européias, e é a única raça de cavalo francesa que pode apresentar coloração baia. Atualmente, poitevins são usados principalmente para tração, mas em alguns casos podem também ser usados para equitação ou equoterapia.

Poitevin
Poitevin (cavalo) Poitevin
Nome em inglês	Poitevin
Origem	Poitou,  França
Temperamento	Dócil
Uso	Cavalo de tração
Altura	até de 160 a 175 cm na cernelha

Características

Cabeça e peitoral

O corpo do poitevin é relativamente delgado para um cavalo de tração, mas mais longo que boa parte das raças francesas. Pode chegar a uma altura de 160 a 175 cm,^[2][3] com garanhões atingindo em média 168 cm e éguas 155 cm na altura da cernelha.^[4] A pesada argila e os ricos minerais de sua terra natal ajudaram a raça a desenvolver uma forte ossatura,^[5][6] e poitevins levam um tempo considerável grande para atingir maturidade plena, em média cerca de 6 a 7 anos.^[7]

História

A raça poitevin foi criada na região francesa de Poitou,^[8] especialmente em Luçon, La Rochelle, Melle e Niort.^[9] Ela foi desenvolvida através de uma mistura de seleção artificial e natural, que privilegiou a adaptação às características da região em que a raça habita. Embora seja uma raça de tração, ela nunca foi selecionada artificialmente especificamente para essa finalidade, e de fato nunca foi popular para esse uso especifico.^[6]

Bibliografia

• Bataille, Lætitia (2008). Races équines de France (em francês). [S.l.]: France Agricole Éditions. ISBN 978-2-85557-154-6
• Biteau, Benoît (1997). «Contribution, sur le plan de la génétique, à la sauvegarde et à la relance du cheval de trait mulassier» (PDF) (em francês). École nationale d'ingénieurs des travaux agricoles de Bordeaux (mémoire). Consultado em 7 de fevereiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 9 de maio de 2008
• Bixio (1844). «Race poitevine mulassière». Maison rustique du XIX^e siècle (em francês). [S.l.]: À la Librairie agricole. OCLC 4790570
• Collective (2002). Chevaux et poneys (em francês). [S.l.]: Éditions Artemis. ISBN 2-84416-338-6
• Dal'Secco, Emmanuelle (2006). Les chevaux de trait (em francês). [S.l.]: Éditions Artemis. ISBN 978-2-84416-459-9
• Mavré, Marcel (2004). Attelages et attelées : un siècle d'utilisation du cheval de trait (em francês). [S.l.]: France Agricole Éditions. ISBN 978-2-85557-115-7
• Moll, Louis; Nicolas, Eugène; Gayot, Eugène (1861). La connaissance générale du cheval: études de zootechnie pratique, avec un atlas de 160 pages et de 103 figures (em francês). [S.l.]: Didot !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)

Referências

1. Bongianni, Maurizio (1988). Simon & Schuster's Guide to Horses and Ponies. [S.l.]: Simon & Schuster, Inc. p. 9. ISBN 0-671-66068-3
2. «Caractéristiques de la race» (em francês). Association du Cheval Poitevin. Consultado em 8 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 7 de abril de 2013
3. Bataille, 2008, p. 175
4. «Trait Poitevin Mulassier» (em francês). Races mulassières du Poitou. Consultado em 5 de fevereiro de 2013
5. «Fiche du Poitevin Mulassier» (PDF) (em francês). Haras Nationaux. Consultado em 7 de fevereiro de 2013^{[ligação inativa]}
6. Bataille, 2008, p. 176
7. Fugain, Clémence (agosto de 2010). «Le trait poitevin, un nounours attachant». Cheval magazine (em francês) (465): 48–51
8. «Historique de la race Poitevin» (em francês). Association du Cheval Poitevin. Consultado em 7 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 7 de abril de 2013
9. Bixio, 1844, p. 396