Enterobacteriaceae (uma das famílias do 5º Grupo de Bergey) é uma família de bactérias Gram-negativas muito abundante, incluindo uma grande variedade de bactérias patogênicas. Os indivíduos da família Enterobacteriaceae são bastante conhecidos, alguns pertencem a microbiota normal dos intestinos de seres humanos e animais como a Escherichia coli, outros como habitantes do solo ou da água e outros podem estar implicados em vários processos patogênicos, incluindo por exemplo os gêneros Salmonella, Proteus, Shigella e Yersinia. Estudos genéticos incluíram este grupo dentro das Proteobacteria, e sua ordem é Enterobacteriales.
Enterobacteriaceae | |||||||||
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Classificação científica | |||||||||
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Géneros | |||||||||
Alishewanella Alterococcus |
A espécie Escherichia coli, mais conhecida como E.coli, é reconhecida como um micro-organismo modelo, pois foi exaustivamente estudado geneticamente e bioquimicamente nos últimos anos. [1]
Fisiologia e Estrutura
São bastonetes gram negativos de tamanho moderado (0,3 a 1,0 x 1,0 a 6,0 mcm), medindo em média 1-5μm no comprimento e possuem um antígeno comum às enterobactérias.
As enterobactérias são aeróbios e anaeróbios facultativos e podem ser cultivados em diversos meios de cultura, como ágar MacConkey (meio seletivo) ou ágar sangue (não seletivo). Possuem exigências nutricionais simples, fermentam glicose e produzem ácido a partir dessa reação. Diferentemente de bactérias semelhantes, são catalase positivo e oxidase negativo. Além disso, todos pertencentes a essa família reduzem o nitrato ao nitrito e não formam esporos. A maioria das enterobactérias são móveis e com flagelos peritríquios, exceto isolados comum dos gêneros Klebsiella, Shigella e Yersinia.
Diversos meios podem ser utilizados para diferenciar os gêneros pertencentes a essa família através de provas bioquímicas, como a capacidade e fermentar lactose, utilizar citrato, descarboxilar a lisina e outros.
O lipopolissacarídeo (LPS) é o principal antígeno dessa família. As enterobactérias podem ser classificadas sorologicamente de acordo com os componentes do seu LPS: polissacarídeo somático O, antígeno capsulares K e proteínas flagelares H .[2]
Patogênese e Imunidade
Existem diversos fatores de virulência associados a membros dessa família, alguns deles são comuns à todos os gêneros, como endotoxina, e outros são particulares a determinadas cepas.
Endotoxina
Sua atividade é dependente do lipídio A do LPS.
Cápsula
Sistema de secreção do tipo III
Alguns gêneros, como Yersinia, Salmonella e Shigella possuem esse fator de virulência. Esse sistema permite introduzir fatores de virulência dentro da célula eucariota.
Variação de Fase antigênica
O antígeno capsular K e flagelar H pode estar, alternadamente, expressado ou não, protegendo as mesmas de reação com anticorpos.
Resistência ao poder bactericida do soro
Outros fatores além da cápsula impedem a reação da cepa com o [[sistema complemento]].
Resistência antimicrobiana
Sequestro de fatores de crescimento
Esse fator de virulência permite às bactérias atuarem sobre as ligações do ferro com a proteína heme ou proteína de ferro quelante e, consequentemente, liberar o ferro .
Referências
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