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Município brasileiro do estado da Paraíba Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Pilões é um município brasileiro do estado da Paraíba. Localiza-se na Região Geográfica Intermediária de João Pessoa, Região Geográfica Imediata de Guarabira, unidade geoambiental do Planalto da Borborema. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2006 sua população era estimada em 7.731 habitantes, e agora de acordo com censo de 2010 sua população está estimada em 6.978 habitantes. Possui área de 64,4 km². O relevo geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados, apresenta um conjunto de montanhas (altitude média de 400m acima do nível do mar). O município apresenta vários rios perenes, belas cachoeiras e pequenos córregos que compõem a bacia hidrográfica do Rio Mamanguape. Com vestígios remanescentes da Mata Atlântica, apresenta vegetação formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes. Baseou sua economia, durante muito tempo, no plantio da cana-de-açúcar para a produção da rapadura e da cachaça. A produção da banana, do urucum, da castanha de caju, da mandioca, e a criação de rebanhos bovinos e caprinos são as atuais fontes da economia local. A produção de flores é o mais novo elemento da economia pilonense.
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | pilonense | ||
Localização | |||
Localização de Pilões na Paraíba | |||
Localização de Pilões no Brasil | |||
Mapa de Pilões | |||
Coordenadas | 6° 52′ 10″ S, 35° 36′ 50″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Paraíba | ||
Região metropolitana | Guarabira | ||
Municípios limítrofes | Serraria, Arara, Areia, Cuitegi, Alagoinha e Pilõezinhos | ||
Distância até a capital | 117 km | ||
História | |||
Fundação | 20 de agosto de 1953 (71 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Maria do Socorro Santos Brilhante[1] (PP, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 64,447 km² | ||
População total (IBGE/2010[3]) | 6 978 hab. | ||
Densidade | 108,3 hab./km² | ||
Clima | tropical chuvoso | ||
Altitude | 400m (média) m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[4]) | 0,56 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008[5]) | R$ 29 888,882 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[5]) | R$ 4 184,95 | ||
Sítio | piloes.pb.gov.br (Prefeitura) |
Pilões recebeu status de município pela lei estadual nº 916 de 20 de agosto de 1953.[6]
Pilões está situada na mesorregião do Agreste Paraibano, microrregião do Brejo Paraibano, incluída na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, tendo como municípios limítrofes: Serraria (norte e oeste), Areia (sul), Alagoinha (sul), Pilõezinhos (leste) e Cuitegi (leste). Distante 118 quilômetros da capital do Estado. A área do município é de 64,4 quilômetros quadrados. O sítio urbano onde está assentada a cidade ocupa um vale entre as montanhas formadoras das primeiras elevações da cordilheira oriental da Borborema, numa altitude de 360 metros em relação ao nível do mar.
Vários ciclos distintos já se sobrepuseram através da história em Pilões, tendo a agricultura como a principal atividade econômica. O primeiro deles foi o da cana-de-açúcar no final do século XIX e quase totalidade do século XX. O ciclo do café - menos significativo - teve lugar na economia de Pilões nas primeiras décadas do século passado, época em que a região do Brejo foi importante produtor dessa cultura. Em meados do século XX o município passou a produzir sisal aproveitando o bom momento da cultura que alcançava bom preço na Europa e Estados Unidos. A produção dos canaviais, que chegou a ocupar quase totalidade do território municipal no final da década de 70 do século passado, fez desaparecer a atividade cafeeira e do sisal, abrindo fronteiras agrícolas para o predomínio absoluto dos engenhos que fabricavam rapaduras, açúcar mascavo, cachaças e aguardentes. Até os anos de 1960 Pilões contava com 26 desses engenhos, época a partid da qual foram sendo gradativamente absorvidos pelo advento das grandes usinas, passando, seus proprietários, a meros fornecedores de matéria-prima para essa nova indústria sucro-alcoleira. A Usina Santa Maria, de Areia, atingiu seu ápice no final de 1979 com a segunda crise do petróleo que impulsionou o preço do álcool combustível. A partir da década de 1980, a Santa Maria mergulhou em uma crise que culminou com o seu fechamento em 1994, levando Pilões e sua população à pior fase de sua história. Os produtores rurais do município encontraram na cultura da bananeira e na criação de gado a saída possível para o problema. A cultura da banana transformou-se, nos últimos anos, na principal atividade econômica de Pilões, que também produz mandioca, urucum, castanha de caju e produtos cerâmicos em pequenas unidades industriais.
Outra atividade que se apresenta promissora é o plantio de flores. Pilões já cultiva diversas variedades, com destaque para Crisântemos, Margaridas, Gladíolas e Rosas. Cultura que traz fama e dinheiro para o município.
Pilões está incluída no Roteiro Cultural Caminhos do Frio. Sua paisagem serrana e seu clima agradável durante boa parte do ano são um convite aos turistas que gostam de um bom ambiente natural. Cortado por vários rios e belas cachoeiras (cachoeiras do Poço Escuro, do Ouricuri, da Manga), tem seu território pontilhado de montanhas eternamente verdes e vales estreitos e profundos, onde várias trilhas ecológicas são exploradas por aventureiros de todo o Brasil. No passado a região foi coberta por florestas típicas da Mata Atlântica, habitat do canário-da-terra, galo-da-Campina, sabiás, azulões, sanhaço, pintassilgo, sagui e de tantas outras espécies da fauna nordestina. O casario rural é outro atrativo. O município abrigou muitos engenhos de rapadura, onde a aristocracia rural do final do século XIX construiu belas casas que ainda podem ser vistas. O Engenho Boa-Fé é um grande testemunho daquela bela época. A Pedra do Espinho, com seus mais de 150 metros de precipício, é muito procurada por amantes do rapel.
Pilões dispõe de dezesseis escolas públicas. Desse total quatorze pertencem à rede municipal e duas da rede estadual. Uma biblioteca Municipal, com um acervo razoável e equipada com computador ligado à rede mundial, fica à disposição da população durante todo o dia e parte da noite.
Um eficiente sistema de transporte escolar com cobertura integral faz o transporte do alunado da zona rural até o centro urbano do município, e deste até a cidade vizinha de Guarabira, onde alunos de Pilões fazem cursos específicos, não disponibilizados pela rede de ensino local.
Os serviços da assistência à saúde estão distribuídos por três unidades de PSFs - Programa de Saúde da Família -, dois na zona urbana e um na zona rural. Três postos de saúde espalhados pela zona rural e um centro de saúde na zona urbana complementam o sistema. Seis médicos, dois odontólogos, quatro enfermeiras e oito auxiliares integram as unidades de saúde do município. Os casos de maior gravidade são transferidos para Guarabira, Campina Grande e João Pessoa.
Vinte e um agentes comunitários de saúde e três de epidemiologia completam o quadro funcional do setor. As campanhas de vacinação são feitas periodicamente, atingindo coberturas acima da média exigida.
A principal festa do município de Pilões é realizada no dia 20 de agosto de cada ano, data de sua emancipação. A população marcadamente Católica faz todos os anos uma apresentação ao ar livre da Paixão de Cristo. O evento atrai a presença de mais de dez mil pessoas ao largo da Matriz, onde o Teatro Padre Mateus, com seus mais de cem atores e figurantes, faz uma apresentação com duração de duas horas.
No esporte, destaque para o futebol, com a Seleção de Pilões. Diversos clubes rurais e urbanos realizam um campeonato local muito disputado.
Conhecidas pelo nome de Corrida das Argolinhas, as Cavalhadas são uma rica manifestação da cultura popular local. O São João e o São Pedro são uma tradição da região, com fogueiras, comidas de milho e queimagem de flores na zona rural.
O artesanato sobressai no cenário paraibano. Mesmo sem possuir uma associação, os artesões produzem excelentes peças. Matérias primas, como a madeira bruta, são transformadas por mãos habilidosas em lindas esculturas. A pintura em tela, com seus traços religiosos, emociona. Com um simples fio de lâ nas mãos, pessoas como Ia de Orlando Floro e Lena de Genival fazem surgir lindas peças de crochê.
Na culinária regional podemos encontrar doces, enorme variedade de salgados. Também podemos encontra comidas como buchada, picado, lasanha e arrumadinho, todos com um toque regional a base de banana e derivados da cana-de-açúcar.
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