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nobre italiana Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Picarda Bueri, também conhecida como Nanina (em italiano: Piccarda; Verona,[1] 1368 – Florença, 19 de abril de 1433) foi uma nobre italiana. Ela foi casada com o banqueiro João de Bicci de Médici, e, portanto, junto a ele foi progenitora da linhagem principal da Casa dos Médici.
Picarda | |
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Gravura, c. 1750/60, por Francesco Allegrini, baseada na pintura original por Giuseppe Zocchi; hoje faz parte da coleção do Museu Britânico | |
Nascimento | 1368 |
Verona, Senhorio de Verona, Itália | |
Morte | 19 de abril de 1433 (65 anos) |
Florença, República Florentina, Itália | |
Sepultado em | Basílica de São Lourenço, Florença |
Cônjuge | João de Bicci de Médici |
Descendência | Cosme de Médici Damião Lourenço de Médici, o Velho Antônio Filha |
Casa | Bueri Médici |
Pai | Eduardo Bueri |
Brasão |
Picarda era filha de Eduardo Bueri,[2] membro de uma antiga família[3] originária de Florença,[1] mas que também tinha interesses econômicos em outras cidades; a família estava de fato em Verona na primeira metade do século XIV, quando Picarda nasceu. O nome de sua mãe é desconhecido.
Ao retornar a Florença, Picarda casou-se, em 1378[4] ou 1386, com o jovem banqueiro João de Médici, que na época era funcionário do próspero banco de seu pai, Averardo. João havia sido nomeado, recentemente, gerente da filial em Roma.
O casamento com Picarda, graças aos 1500 florins trazidos como dote, em outubro de 1385,[5] permitiu ao banqueiro dar o salto para o sucesso e a riqueza, que mais tarde seria a base sólida de toda a fortuna da família Médici.; com o dinheiro da esposa, ele conseguiu aproveitar a sua capacidade empreendedora, investindo-a na compra da sucursal romana do banco, posteriormente ampliada graças também ao património de outros sócios. Em 1420, João tinha passado para os filhos, Cosme e Lourenço, o Velho, a maior parte do controle sobre o banco Médici.[3] A partir do sucesso desse empreendimento econômico, João tornou-se, após a sua morte, um dos florentinos mais ricos da época.
Em 1421, o casal ganhou a concessão de um altar portável do Papa, o qual aparece no inventário do palácio dos Médici.[6]
Picarda e João viviam em um prédio a poucos passos da Catedral de Santa Maria del Fiore, em Piazza del Duomo,[7] onde hoje é a Via Ricasoli. Picarda cuidava dos assuntos familiares, e, muitas vezes, quando o marido viajava a negócios, monitorava a situação do banco, em Florença. Com a morte do marido, em 1429, ela continuou a ser o eixo central da família até à sua morte. Antes de morrer, o marido aconselhou os filhos “a respeitá-la e a não lhe tirar as merecidas honras”, visto que dela também dependia a estabilidade econômica alcançada pela família.
Picarda faleceu no dia 19 de abril de 1433, quando tinha cerca de 65 anos, e foi sepultada na Antiga Sacristia (Sagrestia Vecchia) da Basílica de São Lourenço,[8] a qual havia sido construída por Filippo Brunelleschi, a pedido de João, para servir como capela para a família.[9] Ela foi enterrada num túmulo esculpido por Andrea Cavalcanti, mais conhecido como Buggiano, o filho adotivo de Brunelleschi.[10] Ela e o marido foram enterrados sob a mesa, no centro da sacristia.[11][12] A sepultura também possui um monumento de mármore esculpido por Donatello, representando o casal.[13]
Carlo Marsuppini, humanista e poeta, escreveu uma carta aos seus dois filhos sobreviventes após sua morte,[14] na qual celebrava as virtudes, as qualidades humanas e a fidelidade conjugal de Nanina, como era chamada na família. O poema ou Consolatoria, escrito em latim, foi inspirado na carta Consolatio ad Apollonium, de Plutarco. Outra fonte que pode ter servido de base, no entanto, é o primeiro livro de Cícero, Tusculanae Disputationes.[15]
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