Pedal duplo
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O pedal duplo é uma ferramenta usada por bateristas que consiste em dois pedais unidos por um mecanismo mecânico. Esse dispositivo permite a ativação dos batedores de ambos os pedais em um único bumbo, possibilitando a execução de padrões complexos com os dois pés. Essa configuração é uma alternativa eficiente ao uso de dois bumbos separados, resultando em economia de espaço e redução de custos. A utilização do pedal duplo é comum em gêneros musicais que demandam maior agilidade e precisão, como o metal e o rock progressivo.
Baterias equipadas com pedais duplos, seja na forma de dois bumbos independentes ou pedal duplo, desempenham um papel significativo em diversos gêneros musicais, como heavy metal, hard rock, jazz e punk rock. A concepção do pedal duplo foi inspirada pelo baterista de jazz Louie Bellson.[1] Inicialmente, bumbos duplos foram adotados por bateristas de jazz, como Ray McKinley e Ed Shaughnessy, nos anos 1940 e 1950, sendo posteriormente popularizados por ícones do rock como Ginger Baker do Cream, Mitch Mitchell do Jimi Hendrix Experience, Keith Moon do The Who, Nick Mason do Pink Floyd e Matt Sorum do Velvet Revolver.
O uso do pedal duplo tornou-se uma marca distintiva em gêneros como thrash metal e death metal, sendo destacado na música "Angel of Death" do álbum Reign in Blood de 1986, da banda Slayer. Essa faixa é reconhecida como um marco inicial do uso do pedal duplo no contexto do metal moderno. Essa inovação não apenas ampliou as possibilidades rítmicas e técnicas para os bateristas, mas também contribuiu para a evolução sonora característica desses gêneros musicais.
A característica distintiva do pedal duplo é notável na sua construção, composta por dois pedais interligados por um extensor. Nesse arranjo, um dos pedais é posicionado ao lado do pedal do chimbal, mas sem o batedor, enquanto o segundo pedal é firmemente fixado ao bumbo, apresentando dois batedores. Essa configuração proporciona uma abordagem versátil, permitindo que o baterista explore uma ampla gama de padrões rítmicos e técnicas mais complexas que normalmente seriam imperfeitas se realizadas em um único pedal.
A presença de um segundo pedal ao lado do chimbal oferece ao músico a capacidade de empregar técnicas específicas, como toques rápidos e variações dinâmicas no bumbo. Essa combinação equilibrada de elementos no design do pedal duplo reflete uma abordagem para atender às demandas expressivas dos bateristas contemporâneos em diversos estilos musicais.
O pedal duplo destaca-se ainda mais pela sua versatilidade, proporcionando ao baterista uma gama de possibilidades sonoras. Ao acionar um dos batedores com o pé destinado ao fechamento do chimbal e o segundo batedor com o outro pé, possibilita-se a incorporação de notas adicionais que, com um pedal simples, demandariam técnicas específicas, como "heel toe" e "pivot". Essa abordagem inovadora amplia as capacidades expressivas do baterista, permitindo a execução de padrões mais intrincados e complexos.
É importante ressaltar que o uso do pedal duplo não se limita apenas ao cenário do metal extremo, onde é amplamente difundido. Outros gêneros musicais, como samba e reggae, também adotam esse acessório, evidenciando sua versatilidade e adaptação a diferentes estilos. No contexto desses gêneros, o pedal duplo proporciona uma base rítmica sólida e dinâmica, contribuindo para a diversidade sonora dessas expressões musicais.
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