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unidade de conservação da natureza pertencente ao governo do estado de Minas Gerais Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Parque Estadual da Serra do Cabral é uma área protegida na região centro-norte do estado de Minas Gerais.[1]
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Parque Estadual da Serra do Cabral | |
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Tipo | parque estadual |
Inauguração | 2005 (19 anos) |
Área | 224,94 quilómetro quadrado, 22 445 hectare |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Minas Gerais - Brasil |
O parque estadual encontra-se nos municípios de Buenópolis e Joaquim Felício e possui uma área de 22.494,1728 hectares. As altitudes variam de 900 a 1.300 metros. O parque situa-se na bacia hidrográfica entre Rio das Velhas e Rio Jequitaí, ambos afluentes do Rio São Francisco.[1]
O Parque Estadual da Serra do Cabral (PESC) foi criado pelo decreto 44.121 de 29 de Setembro de 2005[2], passando a fazer parte do Mosaico do Espinhaço, criado em 2010. O acesso ao parque foi restringido a partir de 2014, uma vez que os sítios arqueológicos ainda estavam a ser estudados. O plano de gestão foi publicado em Junho de 2015.[3]
Esta seção não cita fontes confiáveis. (14-11-2022) |
A vegetação do parque estadual da serra do Cabral é constituída por:[1]
Vegetação rupestre (35,27%): Vegetação que se desenvolve diretamente sobre as rochas. Presença de cactos, bromélias e pequenas árvores de embiruçu. Ocorre sobre extensos lajedos expostos e em meio ao cerrado rupestre sobre grandes blocos de rocha.
Cerrados (25,15%): Ocupam a segunda maior extensão do PESC. Exemplo de espécies típicas: sucupira-branca, pau-terra, pau-terrinha, pau-santo e murici.
Campos (20,2%): As diversas variações de campos alagados ou brejosos existentes representam o principal ambiente das plantas denominadas como sempre-vivas. Em decorrência da intensa pressão de coleta, muitas delas são referidas como ameaçadas de extinção a nível nacional e estadual.
Independente da coleta de sempre-vivas, esses campos apresentam grande beleza cênica, principalmente na época de floração dessas espécies, que ocorre em abril e maio, predominantemente.
Veredas (0,02%): possuem como principal característica a presença dos buritis em meio ao campo alagado. É considerada área de preservação permanente (Lei Estadual 14.309 de 20 de junho de 2002).
Ambientes florestais (0,87%): Têm-se as matas ciliares, o cerradão e pequenas ilhas de mata atlântica, sendo estes últimos pouco representados.
A campanha de campo registrou 36 espécies de mamíferos para a região. Dentre elas, 13 estão incluídas na “Lista das Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais”, segundo deliberação do COPAM nº 041/95 (D.O. - MG - 20.01.96). São elas:
Tamanduá-bandeira; Tamanduá-mirim; Caititu; Queixada; Anta; Sussuarana; Jaguatirica; Gato-do-mato; Onça pintada; Tatu-canastra; Sauá; Lobo-guará e Lontra.
Na lista preliminar das espécies de aves inventariadas e registradas para a região da Serra do Cabral apresenta-se a relação de 278 espécies, sendo 6 ameaçadas e 18 endêmicas.
Importantes conjuntos de sítios arqueológicos com representações peculiares, principalmente pinturas rupestres, são observados na região da Serra do Cabral, tendo sido caracterizados como “Estilo Cabral”.
Apesar do grande interesse de pesquisadores e turistas por estes sítios, muitos deles têm sofrido sérias avarias em decorrência de incêndios e de fogueiras feitas nas lapas onde ocorrem as pinturas.
Predominam nas pinturas rupestres de todos os sítios da região as representações de animais, mas existem também pinturas com representações matemáticas, de homens e astrologia.
Os seres humanos que ocuparam a serra a partir de 1.600 anos atrás eram caçadores-coletores – diferentemente dos povos da região central de Minas Gerais, que viviam como lavradores.
A cor mais usada era o vermelho, mas empregavam também o branco, o amarelo e o preto. As figuras dos animais são desproporcionais em relação ao tamanho dos homens, sempre retratados muito menores em situações de caça e de forma mais simples.
Os estudos localizaram, até o momento, 61 sítios arqueológicos, inseridos em abrigos, matacões e blocos quartzíticos.
Toda a rede hidrográfica da Serra do Cabral está organizada para drenar a produção hídrica local para os rios das Velhas e Jequitaí.
As contribuições recolhidas pelo rio das Velhas referem-se aos volumes que drenam os quadrantes Oeste, Leste e Sul da Serra do Cabral, enquanto o Norte é drenado pelos tributários do rio Jequitaí.
Além da paisagem de intensa beleza cênica, composta por extensos campos emoldurados por elevações rochosas, veredas, cerrados e florestas, tem-se uma infinidade de cachoeiras nas encostas da Serra do Cabral.
Turismo especializado pode encontrar na Serra do Cabral uma grande fonte de motivação. Observadores de aves e mamíferos, turismo de aventura, turismo fotográfico, trekking, turismo científico, turismo histórico, entre outros.
O parque ainda se encontra fechado para qualquer tipo de turismo.
Considerando o atual uso do solo na região da Serra do Cabral, têm-se como as principais pressões sobre o ambiente natural a ocorrência do fogo para rebrota e caça, por exemplo mocó, a extração de cristais, a produção de carvão, a atividade pecuária, as florestas de produção e a coleta extrativista de diversas plantas (ex: fava, sempre-vivas, bromélias e outras plantas ornamentais e frutíferas).
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