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relação usada em geometria Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Em geometria, paralelismo é uma noção que indica se dois objetos (retas ou planos) estão na mesma direção.[1]
Sejam duas retas e pertencentes a um plano . Diz-se que é paralela a (//) se, e somente se, e são coincidentes ( = ) ou se a intersecção de e é um conjunto vazio, ou seja, se elas não possuem pontos comuns.[2]
" Se duas retas coplanares e distintas e , e uma transversal , determinam um par de ângulos alternos (ou ângulos correspondentes) congruentes, então é paralela a ." [2] [demonstração 1][2]
O recíproco do teorema das retas paralelas, pode ser enunciado como segue:
Sejam e retas paralelas e distintas. Se intercepta ambas, então vale que os ângulos alternos (ou correspondentes) formados pela intercecção são congruentes.[2]
Caso as retas estejam no espaço, então para que sejam paralelas, elas devem determinar um único plano e não possuírem ponto comum.[3] Assim, duas retas serão paralelas se elas possuírem mesma direção.
Também conhecido como postulado de Euclides ou postulado das paralelas define que:
"Por um ponto passa uma única reta paralela a uma outra reta dada." [2]
Agora, caso e forem retas paralelas, bem como as retas e forem paralelas, vale que e serão paralelas. [4]
No espaço, uma reta e um plano são paralelos se não se intersectam, ou seja, se não possuem pontos em comum.[5]
Uma condição suficiente para a existência de retas e planos paralelos é a de que, definidos uma reta e um plano , com não contida em , se existir uma outra reta contida no plano , de modo que e sejam paralelas, então a reta será paralela ao plano .[4] [demonstração 2] [4]
Porém, caso a reta e o plano forem paralelos, então necessariamente a reta será paralela a uma reta do plano [4] [demonstração 3] [4]
No espaço, há duas possibilidades para que dois planos sejam paralelos:
Desse modo, para determinar dois planos distintos e paralelos, é suficiente que a partir de duas retas concorrentes de um dos planos, definamos o outro plano, paralelo à ambas as retas concorrentes do plano inicial,[4] ou seja, para que dois planos distintos e sejam paralelos, deve-se ter ou ou com duas retas concorrentes que sejam paralelas ao outro plano.[6]
Sendo assim, se dois planos e são paralelos e distintos, todas as retas do plano são paralelas ao plano , assim como todas as retas do plano são paralelas ao plano . Ainda, cada uma das retas de é paralela a pelo menos uma reta de e vice-versa.[6]
Representa-se uma reta na geometria analítica por meio de uma equação de 1º grau que possui duas incógnitas. Para determiná-la são necessários:
ou
Para que três pontos e estejam alinhados (e portanto, pertençam à mesma reta) é necessário que o determinante
seja igual a zero. Logo, supondo que e sejam pontos distintos pertencentes à uma reta , para determinar sua equação, basta resolver tal determinante com os pontos , e um ponto genérico pertencente à .[7] Os valores para são fixados apenas para verificar se o ponto está alinhado aos outros dois, ou seja, para concluir se o ponto pertence à reta determinada pelos outros dois pontos.
Como o resultado do determinante deve ser igual a 0, então:
Como a equação da reta é da forma , sendo e , neste caso , e .[7]
Partindo da equação geral da reta, é possível descobrir o valor do ângulo de inclinação da reta, de modo a verificar outras retas com mesmo ângulo de inclinação e portanto, paralelas.
Denotaremos por o ângulo de inclinação da reta . Este ângulo deve partir do eixo no sentido anti-horário. A tangente do ângulo é denominada coeficiente angular ou declividade da reta.[7] É comum indicar o coeficiente angular por
Há quatro possibilidades para , as quais possuem algumas peculiaridades:
Caso , segue que a reta é paralela ao eixo y (mas o valor da tangente de 90° não está definido). Porém, se , observa-se que sua declividade é nula e assim, a reta é paralela ao eixo x.[7]
Para os dois outros casos, pode-se calcular partindo dos valores das coordenadas dos pontos e , bastando definir um ponto , tal que ABC seja um triângulo retângulo em . Sem perda de generalidade, supomos , e fixemos . O cateto oposto do triângulo retângulo irá medir e o cateto adjacente (o valor está em módulo pois indica uma medida. No cálculo da tangente ele não será utilizado). Logo, sabendo que a tangente de um ângulo é dada pela razão entre o cateto oposto e a hipotenusa:
Se , então a declividade será positiva. Já se , então a declividade será negativa.[7]
Porém, caso a equação da reta esteja expressa na forma reduzida, reconhecer retas paralelas a ela será mais simples, bastando observar o valor do coeficiente que acompanha a incógnita da abscissa.
Para isso, considere uma reta em que se conheça o valor do coeficiente angular, supomos , além de um ponto que pertença à . Considere também um ponto genérico , tal que .
Sabemos que:
Se escolhermos de modo que ele seja o ponto em que a reta intercepta o eixo y, então o valor da sua abscissa será 0, e portanto, , ou seja:
Qualquer outra reta com um mesmo coeficiente angular será paralela a .[8]
Seja um vetor que passa pela origem com extremidade em . Então , ou seja, . A equação da reta com mesma direção de , que passa pelo ponto e pela origem pode ser representada por:
em que é um valor real, variando de a e .
Caso o objetivo for determinar uma reta paralela à , com passando por um ponto , basta fazer:
O vetor é chamado de vetor diretor da reta.[10] Logo, qualquer reta com mesma direção de será paralela à reta . Desse modo, as retas:
são paralelas se , sendo um número real.
A equação de um plano pode ser obtida a partir de uma reta que seja ortogonal a todos os vetores do plano e de um ponto pertencente ao plano.[10]
Seja um vetor não nulo, ortogonal a todos os vetores de e sejam e pontos pertencentes a . O vetor é chamado de vetor normal ao plano . Os vetores de e são ortogonais, ou seja, o resultado de seu produto escalar é 0 (por isso o vetor não deve ser o vetor nulo, já que o vetor nulo é ortogonal a qualquer vetor):[10]
é comumente denotado por e assim:
Qualquer ponto que satisfaça a equação anterior pertence ao plano .[10]
Sendo assim, dois planos serão paralelos se os seus vetores normais forem paralelos, ou seja, para
e
vale que e serão paralelos se
Ainda, e serão paralelos e distintos se não houver pontos em comum entre eles, caso contrário e serão coincidentes e todos os pontos pertencentes a um pertencerão ao outro.
Para que uma reta seja paralela a um plano , basta que seja ortogonal ao vetor normal do plano. Logo, para a reta
e o plano
segue que se os produto escalar dos vetores e , respectivamente o vetor diretor da reta e o vetor normal do plano , resultar em 0, então e serão paralelos.[9]
Porém, há duas possibilidades. Caso a reta e o plano possuam pontos em comum, então estará contida em e de acordo com o paralelismo de uma reta e um plano no espaço euclidiano, e não serão paralelos. Caso não haja nenhum ponto em comum, então não estará contida em e e serão paralelos.
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