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patrimônio localizado no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Palácio das Laranjeiras é um palácio designado como residência oficial do Governador do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se no bairro de Laranjeiras, na cidade do Rio de Janeiro. Encontra-se tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro (INEPAC).[2]
Palácio das Laranjeiras | |
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Informações gerais | |
Estilo dominante | Arquitetura eclética |
Arquiteto | Armando Carlos da Silva Telles[1] |
Início da construção | 1909 |
Fim da construção | 1914 |
Restauro | 2013 |
Proprietário inicial | Eduardo Guinle |
Função inicial | Residência particular |
Proprietário atual | Estado do Rio de Janeiro |
Função atual | Residência oficial do governador |
Website | https://palaciodaslaranjeiras.rj.gov.br/ |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Rio de Janeiro |
Coordenadas | 22° 55′ 53″ S, 43° 11′ 01″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O terreno onde hoje se ergue o edifício era, nos fins do século XIX, propriedade do Conde de Sebastião de Pinho, aristocrata português, estabelecido no Rio de Janeiro e considerado o maior de todos os especuladores da Crise do Encilhamento.[3] Na propriedade, situava-se um palacete pertencente ao conde que foi demolido para dar lugar ao atual palácio.[4]
Entre 1909 e 1914, foi construído o atual palácio segundo projeto do arquiteto Armando Carlos da Silva Telles para ser residência do empreiteiro e industrial Eduardo Guinle. Visando se distanciar de sua origem modesta e sem tradição, o filho primogênito de Eduardo Palassin Guinle optou pela opulência: estima-se que o palácio tenha custado o equivalente a 24 milhões de dólares. Embora se beneficiassem da proximidade do poder, os Guinle sofreram um revés em seus negócios na década de 1940, e a viúva de Eduardo, Branca Guinle, aceitou uma proposta irrecusável do governo federal, vendendo a propriedade por 27,5 milhões de cruzeiros, quantia suficiente para comprar uma centena de apartamentos de classe média na Zona Sul do Rio de Janeiro.[5] Em 1947, passou à administração federal, tendo sido utilizado como residência oficial da presidência por Juscelino Kubitschek (1956-1961), que não quis permanecer no Palácio do Catete após o suicídio de Getúlio Vargas (1954). Com a conclusão do Palácio da Alvorada, inaugurado em 1960 em Brasília, Kubitschek deixou o palácio.
Foi doado pela União ao Estado do Rio de Janeiro em 1974. Desde então, foi utilizado como residência do presidente da República durante suas visitas ao Rio de Janeiro e para recepções diplomáticas. Entretanto, nesse meio tempo, diversos governadores fluminenses preferiram utilizar a residência da Gávea Pequena. Dentre os seus visitantes ilustres, destacam-se os ex-presidentes Charles de Gaulle, da França, Harry Truman, dos Estados Unidos, Manuel A. Odría do Peru, Anastasio Somoza García da Nicarágua[6] e o Papa João Paulo II.
Em 2001, o palácio foi objeto de ampla campanha de restauração envolvendo restauradores, historiadores, museólogos e pesquisadores, que lhe procederam a recuperação de pinturas, pisos e móveis.[7] Ao final dessa intervenção, o governo do estado abriu as portas do palácio para visitas guiadas por estudantes de história da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, porém, o palácio não está aberto a visitação.
O acervo do palácio compreende pinturas de Frans Post,[8] uma réplica do piano que pertenceu à rainha Maria Antonieta da França, mosaicos de mármore e de cerâmica com aplicações de ouro 24 quilates, esculturas e mobiliário fino.
Ali ocorreu, no dia 13 de dezembro de 1968, presidida pelo Marechal Arthur da Costa e Silva, a reunião onde foi aprovado pelo Conselho de Segurança Nacional o Ato Institucional Nº 5 (AI-5).[9]
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