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Open gaming é um movimento dentro da indústria de role-playing game (RPG de mesa) semelhante superficialmente ao movimento de software livre.[1][2] Nele, o detentores de direitos autorais licenciam suas obras sob licenças públicas de copyright que permitem que se possam fazer cópias ou criar obras derivadas de um jogo.
Um número de editoras de jogos de RPG aderiram ao movimento open gaming, em grande parte como resultado do lançamento do System Reference Document (SRD) pela Wizards of the Coast, que continha as regras fundamentais da 3ª edição de Dungeons and Dragons. O movimento open gaming também tem sido popular entre as pequenos editoras e autores de suplementos.[3]
O uso do movimento começou com a publicação do SRD e a liberação simultânea da Open Game License (OGL). No entanto, outros RPGs já tinham sido licenciado sob licenças de conteúdo aberto e livre antes disso.[1]
O sistema de RPG Fudge foi criado em 1992 por Steffan O'Sullivan, com ampla ajuda da comunidade rec.games.design.[4] O nome Fudge era o acrônimo de Freeform Universal Donated Game Engine até Steffan O'Sullivan mudar donate para DIY em 1995.
Uma razão do sucesso de Fudge é ter sido distribuído sob os termos da Fudge Legal Notice,[5] uma licença que removeu a maioria das restrições ao uso não-comercial. No entanto, a Fudge Legal Notice (mais comumente conhecido como simplesmente "a licença Fudge") nunca foi destinada a cobrir qualquer trabalho que não fosse o seu homônimo. A criação e distribuição de obras derivadas exigia uma taxa para conseguir uma autorização por escrito do autor. Os detalhes da Fudge Legal Notice foram modificados e ampliados ao longo do tempo, mas os elementos essenciais da licença permaneceram inalterados. A versão da Fudge Legal Notice de 1993 permitia a reimpressão das regras Fudge, inclusive em trabalhos comerciais, conduto, deveriam cumprir determinadas condições. A versão de 1995 permitiu a criação de trabalhos derivados para uso pessoal e para publicação em periódicos.
Em março de 2004, a Grey Ghost Games adquiriu os direitos autorais sobre Fudge; e em 6 de abril de 2005, lançaram uma versão de Fudge sob a Open Game License, tornando-o aberto para uso comercial.
A expressão opensource roleplaying foi usada em 1999 no sistema Dominion Rules.[6], publicado pela Dominion Games.[7] A licença desse sistema permitiu a criação de suplementos utilizando suas regras. Outro sistema "aberto" foi o sistema Circe, publicado pelo Projeto WorldForge sob a GNU Free Documentation License (GFDL).[8] Gods & Monsters, criado por Jerry Stratton, também foi distribuído sob a GFDL em 2013.[9]
Apesar de Fudge e de outros jogos, o movimento open gaming não ganhou amplo reconhecimento dentro da indústria de RPG até 2000, quando a Wizards of the Coast (WotC) publicou partes da 3ª Edição de Dungeons & Dragons como a System Reference Document (SRD) sob a Open Game License. Este movimento foi impulsionado por Ryan Dancey, gerente de marca da editora, que elaborou a Open Game License[3] e cunhou o termo open gaming.
A Open Gaming Foundation foi fundada por Ryan Dancey como um fórum independente para a discussão do open gaming entre os membros do incipiente do movimento open gaming. A OGF consistiu de um website e uma série de listas de discussão, incluindo a OGF-L list (para discussão geral sobre questões de licenciamento de open games) e a OGF-d20-L list (para discussão de questões específicas de d20).[10]
A crítica mais comum à OGF foi que era principalmente um local para divulgar a Wizards of the Coast. Ryan Dancey era um empregado da WotC; e as discussões se concentravam em d20 e o OGL (ambos de propriedade da WotC), em vez de open games em geral.
A OGL ganhou popularidade imediata com os editores de jogos de RPG comerciais. No entanto, a OGL foi criticada (principalmente por desenvolvedores independentes de jogos de RPG) por ser insuficientemente "aberto" e por ser controlado pelo líder de mercado Wizards of the Coast. Em resposta a isso, e em uma tentativa de mudar o suporte da OGL para licenças mais abertas, várias alternativas a OGL foram sugeridas e elaboradas. Da mesma forma, a popularidade da OGL inspirou outros a criarem suas próprias licenças específicas de conteúdo aberto. Praticamente nenhum deles ganhou aceitação além dos trabalhos dos próprios autores das licenças, e muitos foram abandonados desde então.
Linda Codega, para o Io9 em janeiro de 2023, relatou os detalhes de uma cópia completa vazada da OGL 1.1, incluindo termos atualizados, como não autorizar mais o uso da OGL1.0.[11] Codega destacou que "se a licença original não for mais viável, todos os editores licenciados serão afetados pelo novo contrato. [...] A principal conclusão do rascunho da OGL 1.1 vazado é que a WotC está mantendo o poder nas mãos".[11] Depois disso, a Paizo anunciou uma nova Open RPG Creative License (ORC) como uma resposta direta às mudanças relatadas na OGL. Editores adicionais, como Kobold Press, Chaosium, Green Ronin, Legendary Games e Rogue Genius Games, farão parte do processo de desenvolvimento da ORC.[12][13] A ORC será uma licença independente de sistema aberta, perpétua e irrevogável com desenvolvimento legal pago pela Paizo "sob a orientação legal da Azora Law", no entanto, a licença "não será de propriedade da Paizo, nem será de propriedade da qualquer empresa que ganhe dinheiro publicando RPGs".[14] A Paizo planeja encontrar uma "sem fins lucrativos com um histórico de valores de código aberto para possuir esta licença" e afirmou que "a propriedade do processo e administração da Azora Law deve fornecer um porto seguro contra qualquer empresa que seja comprada, vendida ou que mude de administração no futuro e tentar rescindir direitos ou anular seções da licença".[14]
A Free League Publishing anunciou duas licenças, para seu sistema de jogo Year Zero e outra para seu próximo RPG de fantasia Dragonbane.[17]
A open gaming license mais comum em uso por editoras de RPGs comerciais é a OGL. Há muitas editoras que atualmente produzem material no primeiro documento SRD; e muitas tornaram seus produtos disponíveis sob a OGL, mas que usam sistemas de jogos que não são baseados no SRD.[18][19]
A Wizards of the Coast usou a não aberta Game System License para a 4ª edição do Dungeons & Dragons, mas lançou um novo System Reference Document em 2015 para a 5ª edição licenciada sob o OGL.[20][21]
A Open Gaming Foundation descreve essas licenças como "Licenças de jogo abertas conhecidas".[22]
Vários fãs e editoras têm usado o conteúdo open gaming existente para criar sistemas de regras que emulam jogos antigos e não mais comercializados; e lançam esses sistemas de regras sob uma licença aberta. O termo "retroclone" foi cunhado pela Goblinoid Games, a editora de Labyrinth Lord.[25]
Exemplos notáveis de jogos retro-clone são OSRIC (baseado na 1ª edição de Advanced Dungeons & Dragons ), Labyrinth Lord (baseado em Basic Dungeons & Dragons) e Swords & Wizardry (baseado no Dungeons & Dragons original).
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