Loading AI tools
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Baluarte de Santa Maria é um periódico mensário açoriano, publicado na ilha de Santa Maria.
O primeiro periódico na ilha de Santa Maria foi o O Mariense, um quinzenário literário e noticioso que veio a público em 9 de abril de 1885, uma quinta-feira. Era seu proprietário e editor Jacinto Monteiro de Bettencourt, e seu principal redator Urbano de Medeiros. Apresentava formato pequeno, com quatro páginas a 3 colunas, e era impresso na Typographia Oriental, na rua da Conceição, em Vila do Porto.[1] Teve efêmera duração, tendo a publicação sido suspensa em seu número 7, em consequência de sentença judicial por abuso da liberdade de imprensa, e pela recusa de seu editor em publicar a sentença. CANTO (1890) informa que do número 8 chegaram a imprimir-se as primeira e quarta páginas, "de que se tiraram mui poucos exemplares, por ser proibida a publicação pela autoridade".[2]
Este pioneiro foi sucedido, a 3 de outubro do mesmo ano (um sábado), pelo Correio Mariense, semanário literário e noticioso, tendo como redator e editor João Clímaco dos Reis. Apresentava formato pequeno a 3 colunas, sendo impresso na Typographia Mariense, em Vila do Porto.[3]
Posteriormente, foram publicados:
Outras publicações periódicas na ilha foram:
O Baluarte foi um quinzenário fundado, editado e dirigido pelo professor micaelense José de Medeiros Moniz[6] quando no exercício do Magistério na ilha de Santa Maria,[5] no ano letivo de 1927-1928. O seu primeiro número veio a público em janeiro de 1928. Propunha-se, conforme nota introdutória, intitulada "O vosso jornal", assinada por seu primeiro diretor:
e complementava:
Após alguns meses foi obrigado a suspender a sua publicação, fazendo com que surgisse, a 30 de abril do mesmo ano, o A Lucta, quinzenário, cujo proprietário diretor e editor foi Libuíno de Sousa Cabral e que, a seu turno, também teve efêmera duração.
O desaparecimento de "A Lucta" deu lugar à continuação de "O Baluarte" que, com excelentes colaboradores à época, deixou então a sua marca na imprensa açoriana.
A 10 de outubro de 1929 o professor Moniz foi transferido para Ponta Delgada, sendo substituído na direção de O Baluarte por António Morais Cordeiro[7] e, mais tarde ainda, por José do Carmo Pacheco.[8]
No contexto da instauração do Estado Novo em Portugal, o periódico teve de encerrar em 1932 por razões de ordem política.[9]
No início de 1977, Arsénio Chaves Puim lançou a ideia da criação de um periódico em Santa Maria, que se materializou nesse mesmo ano, a 1 de maio, quando veio a público o primeiro número da IIª Série de O Baluarte.
Embora a equipa do novo periódico tivesse sido constituída inicialmente por quatro pessoas, a sociedade jornalística acabou ficando constituída por apenas três sócios, Arsénio Chaves Puim, José Dinis Resendes e João de Sousa Braga.
O projeto resgatava, desse modo, entre os antigos jornais da ilha, a memória do que melhor representava os ideais de democracia e liberdade pretendidos pelos seus fundadores, como expresso no editorial que refletia os Estatutos do periódico:[10]
Quando oficializado o registo do periódico, a partir do nº 43 da IIª série (1 de novembro de 1980) o seu nome passou para O Baluarte de Santa Maria, uma vez que já havia outro, no país, com o nome de "O Baluarte".
Na edição de 22 de Setembro de 2016, a direcção anunciou uma "pausa" por tempo indeterminado na edição do jornal no seguimento do fecho da empresa "João Braga, Sociedade Unipessoal, Lda", tendo sido esta, até agora, a última tiragem.
Actualmente, a imprensa em Santa Maria é feita apenas através do site online.[11]
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.