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emoção do cérebro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Nojo, ojeriza ou asco é uma emoção geralmente notada através de expressão facial e tipicamente associada com coisas que são percebidas como sujas, incomestíveis ou infecciosas. Em The Expression of the Emotions in Man and Animals, Charles Darwin escreveu que o nojo se refere a algo revoltante. Primariamente em relação ao sentido do paladar, como realmente percebido ou vividamente imaginado; e secundariamente com relação a qualquer coisa que provoque sentimento similar, através dos sentidos do olfato, tato e mesmo pela simples visão. O nojo é uma das emoções básicas da teoria das emoções de Robert Plutchik. Envolve uma expressão facial característica, uma das seis expressões faciais de emoção de Paul Ekman. Está também associado a uma queda nos batimentos cardíacos, em contraste, por exemplo, com medo ou raiva.[1]
O nojo pode ser dividido ainda em nojo físico, associado com impureza física ou moral, e nojo moral, um sentimento similar relacionado a tomadas de decisão.
Pensa-se que o nojo tenha suas origens (e seja idêntico em certos casos) a reações instintivas que evoluíram como parte da seleção natural para comportamentos que ajudavam na proteção contra envenenamento alimentar, exposição ao risco ou infecção.[2]
Como outras pulsões humanas instintivas, o nojo possui um aspecto instintivo e outro socialmente construído. O psicólogo Paul Rozin estudou o desenvolvimento de sentimentos de nojo em crianças.
Jonathan Haidt é um pesquisador cujo trabalho envolve explorar o relacionamento entre vários conceitos tradicionais de moralidade. Sua teoria de intuição moral busca explicar as reações aparentemente pré-racionais e viscerais às violações de ordem moral.
Martha Nussbaum, importante filósofa estadunidense, escreveu o livro intitulado Hiding From Humanity: Disgust, Shame, and the Law, o qual examina o relacionamento entre nojo e vergonha face às leis da sociedade.
Um estudo recente descobriu que mulheres e crianças são mais sensíveis ao nojo do que homens.[2] Pesquisadores tentaram explicar a descoberta em termos evolucionários. Enquanto alguns acham sábio aderir aos sentimentos de nojo de outrem, outros afirmam que reações de nojo são freqüentemente construídas sobre preconceitos que deveriam ser desafiados e reprovados [3].
Experimentos realizados com ressonância magnética revelaram que a insula anterior no cérebro torna-se particularmente a(c)tiva quando sentimos nojo, quando somos expostos a gostos ofensivos e quando vemos expressões faciais de nojo.[4]
Muitos pacientes que sofrem da doença de Huntington, uma moléstia neurodegenerativa progressiva transmitida hereditariamente, são incapazes de reconhecer expressões de nojo em outrem e também não demonstram reações de nojo a odores e sabores revoltantes.[5] A incapacidade de reconhecer o nojo em outrem surge em portadores do gene Huntington antes que outros sintomas se manifestem.[6]
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