compositor brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Nestor de Hollanda Cavalcanti (Rio de Janeiro, 26 de Novembro de 1949) é um compositor, arranjador e diretor musical do Brasil, filho do escritor e jornalista Nestor de Holanda.[1] Sua obra abrange um grande número de peças que vão desde a orquestra até instrumentos solistas, passando pela música de câmara, música coral e música vocal.[2]
Nestor de Hollanda Cavalcanti | |
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Informações gerais | |
Nome completo | Nestor de Hollanda Cavalcanti |
Nascimento | 26 de novembro de 1949 (75 anos) |
Local de nascimento | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro Brasil |
Ocupação | Compositor, arranjador e produtor musical |
Instrumento(s) | violão |
Nestor começou a estudar música em 1962 com aulas de trompete (embora desejasse estudar saxofone) com José Miranda Pinto, conhecido como "Coruja", saxofonista. Seu instrumento, no entanto, seria o violão, que começou a estudar em 1965, com a professora Yvone Rebello, passando, no mesmo ano, para o professor Elpídio Pereira de Faria e depois, os professores João Pereira Filho e Jodacil Damaceno.
Teve um breve contato com o piano com a professora Wilma Graça, mas, incentivado por Elpídio Pereira de Faria, logo se inclinou para a composição, recebendo as primeiras orientações com os compositores Baptista Siqueira, José Siqueira, Alceo Bocchino, e, finalmente, César Guerra-Peixe,[3] com quem estudou entre 1968 e 1973, nos Seminários de Música Pro-Arte, na Fundação Museu da Imagem e do Som e no Centro de Estudos Musicais. Este último criado e dirigido por Guerra-Peixe. Ainda na Pro-Arte, recebeu também aulas de análise musical com a professora Esther Scliar.
Nestor considera Elpídio Pereira de Faria, que lhe mostrou o que estudar - os caminhos que deveria percorrer, e Guerra-Peixe, que o orientou de maneira prática, exigindo dedicação integral ao estudo das diversas matérias da composição musical, levando, com isso, a compor, os professores mais importantes da sua formação. Ambos lhe ensinaram a estudar; a buscar o que estudar e como estudar.
Durante vários anos, trabalhou como professor de violão, dando aulas particulares e, a partir de 1975, no Conservatório Brasileiro de Música- Filial Tijuca e na Escola de Música Villa-Lobos.
Obteve grande divulgação em 1975, quando obteve, com sua peça Widersprüche (Contradições), para septeto, o segundo lugar no 1º Concurso Latino-Americano de Composição promovido e julgado pelo Instituto Goethe de Munique. A obra foi apresentada em tournê pelo conjunto alemão Consortium Classicum. [4]
Sua estréia, no entanto, ocorrera em início de 1969, com a apresentação em shows "multi-mídia" misturando música, poesia e teatro, juntamente com Hamilton Vaz Pereira, Sergio Fonta e outros, que ocorreram em vários locais da zona sul carioca, inclusive no Teatro Senac, em Copacabana.
Sua peça Suíte Quadrada, para violão solo, ganhou o 2º lugar no Concurso Nacional de Composição promovido pela Editora Vitale e INM/Funarte em 1978, tendo sido gravada por Sérgio Assad[5] e por Roland Dyens.[6]
Entre os anos de 1977 e 1993, trabalhou na Funarte, como Coordenador do ProMemus; na Biblioteca Nacional como Chefe da Divisão de Música e Arquivo Sonoro e na Rioarte como Diretor da Divisão de Música.
Foi diretor musical dos Grupos Cobra Coral (Coral da Cultura Inglesa) e da Orquestra de Vozes A Garganta Profunda, que depois passou a chamar-se Garganta Profunda (grupo).
Atuou como produtor de discos, em várias instituições, com uma grande relação de LPs e CDs.
Embora já houvesse composto algumas peças para coro, sua ligação com os corais começou a se fortalecer em 1978 quando, sob encomenda de Marlos Nobre, então diretor do Instituto Nacional de Música da Funarte, compôs O Morcego, sobre texto de Augusto dos Anjos, que já foi executada por muitos corais por todo o Brasil, entre eles, o excelente CantoLivre sob a regência de Thelma Chan.[7]
Logo após, em 1980 foi convidado pelo compositor Ronaldo Miranda para compor a peça de confronto para a categoria juvenil do Concurso de Corais a ser realizado na Sala Cecília Meireles.
Sabendo que a faixa etária dos cantores era limitada a 18 anos, resgatou uma canção sua, composta sobre letra de Hamilton Vaz Pereira, quando ambos tinham cerca de 18 anos e, sobre ela, compôs Peça de Confronto para Coro Misto Juvenil.
Durante o evento, encontrou outro amigo, Marcos Leite, que, na ocasião, regia o Coral da Cultura Inglesa que participava em outra categoria e, em seguida, compôs, para este coro Cobras e Lagartos,[8] apresentada no Panorama da Escola de Música da UFRJ, na Bienal Brasileira de Música e no ,MPB Shell de 1981, recebendo o prêmio de Melhor Trabalho Criativo, cuja gravação está disponível no YouTube.
O sucesso foi tanto que o próprio coral, ao se desligar da Cultura Inglesa, se auto nomeou "Cobra Coral". O vínculo estava formado e Nestor passou a atuar como Diretor Musical do grupo, até 1983, quando este se desfez.[9]
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