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Neoarqueano
2.80 bilhões a 2.50 bilhões de anos atrás Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Na escala de tempo geológico, o Neoarqueano é a Era do Éon Arqueano que está compreendida entre 2 bilhões e 800 milhões e 2 bilhões e 500 milhões de anos atrás, aproximadamente. A era Neoarqueana sucede a era Mesoarqueana de seu Éon e precede a era Paleoproterozoica do Éon Proterozoico. Como as outras eras de seu Éon, não se dividem em períodos.[2]
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No Neoarqueano, cerca de 2,6 bilhões de anos, a atividade tectônica de placas pode ter sido bastante similar à da Terra moderna. Há evidências de bacias sedimentares bem preservadas, como também, de arcos vulcânicos, rachaduras intracontinentais, colisões entre continentes e eventos orogênicos de âmbito global bem disseminados, sugerindo a formação e destruição de um e talvez vários supercontinentes.[3]
Durante o Éon Arqueano, havia aproximadamente 20 áreas cratônicas, entre elas, o Escudo Báltico (atual Europa), partes da América do Norte e da China e, no Brasil, o Cráton Amazônico e o Cráton do São Francisco, com idades 3,4 bilhões de anos.[4]
No final do Arqueano (2,5 Ga), diversos crátons encontravam-se estabilizados, e a maioria destes, supostamente aglutinados em um supercontinente denominado de Kenorlândia.[5]
A água na forma líquida era predominante, e bacias oceânicas profundas deram origem às formações de ferro bandadas, depósitos de chert, sedimentos químicos e basaltos na forma de pillow lavas (lavas em forma de almofadas/travesseiros).[3]
- Supercontinente Kenorlândia (~3 Ga - ~2,5 Ga)
- Nível de Oxigênio no Neoarqueano (~2,8 Ga - ~2,5 Ga)
- Temperatura no Neoarqueano (~2,8 Ga - ~2,5 Ga)
- Dióxido de carbono no Neoarqueano (~2,8 Ga - ~2,5 Ga)
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Perspectiva
Os BIFs são rochas oriundas da acumulação de ferro precipitado presente na água dos oceanos e mares. O ferro é oxidado ao entrar em contato com o oxigênio produzido por organismos fotossintetizantes.
O Serviço Geológico do Brasil-CPRM define como rocha sedimentar ou metassedimentar estratificada, contendo camadas de óxidos, carbonatos ou silicatos de ferro alternadas com camadas diferentes destas (quartzosas, anfibólicas, quartzo cloríticas etc.).
A deposição destas camadas teve seu ápice do Neoarqueano ao Paleoproterozóico, provavelmente devido ao enriquecimento em O2 da atmosfera neste período, o que levou a oxidação de ferro em solução () e precipitação de coloides de hidróxidos ferruginosos em camadas alternadas com sílica coloidal no fundo dos mares existentes da época.
Os BIFs podem desenvolver depósitos de ferro economicamente exploráveis, como por exemplo, as jazidas de itabiritos em Minas Gerais no Brasil.[6]
- Formação Ferrífera Bandada (Karijini National Park, Western Australia)
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Perspectiva
A vida no Arqueano se constituía de microorganismos unicelulares procariotos, ou seja, microscópicos e simples (sem organelas ou núcleo), também chamadas de bactérias ou arquebactérias (bactéria primitiva). Eram resistentes às condições de temperatura, radiação e química existentes neste período. Inicialmente eram heterótrofas, quer dizer, tinham de tirar seu alimento do meio, e não o produziam a partir de substâncias mais simples. Os organismos autotróficos, capazes de fazer fotossíntese, vão surgir mais tarde, no fim deste Éon, por volta de 2,7 Ga. São as bactérias verde-azuladas, e o sub-produto de sua atividade é o oxigênio.[7]
Durante o Éon Arqueano as primeiras formas de vida tiveram papel fundamental nas transformações ambientais do planeta Terra. A condensação da água possibilitou a formação dos mares e oceanos, desencadeando os primeiros eventos de erosão e consequentemente a formação de rochas sedimentares. O aprisionamento de CO2 elevou a proporção de metano e amônia na atmosfera, e a ausência de O2 livre indicando um ambiente redutor.[8]
As primeiras formas de vida surgem a partir dos procariontes (bactérias anaeróbias) em aproximadamente 3,8 Ga. O surgimento de bactérias fotossintetizantes e cianobactérias (estromatólitos) entre 3,5 Ga e 3,2 Ga desencadeiam os primeiros processos de oxidação, representados pelo BIFs - Formação Ferrífera Bandada (3,0 Ga - 2,0 Ga), marcando a mudança da atmosfera de redutora para oxidante e a formação da camada de ozônio nos Éons Arqueano e Proterozóico.[7][9]
Este evento provocou a denominada "catástrofe do oxigênio", pois ocasionou progressivamente um aumento nos níveis de oxigênio da atmosfera alterando as condições de vida. Como os principais organismos neste período eram anaeróbios, o oxigênio "tóxico e corrosivo" exterminou grande parte dos seres vivos.[7]
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