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Escritor Finlandês Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Mika Toimi Waltari (Helsinque, 19 de setembro de 1908 — 26 de agosto de 1979) foi um escritor finlandês, mais conhecido por seu romance best-seller The Egyptian (em finlandês: Sinuhe egyptiläinen).[1] Ele foi extremamente produtivo e, além de seus romances, também escreveu poesia, contos, romances policiais, peças, ensaios, histórias de viagens, roteiros de filmes e textos rimados para histórias em quadrinhos de Asmo Alho (foi um cartunista finlandês, editor de revista e ilustrador de dezenas de livros).[2]
Mika Toimi Waltari | |
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Nascimento | 19 de setembro de 1908 Helsinque, Finlândia |
Morte | 26 de agosto de 1979 (70 anos) Helsinque, Finlândia |
Nacionalidade | finlandês |
Cônjuge | Marjatta Luukkonen |
Alma mater | Universidade de Helsinque |
Ocupação | Escritor |
Magnum opus | O Egípcio |
Assinatura | |
Mika Waltari nasceu em Helsinque, em 1908.[3] Seus pais eram Toimi Waltari, um pastor luterano e que lecionava teologia em Porvoo e Olga Johansson, que era uma de suas alunas. Um escândalo causado pelo relacionamento dos dois os levou a se mudar para Tampere, e o casal se casou em 18 de novembro de 1906.[4] Quando Mika tinha apenas cinco anos, em 5 de julho de 1914, ele perdeu o pai para uma doença. Olga, com apenas 25 anos, ficou sozinha para cuidar de seus três filhos: Samuli (7 anos), Mika (5 anos) e Erkki (6 meses), contando com a ajuda crucial do cunhado, Toivo. Na infância, Mika viveu a experiência da Guerra Civil Finlandesa. Durante o conflito, sua família, que apoiava os Brancos, fugiu para a casa da tia de sua mãe em Laukkoski, perto de Porvoo, uma área relativamente tranquila, onde os Brancos eram predominantes.[5]
Mais tarde, Mika ingressou na Universidade de Helsinque para estudar teologia, seguindo o desejo de seu tio Toivo.[6] No entanto, ele logo abandonou o curso para se dedicar à filosofia, estética e literatura, formando-se em 1929. Enquanto estudava, começou a contribuir para revistas, escrevendo poemas e contos. Seu primeiro livro, Jumalaa paossa, foi publicado em 1925, com grande sucesso: vendeu 3.000 cópias, apesar de ter apenas 72 páginas.[6]
Em 1927, Mika foi para Paris, onde escreveu seu primeiro grande romance, Suuri illusioni (A Grande Ilusão), que retrata a vida boêmia. O livro foi um sucesso inesperado, vendendo 8 mil cópias e tornando Mika Waltari um autor famoso. O estilo da obra é considerado equivalente ao dos escritores americanos da "Geração Perdida". Curiosamente, no romance histórico O Aventureiro, ambientado no século XVI, o protagonista é um finlandês que vai estudar em Paris, semelhante à experiência de Mika na cidade.[7]
Waltari também integrou brevemente o movimento literário liberal Tulenkantajat, mas, com o tempo, suas opiniões políticas e sociais se tornaram mais conservadoras. Ele se casou em 8 de março de 1931 com Marjatta Luukkonen, a quem conheceu durante o serviço militar no ano anterior. O casal teve uma filha, Satu, em 4 de janeiro de 1932, que também se tornou escritora.[8]
Durante as décadas de 1930 e 1940, Mika trabalhou como jornalista e crítico, escrevendo para diversos jornais e revistas, além de viajar bastante pela Europa. Publicou artigos na revista oficial da Associação de Cultura e Identidade Finlandesa, Suomalainen Suomi (Finlândia Finlandesa), mais tarde renomeada como Kanava, e dirigiu a revista Suomen Kuvalehti.[9]
Apesar da intensa rotina e de um rigoroso senso de disciplina, Waltari sofria de psicose maníaco-depressiva, alternando entre períodos de depressão após terminar seus livros — às vezes precisando de hospitalização — e fases maníacas, durante as quais escrevia com intensidade. Ele também participava de competições literárias, muitas vezes para provar sua qualidade como escritor.[10]
Um desses concursos deu origem ao famoso personagem Inspetor Palmu, um detetive durão da polícia de Helsinque, que estrelou três romances de mistério, todos adaptados para o cinema (um quarto filme foi feito sem a participação de Waltari). Além disso, ele escreveu roteiros para o popular desenho animado Kieku ja Kaiku e publicou Aiotko kirjailijaksi, um guia para aspirantes a escritores que inspirou muitos autores mais jovens, como Kalle Päätalo.[11]
Mika Waltari morreu em 26 de agosto de 1979, na capital finlandesa, um ano depois da morte de sua esposa, Marjatta, em 1978.[12]
Markéta Hejkalová (que traduziu muitas obras de Waltari para o checo e escreveu uma biografia sobre ele) identifica 9 elementos comuns nos romances históricos de Waltari:[13]
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