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O Microtus duodecimcostatus , também chamado rato-toupeira[1] ou rato-cego-mediterrânico[2], é uma espécie de roedor da família Cricetidae.[3]
Microtus duodecimcostatus | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Microtus duodecimcostatus (de Selys-Longchamps, 1839) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
O rato-toupeira é um roedor de corpo cilindriforme e cabeça pouco diferenciada do resto do corpo, de formato oblongo.[4] Tem uma pelagem de cor castanho-clara sobre o dorso e acinzentada ou mesmo esbranquiçada no ventre.[5] Distingue-se pelos seus olhos pequenos e pelas suas orelhas, também de reduzidas dimensões, dissimuladas junto ao pêlo da cabeça. [6]
É uma espécie particularmente pequena, medindo entre oito e onze centímetros, sem contar com a cauda que, por si só, mede entre dois a três centímetros e meio.[7]
Pode ser encontrada a Norte da orla Ocidental do Mediterrâneo, em países como França, Portugal e Espanha.[8]
É uma espécie endémica comum, medrando principalmente pelas regiões a sul do Tejo da Beira Interior, do Alentejo (principalmente o interior) e o Algarve. [3][4]
Dada a presença desta espécie em Espanha, em regiões limítrofes ao leito do Douro, conjectura-se que possa haver povoações desta espécie em Portugal, em territórios mais a Norte do Tejo.[6]
É uma espécie fossorícola, ou seja, que vive em tuneis e galerias foçadas na terra. [3]
Dessarte, privilegia os descampados e espaços abertos em geral, de terrenos húmidos e consistentes, que lhes dêem ansa para poderem escavar as suas madrigueiras e cunículos, e onde predominem plantas herbáceas, sejam elas cultivares ou espécies bravias, que lhes ofereçam nutrição e resguardo.[6][5] Por conseguinte, tanto podem habitar charnecas e ermos, como courelas agricultadas.[8]
As galerias dos ratos-toupeira são muito organizadas, departindo-se em câmaras que servem de despensa, onde arrecadam os alimentos; galerias, por onde circulam em segurança sem ter de atonar à superfície; e até madrigueiras, onde as fêmeas podem dar à luz e cuidar das crias.[9]
Os ratos-toupeira conseguem reproduzir-se todo o ano, especialmente se tiver sido um ano particularmente pluvioso, porquanto isso promove a abundância de alimento e a facilidade em escavar o solo.[9] Cada fêmea costuma parir entre 2 a 3 crias, por ninhada. A gestação tarda 24 dias. Os jovens ratos-toupeira adquirem a maturidade sexual ao fim de poucos meses de vida, sendo certo que esta espécie tem uma esperança de vida que raramente ultrapassa os dois anos em estado selvagem.[9]
Existe em relação de simpatria com o Microtus lusitanicus, nas regiões mais setentrionais da sua distribuição em Portugal, havendo por conseguinte convergência dos espaços vitais de ambas as espécies.[3][4]
O rato-toupeira é herbívoro, pelo que se alimenta mormente de raízes, rizomas e quejandos, podendo, em todo o caso, também se alimentar de bagas, aquénios e pequenos frutos.[4]
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