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Marcelino Menéndez Pelayo (Santander, 3 de novembro de 1856 – Santander, 19 de maio de 1912[1]) foi um escritor, filólogo, crítico literário e historiador espanhol.
Marcelino Menéndez Pelayo | |
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Marcelino Menéndez Pelayo, per Kaulak | |
Nascimento | 3 de novembro de 1856 Santander |
Morte | 19 de maio de 1912 (55 anos) Santander |
Cidadania | Espanha |
Progenitores |
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Irmão(ã)(s) | Enrique Menéndez Pelayo |
Alma mater | |
Ocupação | escritor, historiador, bibliotecário, político, professor universitário, biógrafo, crítico literário, historiador literário |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidad Central |
Religião | Igreja Católica |
Assinatura | |
Consagrado primariamente à história das ideias, à crítica e história da literatura espanhola e hispano-americana e à filologia hispânica em geral, também trabalhou com poesia, tradução e filosofia.
Estudou o segundo grau no Instituto Cantábrico da sua cidade natal. Posteriormente, completou a sua formação na Universidade de Barcelona (1871–1873) com Manuel Milá i Fontanals, na de Madrid (1873), onde uma arbitrariedade acadêmica do catedrático Nicolás Salmerón, que mandou repetir curso aos seus alunos sem os ter examinado, inimistaria-o de por vida com o krausismo postkantiano e com os hegelianos em geral, e em Valladolid (1874), onde intimou com o que seria o seu grande amigo, o conservador Gumersindo Laverde, que o afastou do seu inicial liberalismo e o orientou para o partido mais conservador, o dos chamados neocatólicos. Fez uma viagem de estudos a bibliotecas de Portugal, Itália, França, Bélgica e Holanda (1876–1877) e exerceu de catedrático da Universidade de Madrid (1878).
Foi eleito membro da Real Academia Espanhola (1880), deputado nas Cortes (1884–1892), Diretor da Biblioteca Nacional de España entre 1898 e 1912, e diretor da Real Academia de la Historia (1909). Antes de falecer virou para o seu inicial liberalismo, se bem que ancorado em pontos de vista solidamente cristãos, e corregeu muitos dos seus primitivos julgamentos desfavoráveis sobre Gaspar Núñez de Arce ou Benito Pérez Galdós, que terminou por ser o seu amigo.
Escreveu La ciencia española (1876), reivindicação da existência de uma tradição científica na Espanha. Horacio en España (1877) é uma análise das traduções de Horácio na literatura espanhola, de acordo com os gostos classicistas do seu autor. É famosa a Historia de los heterodoxos españoles (1880–1882), onde estuda a tradição cristã através da história da Espanha, da Idade Média até finais do século XIX, e analisa o trabalho de todos os pensadores e escritores perseguidos pela tradição católica espanhola, assumindo o ponto de vista do catolicismo. Na sua segunda edição corregeu alguns dos seus pontos de vista, mas não, por exemplo, os seus jocosos comentários e ironias contra os krausistas e os hegelianos, em especial contra Emilio Castelar. Historia de las ideas estéticas en España (1883–1891) explora, compendia e reinterpreta a bibliografia existente sobre estética literária e artística em diferentes épocas da tradição cultural espanhola.
Menéndez Pelayo empreendeu três longos trabalhos que o ocupariam quase até a sua morte. Um é a publicação das Obras de Lope de Vega (1890–1902) em 13 tomos; o segundo é a Antología de poetas líricos castellanos (1890–1908), outros 13 tomos consagrados à poesia medieval salvo o último, dedicado a Juan Boscán, e que, em que pese ao seu título, integra também poesia épica e didática, tornando a Antología numa verdadeira Historia de la poesía castellana en la Edad Media, como a intitulou ao reimprimi-lo em 1911. O terceiro é o seu estudo sobre Orígenes de la novela, três tomos publicados em 1905, 1907 e 1910, com um quarto tomo póstumo onde examina as imitações no século XVI de La Celestina. Simultaneamente, publica Antología de poetas hispanoamericanos (1893–1895), 4 tomos que são na realidade uma Historia de la poesía hispanoamericana como a intitulou ao reeditá-la em 1911. Corregeu nesta edição as suas apreciações sobre o Peru após um contato com o Marquês de Montealegre de Aulestia. O de 1911 é um estudo geral de toda a poesia hispano-americana que serviu para congraciar as ex colônias com a Espanha, e reimprimiu em 5 tomos os seus Estudios de crítica literaria (1892–1908) e os Ensayos de crítica filosófica (1892). Paralelamente, em 1898, fora nomeado diretor da Biblioteca Nacional de Madrid.
De entre os seus discípulos podem-se citar: Adolfo Bonilla y San Martín, editor das Obras completas de Cervantes, entre outros trabalhos; ao fundador da filologia hispânica como disciplina científica, Ramón Menéndez Pidal, e ao catedrático de Estética da Universidade Complutense de Madrid, José María Sánchez Muniaín, que compilou a Antología General de Menéndez Pelayo.
Recolhe a poesia lírica espanhola, do seu começo até o Renascimento; compreende, pois, toda a Idade Média espanhola.
Remonta aos seus anos de estudante, quando Laverde visava somente que o seu discípulo escrevesse uma série de esboços de hereges ou heterodoxos espanhóis célebres. A obra resultou em oito tomos de uma média de mais de 500 páginas cada um.
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