Memorial das Vítimas do Comunismo
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O Memorial das Vítimas do Comunismo (em inglês: Victims of Communism Memorial) é um monumento localizado na cidade de Washington, nas imediações do edifício do Capitólio.
Memorial das Vítimas do Comunismo | |
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Informação geral | |
País | Estados Unidos |
Data da construção | 12 de junho de 2007 (17 anos) |
Estatuto | Memorial |
Localização | |
Localizado na interseção da Avenida Massachusetts e Avenida New Jersey com G Street, NW. Distrito de Colúmbia Estados Unidos |
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O objectivo deste memorial encontra-se expresso na sua respectiva inscrição:
O Memorial das Vítimas do Comunismo foi inaugurado pelo Presidente George W. Bush, no 20.º aniversário do discurso de Ronald Reagan, junto ao Muro de Berlim.
A "Fundação do Memorial das Vítimas do Comunismo", foi instituída em 1994, na sequência da aprovação unânime, a 17 de Dezembro de 1993, da Resolução H.R. 3000 (Secção 905) do Congresso dos Estados Unidos, apresentada pelos congressistas californianos Dana Rohrabacher e Tom Lantos; Claiborne Pell, de Rhode Island e Jesse Helms, da Carolina do Norte, sendo posteriormente ratificada pelo presidente Bill Clinton (Public Law 103-199).[1]
Devido ao atraso no processo de criação do memorial, a autorização legislativa foi alargada através da Public Law 105-277 (Secção 326) de 21 de Outubro de 1998, até 17 de Dezembro de 2007, cabendo à "Fundação do Memorial das Vítimas do Comunismo" a responsabilidade inicial pelo financiamento e planeamento da construção do memorial.[2]
O presidente honorário da Fundação é o antigo chefe de Estado norte-americano George Bush, e entre os seus membros encontram-se vários senadores dos Estados Unidos; os académicos Robert Conquest, Paul Hollander, Richard Pipes e R.J. Rummel; os ex-presidentes Guntis Ulmanis, da Letónia; Vytautas Landsbergis, da Lituânia; Lennart Meri, da Estónia; Lech Wałęsa, da Polónia; Emil Constantinescu, da Roménia; Arpad Goncz, da Hungria; Sali Berisha, da Albânia; e Václav Havel, da República Checa, bem como os dissidentes Yelena Bonner e Vladimir Bukovsky, da Rússia; Armando Valladares, de Cuba; e Harry Wu, da República Popular da China.
Relativamente à concepção artística do memorial, os dirigentes da Fundação consideraram várias hipóteses temáticas:
Por fim, em Novembro de 2005, a National Capital Planning Commission aprovou a proposta artística apresentada pelo escultor Thomas Marsh.[4]
Esta proposta, consistia numa estátua de três metros de altura, réplica em bronze da Deusa da Democracia erigida pelos estudantes chineses, durante o Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989, por sua vez inspirada na Estátua da Liberdade e tendo como finalidade "homenagear os mais de 100 milhões de vítimas do comunismo".[5]
Da lista[6] de crimes dos regimes comunistas destacam-se os seguintes:
Na cerimónia de inauguração, em 12 de Junho de 2007, participaram mais de um milhar de convidados, entre os quais, membros do Governo, da Câmara dos Representantes e do Senado dos Estados Unidos; representantes das minorias étnicas; diversos dissidentes, como o poeta vietnamita Nguyen Chi Thien, o ex-preso político chinês Harry Wu, ou a lituana Nijolė Sadūnaitė;[7] representantes diplomáticos da Polónia, República Checa, Lituânia, Letónia, Estónia e República da China (Taiwan), bem como os que contribuíram financeiramente para a construção do Memorial.[carece de fontes]
Durante a cerimónia, o Presidente George W. Bush mencionou algumas das nações que sofreram a repressão dos regimes comunistas:[8]
“ | "Incluem-se os inocentes ucranianos mortos à fome por Stalin durante a Grande Fome; ou os Russos mortos nas purgas estalinistas; os lituanos, letões e estonianos transportados em vagões de gado e deportados para os campos da morte árticos do Comunismo Soviético. Incluem-se os chineses mortos no Grande Salto em Frente e na Revolução Cultural; os cambojanos chacinados nos campos da morte de Pol Pot; os alemães de Leste abatidos ao tentarem saltar o Muro de Berlim, em busca da liberdade; os polacos massacrados na Floresta de Katyn; e os etíopes exterminados durante o "Terror Vermelho"; os índios misquitos assassinados pela ditadura sandinista da Nicarágua; e os "balseros" cubanos afogados ao fugirem da tirania". | ” |
A estátua suscitou fortes críticas da Embaixada da República Popular da China, por invocar os trágicos acontecimentos da Praça da Paz Celestial, sendo por isso considerada um acto de difamação.[9]
O custo aproximado do projecto foi de um milhão de dólares, tendo a comunidade letã dos E.U.A. e doadores particulares do antigo bloco soviético sido os principais financiadores.[10]
Andrei Tsygankov, da Universidade Estadual de São Francisco, criticou a estátua como uma expressão do lobby anti-Rússia em Washington. Descreveu-a como um renascimento do simbolismo da Guerra Fria.[11] O político russo Guennadi Ziuganov, líder do Partido Comunista da Federação Russa, também criticou o memorial, atacando os EUA e fazendo referência "ao sangue de civis no Iraque, Afeganistão, Somália, sérvios no Kosovo, baía de Guantánamo, bem como prisões da CIA na Europa Oriental [que] fazem parte da lista negra de crimes dos globalistas".[12]
A estátua gerou críticas da embaixada chinesa em Washington porque o memorial evoca os massacre da Praça da Paz Celestial em 1989 [9] (ver: Protestos e dissidência na China). Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China acusou os EUA de promover um pensamento de "Guerra Fria" e se intrometer nos assuntos internos da China, e emitiu um protesto formal.[13] A embaixada chamou sua construção de uma "tentativa de difamar a China". Lee Edwards, presidente da Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo, declarou não ter conhecimento de nenhuma queixa oficial.[9]
Diversos países têm condenado os regimes comunistas e prestado homenagem às suas vítimas: Albânia;[14] Bulgária;[15] Camboja;[16] Croácia;[17] Eslováquia;[18] Estónia;[19] Etiópia;[20] Geórgia;[21] Hungria;[22] Letónia;[23] Lituânia;[24] Macedônia do Norte;[25] Polónia;[26] República Checa [27](ver: Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo e Lei da Ilegalidade do Regime Comunista e dos Movimentos de Resistência); Roménia;[28] e Ucrânia.[29]
A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou, em 25 de Janeiro de 2006, uma resolução de condenação dos crimes praticados em nome da ideologia comunista.[30][31][32]
O Parlamento Europeu aprovou, em 22 de Setembro de 2008, a instituição do Dia da Fita Preta (Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nacional-Socialismo [33] ver: Comparação entre nazismo e stalinismo)
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