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Melua ou Meluca (em sumério: 𒈨𒈛𒄩𒆠; romaniz.: Me-luh-haKI) é o nome sumério de um proeminente parceiro comercial da Suméria durante a Idade do Bronze. Sua identificação permanece uma questão em aberto, mas a maioria dos estudiosos associa o termo à Civilização do Vale do Indo.[3]
Asko Parpola identifica os proto-dravidianos com a Civilização do Vale do Indo (CVI) e o povo Melua mencionado nos registros sumérios. Segundo ele, a palavra "Meluhha" deriva das palavras dravidianas mel-akam ("país das terras altas"). É possível que o povo da CVI tenha exportado óleo de gergelim para a Mesopotâmia, onde era conhecido como ilu em sumério e elu em acádio. Uma teoria é que essas palavras derivam do nome dravidiano de gergelim (el ou elu). No entanto, Michael Witzel, que associa a CVI aos ancestrais dos falantes das línguas mundas, sugere uma etimologia alternativa da palavra munda para gergelim selvagem: jar-tila. Munda é uma língua austro-asiática e forma um substrato (incluindo palavras emprestadas) nas línguas dravídicas.[4]
Asko Parpola relaciona Melua com Mleccha que eram consideradas tribos "bárbaras" não-védicas no sânscrito védico.[5][6]
No final do período sumério, há inúmeras menções em inscrições de um assentamento Melua no sul da Suméria, perto da cidade-estado de Guirsu. A maioria das referências parece datar do Império Acádio e especialmente do período da Terceira dinastia de Ur. A localização do assentamento foi provisoriamente identificada com a cidade de Guaba. As referências a "grandes barcos" na Guaba sugerem que ela pode ter funcionado como uma colônia comercial que inicialmente teve contato direto com Melua.[7]
Parece que o comércio direto com Melua diminuiu durante o período de Ur III e foi substituído pelo comércio com Dilmum, possivelmente correspondendo ao fim dos sistemas urbanos no vale do Indo naquela época.[7]
De acordo com alguns relatos do governante do Império Acádio, Rimus, ele lutou contra as tropas de Melua, na área de Elão:[12]
“ | "Rimus, o rei do mundo, na batalha por Abalgamas, rei de Parásum, foi vitorioso. E Zaara[14] e Elão e Gupim e Melua dentro de Parásum se reuniram para a batalha, mas ele (Rimus) foi vitorioso e abateu 16.212 homens e levou 4.216 cativos. Além disso, ele capturou Emasini, rei de Elão, e todos os nobres de Elão. Além disso, ele capturou Sidagau, o general de Parasum, e Sargapi, general de Zaara, entre as cidades de Avã e Susã, junto ao "Rio Médio". Além de um túmulo no local da cidade, ele amontoou sobre eles. Além disso, as fundações de Parásum do país de Elão ele arrancou, e assim Rimus, rei do mundo, governa Elão, (as) o deus Enlil havia mostrado ..." | ” |
Gudea também, em uma de suas inscrições, mencionou sua vitória sobre os territórios de Magã, Melua, Elão e Amurru.[12]
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