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O Massacre de Khojaly reporta-se ao assassinato[1] de centenas de civis azeris[2] da povoação de Khojaly no Azerbaijão ocorrido em 25–26 de fevereiro de 1992 por arménios, e, parcialmente pelas forças armadas da CEI durante a Guerra do Alto Carabaque.
Massacre de Khojaly | |||
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Guerra do Alto Carabaque | |||
Vítimas civis azeris do massacre de Khojaly | |||
Data | 25 de fevereiro de 1992 – 26 de fevereiro de 1992 | ||
Local | Khojaly, Azerbaijão | ||
Coordenadas | |||
Desfecho | Massacre de civis azeris pelas forças armadas da Arménia e, parcialmente pelas forças armadas da CEI | ||
Situação | 613 civis mortas, incluindo 106 mulheres e 83 crianças mortas | ||
Mudanças territoriais | Alto Carabaque, Azerbaijão | ||
Beligerantes | |||
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De acordo com a versão azeri, bem como a Memorial Human Rights Center, a Human Rights Watch e outras organizações internacionais[3][4] o massacre foi cometido por forças armadas de etnia arménia, com apoio do 366.º Regimento Motorizado russo, aparentemente não agindo de acordo com ordens do comando.[5][6] As autoridades azeris contam 613 civis, incluindo 106 mulheres e 83 crianças mortas.[7] Este acontecimento foi o maior massacre ocorrido no decurso do conflito no Alto Carabaque.[8]
Oficialmente a recém-criada República da Arménia negou qualquer envolvimento com o movimento pela secessão do Alto Carabaque, sob a forma de apoio logístico, comida, combustível ou outro. Contudo, Levon Ter-Petrosian admitiu posteriormente o apoio logístico e o pagamento dos salários dos separatistas, mas negou o envio de tropas próprias para o combate. A Arménia enfrentava um bloqueio debilitante por parte da agora República do Azerbaijão além de pressões da vizinha Turquia, que decidiu alinhar do lado do Azerbaijão e estabelecer laços estreitos com este.[9]
A única ligação terrestre da Arménia com o Carabaque era através do estreito e montanhoso corredor de Lachin que apenas podia ser alcançado de helicóptero. O único aeroporto da região situava-se na pequena vila de Khojaly, sete quilómetros a norte de Estepanaquerte e com uma população estimada de 6 a 10 mil pessoas. Acrescente-se ainda que, Khojaly servia como base de artilharia desde 23 de fevereiro[10] e no final de Fevereiro, Khojaly estava bastante isolada, tendo as forças arménias desencadeado uma ofensiva a 26 de fevereiro apoiada por carros de combate da 366ª unidade para capturar a localidade.
De acordo com o lado azeri e outras fontes como a Human Rights Watch, a organização de direitos humanos sedeada em Moscovo Memorial e a biografia do líder arménio Monte Melkonian, documentada e publicada pelo seu irmão,[11] depois da captura de Khojaly procederam ao assassinato de várias centenas de civis que fugiam da cidade. As forças arménias tinham previamente afirmado que atacariam a cidade mas deixariam um corredor terrestre para permitir a fuga da população civil da cidade, todavia, quando o ataque começou, as tropas arménias, em maior número que as azeris, facilmente dominaram os defensores, que tentaram retirar juntamente com os civis para norte, para a cidade de Agdam, controlada pelo Azerbaijão. A pista do aeroporto fora intencionalmente destruída, tornando-a temporariamente inútil, após verem isto, as forças atacantes perseguiram os escapados e abriram fogo sobre eles, matando bastantes civis.[11]
Enfrentando acusações de grupos internacionais de ter massacrado intencionalmente civis, os oficiais arménios negaram a ocorrência de tal massacre e declararam que o objectivo era apenas silenciar o fogo de artilharia vindo de Khojaly.[12] Uma contagem exacta do número de mortos nunca foi alcançada, mas as estimativas mais conservadoras apontam para 485[13] enquanto que a contagem oficial das autoridades azeris para o número de mortos durante os acontecimentos de 25 e 26 de fevereiro aponta para 613 civis, dos quais 106 seriam mulheres e 83 crianças.[14] A 3 de março de 1992, o Boston Globe reportou que mais de 1 000 pessoas foram assassinadas nos mais de quatro anos de conflito, citando o autarca de Khojaly, Elmar Mamedov, em como existiram ainda 200 desaparecidos, 300 reféns e 200 feridos nos combates.[15] Um relatório publicado 1992 pela organização humanitária Helsinki Watch declarou que o seu inquérito apurou que os OMON azeris e membros "das milícias, ainda em uniforme e alguns ainda com as armas, estavam também junto dos civis massacrados" o que pode ter sido a razão para os disparos arménios sobre eles.[16]
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