Martinica
ilha nas Pequenas Antilhas, região ultramarina, departamento e coletividade territorial única da França Da Wikipédia, a enciclopédia livre
ilha nas Pequenas Antilhas, região ultramarina, departamento e coletividade territorial única da França Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Martinica (em francês: Martinique) é um departamento ultramarino insular francês no Caribe, com fronteiras marítimas com a Dominica ao noroeste, e com Santa Lúcia ao sul. Sua capital é Forte da França. Tem estatuto de região administrativa, assim como os outros departamentos de ultramar da França (como Guadalupe, Reunião, Maiote e a Guiana Francesa). A antiga capital, São Pedro, ficou mundialmente famosa após a grande erupção vulcânica de 1902, no Monte Pelée. Em 29 de novembro de 2007, houve um sismo de 7,4 na escala de Richter, que foi sentido nos estados brasileiros de Amazonas, no Pará, Rondônia, Roraima e Amapá.[4]
Martinica Martinique | |
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Bandeira | Brasão |
Hino nacional: Ansanm | |
Gentílico: Martinicano, Martinicana[1] | |
Localização da Martinica | |
Capital | Forte da França 14°40'N 61°00'O |
Cidade mais populosa | Forte da França |
Língua oficial | Francês |
Governo | Departamento de ultramar |
• Presidente do Conselho Executivo | Serge Letchimy |
Dependência da França | |
• Ano | desde 1635 |
• Departamento ultramarino | 19 de março de 1946 |
Área | |
• Total | 1.100 km² (184.º) |
População | |
• Censo 2017 | 372 594 hab. |
• Urbana | 42% hab. |
• Densidade | 338 hab./km² |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2003 |
• Total | US$ 6,117 milhões[2] |
• Per capita | US$ 14 400[3] |
IDH (2016) | 0,863 (24.º) – muito alto |
Moeda | Euro € |
Fuso horário | (UTC-4) |
Cód. Internet | .mq |
Cód. telef. | +596 |
Foi ocupada pela França a partir de 1635. Em 1660, os índios nativos da ilha foram deportados pelos franceses, no episódio que ficou conhecido como expulsão caribenha. Desde então, a ilha tem sido uma possessão francesa, exceto por três breves períodos de ocupação estrangeira.
Desde 1635 (chegada de Pierre Belain d'Esnambuc, um aristocrata francês que tomou posse da ilha para a França) até 1946, a Martinica sobreviveu como colônia francesa produzindo mercadorias tropicais, como cana-de-açúcar, café, rum e cacau. Prisioneiros africanos foram trazidos da África Ocidental para formar a população escrava que é a origem da maior parte da população atual.
Para a lista das comunas do departamento clique aqui: Lista de comunas do departamento de Martinica
A economia é baseada no comércio. A agricultura é responsável por aproximadamente seis por cento do PIB e o pequeno setor industrial por onze por cento. A produção de açúcar declinou, ficando a maior parte da cana-de-açúcar destinada à produção de rum. A exportação de banana tem crescido, principalmente para a França. O volume necessário para o consumo local de carne, verduras e grãos precisa ser importado, contribuindo para o deficit crônico da balança comercial, que requer grandes transferências anuais de auxílio financeiro da metrópole.
Forte da França é o quinto porto da França em movimentação de contêineres (contentores). O turismo tem se tornado mais importante que as exportações agrícolas como fonte de intercâmbio internacional. Forte da França é considerada a mais francesa cidade fora da França. A maior parte da força de trabalho está empregada no setor de serviços e no setor administrativo.
Tem uma área total de 1 100 km2, sendo a terceira maior ilha das Pequenas Antilhas (é menor somente que as ilhas de Trinidad e de Guadalupe). Tem 65 km de comprimento por 27 km de largura. Para comparação, a superfície é semelhante à de Hong Kong.
Tal como o resto das Pequenas Antilhas, Martinica está sujeita a risco sísmico. Em 29 de novembro de 2007, um sismo de magnitude 7,3 na escala Richter ocorreu nas proximidades da ilha.
Martinica é separada em duas zonas em relação ao eixo central constituído por Forte da França e Le Robert. Ao norte, fica uma região de relevo acidentado e com grandes florestas. Nela, se localiza o monte Pelée, um estratovulcão ativo que teve em 1902 uma erupção catastrófica que matou entre 30 000 a 40 000 residentes na ilha e deixou apenas dois sobreviventes. Ao sul, fica a região mais seca, de relevo menos acidentado e com maior ocupação humana.
O terreno é acidentado nesta ilha vulcânica. As áreas mais planas se localizam no sul da ilha. A ilha tem se desenvolvido ao longo dos últimos 20 000 000 de anos por uma sequência de movimentos e erupções vulcânicas ao norte. O monte Pelado, que ocupa o norte da ilha, atinge 1 397 metros de altitude. A última erupção data de 8 de maio de 1902, matando 29 000 pessoas em dois minutos. O monte Vauclin é o ponto mais elevado ao sul da ilha, com 504 metros.
A hidrografia da ilha da Martinica tem pequenos rios próprios de sua pequena extensão territorial. Os principais são o Lézarde, com 30 km de comprimento e que é o mais longo da ilha, o Galion, o Lorrain, o Hood, o Branco, o Baixo Pointe, o Hackaert, o Macouba, o La Grande, o Prêcheur, o Roxelane, o Père, o Carbet, o Monsieur, o Madame, o Longvilliers, o Salado, o Vauclin, o Paquemar, o Simon e La Nau.
Martinica não participa dos Jogos Pan-Americanos nem dos Jogos Olímpicos, assim como as delegações de Guadalupe, Guiana Francesa, São Pedro e Miquelão, Anguila, Monserrate, Ilhas Turcas e Caicos, e Groenlândia, pois não são considerados países independentes pela ODEPA (Organização Desportiva Pan-Americana) e não têm comitês olímpicos reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional.[5]
A Seleção de Futebol da Martinica é filiada à CONCACAF, mas não à FIFA, sendo assim não disputa as Eliminatórias Para a Copa do Mundo, mas pode disputar amistosos e torneios pela CONCACAF como a Liga das Nações da CONCACAF e a Copa Ouro .
No Brasil, a escritora Isa Fonseca (1954-...) escreveu e lançou um romance em São Paulo, denominado A Paz do Meu Avô. A jornalista e escritora é neta da martiniquense Marie Louise Renée cyr Athis. Esta casou-se com João Fonseca e teve três filhas. A primeira, mãe da escritora, chamou-se Josephina. A segunda, Maria Luíza e a terceira, Leopoldina. A família da avó da escritora era originalmente da região de Marselha. João Fonseca trabalhava na marinha mercante quando conheceu Marie Louise Renée. Esta veio para o Brasil com o marido e, já bastante independente, atravessava a rua na cidade de Lins e ia tocar piano nas sessões de cinema mudo. Faleceu por volta de 1993.
Curiosidade: no romance da italiana Milena Agus, Uma Certa História de Amor (editora Leya), a expressão martinicca aparece designando 'mercado de escravos'. Talvez seja esta a origem do nome da ilha.
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