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professor académico alemão Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Martin Mordechai Buber (hebraico: מרטין בובר; Viena, 8 de fevereiro de 1878 – Jerusalém, 13 de junho de 1965) foi um filósofo, escritor e pedagogo, austríaco e naturalizado isralense, tendo nascido no seio de uma família judaica ortodoxa de tendência sionista. Buber era poliglota, em casa aprendeu ídiche e alemão; na escola judaica, estudou hebraico, francês e polonês/polaco. Sua formação universitária deu-se em Viena.
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Martin Buber | |
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Martin Buber, ca. 1945 | |
Nome completo | Martin Mordechai Buber |
Data de nascimento | 8 de fevereiro de 1878 |
Local | Viena |
Morte | 13 de junho de 1965 (87 anos) |
Local | Jerusalém |
Religião | Judaísmo |
Martin Mordechai Buber nasceu em 8 de fevereiro de 1878, em Viena.[1]
Nascido em uma família de judeus observantes, uma crise pessoal leva-o a romper com os costumes religiosos judaicos, para prosseguir os estudos seculares de filosofia. Começa a ler Immanuel Kant, Søren Kierkegaard e Friedrich Nietzsche,[2] inspirando-se especialmente nos dois últimos. Em 1896, Buber vai estudar em Viena, dedicando-se a filosofia, história da arte, estudos germânicos e filologia.
Em 1898, ingressa no movimento sionista, participando de congressos e das atividades de organização do movimento. Em 1899, quando estudava em Zurique, Buber conhece sua futura esposa, Paula Winkler, uma escritora de Munich, sionista e não judia. Mais tarde, ela iria converter-se ao judaísmo.[3]
Em 1902, torna-se editor do semanário Die Welt, órgão central do movimento sionista. Mais tarde, porém, abandonaria as atividades de organização do movimento.
Em 1923, escreve seu famoso ensaio sobre a existência, Ich und Du (Eu e Tu). Em 1925, inicia a tradução da Bíblia Hebraica para o idioma alemão. Em 1930, torna-se Honorarprofessor (professor honorário) de Ética e Religião da Universidade de Frankfurt , demitindo-se logo depois da ascensão de Adolf Hitler ao poder, em 1933. Em 1935, é excluído da Reichsschrifttumskammer ("Câmara de Cultura do Reich"). Em seguida, Buber cria o Gabinete Central para a Educação de Adultos Judeus, que se tornou muito importante quando o governo alemão proibiu os judeus de frequentarem o ensino público.
Em 1938, Buber finalmente deixa a Alemanha e se estabelece em Jerusalém (à época, Palestina mandatária), ingressando na Universidade Hebraica - onde lecionaria antropologia e sociologia até 1951. Nesse período torna-se muito próximo de alguns intelectuais sionistas, como o filósofo Felix Weltsch, o escritor Max Brod e políticos como Chaim Weizmann e Hugo Bergman, pessoas que Buber conhecera ainda na Europa, nas cidade de Praga, Berlim e Viena. Essa amizade permaneceria até a década de 1960.
Martin Buber morreu em 13 de junho de 1965, em Jerusalém.[1]
Em suas publicações filosóficas, deu ênfase à sua ideia de que não há existência sem comunicação e diálogo, e que os objetos não existem sem que haja uma interação com eles. As palavras-princípio, Eu-Tu (relação), Eu-Isso (experiência), demonstram as duas dimensões da filosofia do diálogo que, segundo Buber, dizem respeito à própria existência.
O homem nasce com a capacidade de interrelacionamento com seu semelhante, ou seja, a intersubjetividade. Intersubjetividade é a relação entre sujeito e sujeito e/ou sujeito e objeto. O relacionamento, segundo o filósofo Martin Buber, acontece entre o Eu e o Tu, e denomina-se relacionamento Eu-Tu. A interrelação segundo Martin Buber, envolve o diálogo, o encontro e a responsabilidade, entre dois sujeitos e/ou a relação que existe entre o sujeito e o objeto. Intersubjetividade é umas das áreas que envolve a vida do homem e, por isso, precisa ser refletida e analisada pela filosofia, em especial pela Antropologia Filosófica.
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