António Luís de Meneses (Cantanhede, 12 de Dezembro de 1603[1] — 16 de Agosto de 1675), 1.º marquês de Marialva e 3.º conde de Cantanhede, foi um fidalgo e militar português, Senhor de Cantanhede, de Cerva, de Marialva, de Medelo e de São Silvestre, do Conselho de Estado e do Conselho de Guerra, Vedor da Fazenda, Ministro Assistente no Despacho, Governador de Setúbal, de Cascais e da Estremadura, Comendador de Santa Maria de Almonda, São Romão de Bornes e São Cosme de Ázere, na Ordem de Cristo.
António Luís de Meneses | |
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1.º Marquês de Marialva, 3.º Conde de Cantanhede | |
1.º Marquês de Marialva | |
Período | (24 de setembro de 1704 – 9 de maio de 1736) |
Antecessor(a) | Nenhum |
Sucessor(a) | João da Mota e Silva |
Nascimento | 12 de dezembro de 1596 |
Reino de Portugal | |
Morte | 16 de agosto de 1675 (78 anos) |
Reino de Portugal | |
Nome completo | António Luís de Meneses |
Descendência | Filhos
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Foi um fidalgo militar que se destacou na guerra para a restauração da independência de Portugal de 1640 sendo, inclusivamente, nomeado coronel no próprio dia da aclamação do rei D. João IV em 1 de Dezembro daquele ano. Os seus feitos militares prolongaram-se por mais 28 anos, na manutenção da defesa de algumas praças fortes alentejanas, até à assinatura do tratado de Lisboa em 13 de fevereiro de 1668 onde se reconhece a referida restauração da independência. Pelo contributo que deu chamavam-lhe O Libertador da Pátria.[2]
Há uma estátua que o representa, montado a cavalo, inaugurada em 23 de maio de 1999 na sua terra natal, e que foi criada pelo escultor Celestino Alves André (n.1959).[3]
Biografia
Foi um dos elementos mais activos para a Restauração da Independência (1640), sendo um dos Quarenta Conjurados, dela tomando parte desde a fase da conspiração,[4] até às negociações do Tratado de Lisboa (1668) que encerrou a guerra com Castela, do qual fez parte.[5]
Em 1641, participou na defesa da Beira, formando um terço de infantaria que comandou como Mestre de campo. No Alentejo tomou parte em quase todas as batalhas e escaramuças contra os castelhanos. Em 1644 tomou a vila de Valencia de Alcántara que se manteve portuguesa até 1688.
Recebe a mercê do título de marquês de Marialva, por decreto de 11 de Junho de 1661.[2]
Enquanto Governador das Armas da Praça de Cascais - nomeado a 2 de janeiro de 1642 -, a partir de 1643 respondeu pelas obras de reforço da fortificação da barra do rio Tejo.
Em 1662 perante o constante perigo de novas incursões do exército castelhano foi nomeado, pela rainha regente D. Luísa de Gusmão, Governador das Armas do Exército na Província do Alentejo.Destacou-se no comando das tropas portuguesas na Batalha das Linhas de Elvas e na Batalha de Montes Claros,nesta última em conjunto com o conde de Schomberg, onde infligiu aos espanhóis duas pesadas derrotas, acabando praticamente com a guerra da Restauração.
Dados genealógicos
Era filho de D. Pedro de Meneses, 2.º Conde de Cantanhede, Presidente do Senado da Câmara de Lisboa e e de D. Constança de Gusmão.[6]
Casou em 1635 com D. Catarina Coutinho, filha e herdeira de D. Manuel Coutinho, senhor da Torre do Bispo e a quem D. Pedro II agraciou com o título de conde do Redondo.[7]
Deste casamento nasceram 2 filhos e 7 filhas:[7]
- D. Pedro António de Meneses que foi o 4.º conde de Cantanhede e 2.º marquês de Marialva;
- D. Guiomar de Meneses que casou com seu tio paterno D. Rodrigo de Meneses;
- D. Maria Joana Coutinho que casou com D. Luís Álvares de Castro, 2.º marquês de Cascais;
- D. Isabel de Meneses, casada com D. Lourenço de Lencastre, comendador e alcaide-mor de Coruche;
- D. Antónia de Meneses, D. Jerónima Coutinho e D. Maria Coutinho, que foram religiosas no convento da Esperança de Lisboa;
- D. Joana de Meneses que faleceu sem estado.
Homónimo
Um seu descendente, teve o mesmo nome Dom António Luís de Meneses (Lisboa, 8 de Janeiro de 1743 - 15 de Maio de 1807), conde da Atalaia e marquês de Tancos pelo seu casamento com Domingas Manuel de Noronha, nasceu em Lisboa em 8 de janeiro de 1743 e morreu em 15 de maio de 1807. Era filho do 4º marquês de Marialva, assentou praça de cadete em 16 de dezembro de 1774 e foi promovido a tenente em 1776, a capitão em 1777. Foi tenente da Torre de Belém e comandou como coronel o regimento da Cavalaria do Cais. Marechal de campo em 1801, foi gentil-homem da Câmara do Rei D. Pedro III de Portugal e do príncipe regente.
Referências
- «Marqueses de Marialva». arquivoonline.cm-sintra.pt. Consultado em 12 de dezembro de 2020
- «MARQUÊS DE MARIALVA». www.culturacentro.gov.pt. Consultado em 12 de dezembro de 2020
- «Relação de tudo o que passou na felice Aclamação do mui Alto & mui Poderoso Rei Dom João o Quarto, nosso Senhor, cuja Monarquia prospere Deos por largos anos». Texto publicado em 1641, sem indicação do autor, impresso à custa de Lourenço de Anveres e na sua oficina (atribuído ao Padre Nicolau da Maia de Azevedo)
Ligações externas
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