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12.ª Primeira-dama da República Federativa do Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Maria da Conceição Sayão Pessoa GCC (Rio de Janeiro, 3 de junho de 1878 — Rio de Janeiro, 31 de outubro de 1958), conhecida como Mary Pessoa,[1][2] foi a segunda esposa de Epitácio Pessoa, 11.º Presidente do Brasil, e a primeira-dama do país de 1919 a 1922.
Mary Pessoa | |
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12.ª Primeira-dama do Brasil | |
Período | 28 de julho de 1919 até 15 de novembro de 1922 |
Presidente | Epitácio Pessoa |
Antecessor(a) | Francisca Ribeiro de Abreu |
Sucessor(a) | Clélia Bernardes |
Dados pessoais | |
Nome completo | Maria da Conceição Sayão Pessoa |
Nascimento | 3 de junho de 1878 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Morte | 31 de outubro de 1958 (80 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasileira |
Cônjuge | Epitácio Pessoa (c. 1898; v. 1942) |
Natural do Rio de Janeiro, Mary era filha do médico Dr. José Francisco Manso Sayão e de Maria Olímpia de Avelar Brandão, através da qual era bisneta do Marcelino Avelar e Almeida, barão de Massambará e trineta do Laureano Correia e Castro, barão de Campo Belo.[3] Por meio do seu avô materno, Joaquim Eduardo Leite Brandão, tinha vasta ascendência baiana, sendo uma descendente direta de Diogo Álvares Caramuru, um dos primeiros colonizadores do Brasil.[4]
Casou-se com Epitácio Pessoa em 8 de novembro de 1898, quando tinha vinte anos de idade.[5] O local da cerimônia foi a Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro,[6] tendo como oficiante o monsenhor Francisco Hildebrando Gomes Angelim.
Epitácio, que tinha treze anos a mais do que Mary, era viúvo de Francisca Justiniana das Chagas (prima-irmã do sanitarista Carlos Chagas), falecida em abril de 1895, quando deu à luz um menino natimorto.
O casal teve três filhas[7]:
Em setembro de 1920, quando da visita oficial do rei Alberto I da Bélgica ao Brasil, Mary Pessoa coordenou pessoalmente a reforma de um casarão do século XIX no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, para abrigar o rei e sua rainha consorte.[8]
Em 1921, durante o translado dos restos mortais do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina ao Brasil, Mary Pessoa foi oficialmente nomeada presidente de honra da comissão de senhoras dirigida pela Baronesa de Loreto, uma dama de companhia e amiga da Princesa Isabel, a qual não se fez presente no evento por motivos de saúde. Durante o cortejo, a primeira-dama e sua filha mais velha Laurita acompanharam no carro presidencial o marido da princesa, o conde d'Eu, e o filho deles, o príncipe Pedro Augusto. Ao chegarem na Capela de Nossa Senhora do Carmo, onde foram dispostos os caixões, eles participaram de uma cerimônia religiosa.[9]
Em 1922, na ocasião da Primeira travessia aérea do Atlântico Sul, Mary Pessoa e seu marido receberam os aviadores no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Ela se tornou madrinha do hidroavião Fairey Fairey F III-D nº 17 e o batizou como "Santa Cruz".
O assistencialismo no país sob o comando da primeira-dama brasileira começou na década de 20, com Mary Pessoa, com suas obras de caridades. Em 1919, fundou a primeira obra de caridade da Casa de Santa Ignez, oferecendo tratamento para trabalhadoras domésticas vítimas de tuberculose, contando com a colaboração das religiosas da Congregação Filhas de Sant'Anna.[10]
Foi presidente de honra da Legião da Mulher Brasileira, instituição destinada a elevar o nível da moral feminina e proteger, sobre múltiplos e nobres aspectos a mulher brasileira.[11][12]
Insígma | País | Honra | Data |
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Portugal | Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, concedida pelo Presidente António José de Almeida. | 7 de junho de 1923.[13] |
Mary Pessoa ficou viúva de Epitácio em 1942, quando ele faleceu em sua residência na "Granja Nova Betânia", em Nogueira, na cidade de Petrópolis.[14].
Um pouco antes de falecer, em 1958, ela doou ao Museu Histórico Nacional uma série de objetos que recordam fatos de sua vida de seu marido.[15] Faleceu aos 80 anos, no Rio de Janeiro.
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