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Marco Júnio Silano (em latim: Marcus Junius Silanus; 14–54 (40 anos)) foi um senador romano da gente Júnia eleito cônsul em 46 com Décimo Valério Asiático. Era o filho mais velho de Marco Júnio Silano Torquato, cônsul em 19, e Emília Lépida, uma bisneta de Augusto. Como membro da família imperial, Silano podia ser considerado um possível herdeiro do trono.
Marco Júnio Silano | |
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Cônsul do Império Romano | |
Consulado | 46 d.C. |
Nascimento | 14 d.C. |
Morte | 54 d.C. |
Apesar de ter sido honrado com um consulado pelo imperador Cláudio em 46[1] e de ter servido como procônsul da Ásia, Silano não sobreviveu à morte do imperador[2][3]. Tácito exonerou o novo imperador, Nero, da culpa pela morte de Silano, o "primeiro crime do novo principado"[4], mas lança a culpa em Agripina, a última esposa de Cláudio e mãe do novo imperador. Segundo ele, em 54, Agripina temia que Silano pudesse querer se vingar da morte de seu irmão, o pretor Lúcio Júnio Silano Torquato, forçado ao suicídio depois que um rumor espalhado por Agripina o implicou no crime de incesto com sua irmã, Júnia Calvina, que acabou banida[4]. Como no caso de Cláudio, veneno foi a arma escolhida para assassinar Silano. Dião Cássio conta que Agripina chegou a enviar a ele o mesmo veneno utilizado para assassinar o marido[5]; Tácito informa que a droga foi administrada pelo equestre Públio Celério com a ajuda de um liberto chamado Hélio. Os dois cometeram o crime abertamente e Celério chegou a ser processado, junto com outros, pelo crime na província da Ásia. Além disto, segundo Tácito, Nero garantiu que a acusação fosse tão atrasada a ponto de permitir que Celério morresse de velhice[6].
O filho de Silano, Lúcio Júnio Silano Torquato, a quem Tácito chama de "jovem moderado"[7], foi considerado igualmente uma ameaça e informantes logo inventaram uma conspiração implicando ele e sua tia, Júnia Lépida, em uso de magia e incesto[8]. Depois de ser exilado para Bari, o jovem Torquato foi emboscado por um centurião e alguns soldados, mas, ao invés de cortar os pulsos quando lhe foi oferecida a oportunidade, ele preferiu morrer lutando com seus próprios punhos. Segundo Tácito, o centurião então o atingiu no peito com sua espada, matando-o na hora[9].
Cônsul do Império Romano | ||
Precedido por: Marco Vinício II com Tito Estacílio Tauro Corvino |
Décimo Valério Asiático II 46 com Marco Júnio Silano Torquato |
Sucedido por: Cláudio IV com Lúcio Vitélio III |
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