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Maratona de Boston é a mais famosa e tradicional corrida de longa distância realizada anualmente em todo o mundo, disputada em 42,195 km entre as cidades de Hopkinton e Boston, no estado de Massachusetts, Estados Unidos.
Maratona de Boston | ||
Generalidades | ||
---|---|---|
Esporte | Atletismo | |
Categoria | maratona | |
Criação | 1897 | |
Organizador | Boston Athletic Association | |
N.º de edições | 128 | |
Frequência | anual | |
Formato | maratona | |
Sítio eletrónico | baa.org | |
Vencedores | ||
Primeiro campeão | John McDermott | |
Maior campeão | Clarence DeMar H Catherine Ndereba M |
|
Campeão | Sisay Lemma H Hellen Obiri M |
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Dados estatísticos | ||
Participantes | ~ 30 000 | |
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É a segunda mais antiga das maratonas, atrás apenas da maratona olímpica disputada pela primeira vez em Atenas 1896, mas a pioneira de todas as disputadas anualmente, existindo desde o ano de 1897, sem interrupção.[1] Organizada pela B.A.A – Boston Atlethics Association, entre 1897 e 1968 a prova foi sempre disputada no dia 19 de abril, o Dia do Patriota, um feriado em comemoração ao início da revolução americana contra o domínio inglês, reconhecido apenas nos estados do Maine e de Massachussets. A partir de 1969, com a mudança do feriado para a terceira segunda-feira do mês de abril, é neste dia que ela é realizada.[2]
Com a participação atual de mais de trinta mil atletas de diversos países a cada ano, alguns dos maiores corredores da história já escreveram seu nome na prova, como os campeões olímpicos Abebe Bikila, Mamo Wolde, Ville Ritola, Gelindo Bordin, Joan Benoit e a portuguesa Rosa Mota, que com três vitórias é uma das recordistas entre as mulheres.[3]
Criada pelo membro da B.A.A e dirigente da primeira equipe olímpica americana, John Graham, impressionado com a aura da prova criada e disputada em Atenas, e com a ajuda de Herbert H. Holton, um homem de negócios de Boston, inicialmente ela chamava-se "American Marathon". Nunca se foi capaz de descobrir quando o nome pelo qual hoje é conhecida, "Boston Marathon", passou a ser definitivamente usado. Os dois nomes, "American" e "Boston", para a prova, continuaram a ser usados por décadas em documentos e premiações oficiais, chegando a 1978, quando o vencedor, Bill Rodgers, recebeu a medalha de campeão com a inscrição "American Marathon" e o diploma oficial de campeão com a inscrição "Boston Marathon". No passado, também já foi oficialmente chamada de "B.A.A. Marathon Race".[4]
Tinha seu início na cidade de Ashland e a chegada no Irvington Street Oval, no centro de Boston, a cerca de 40 km de distância. Só em 1924 ele foi mudado para Hopkinton, onde é até hoje, e a partir de 1927 a distância passou a ser oficialmente de 42,195 km, de acordo com os padrões olímpicos vigentes.[5] Em suas primeiras edições, era o último evento dos Jogos da Associação Atlética de Boston.[6]
Originalmente, a maratona era apenas um evento local, com a participação de corredores amadores dos Estados Unidos e do Canadá, mas sua fama e status começaram, com o tempo, a atrair corredores de todo o mundo. Durante a maior parte de sua existência, a prova foi um evento livre, aberto e completamente amador, como os primeiros Jogos Olímpicos e o único prêmio dado ao vencedor era uma coroa de ramos de oliveira, à semelhança do laurel olímpico.[7] Entretanto, com a popularidade das corridas de rua ocorrida durante os anos 1980, que causou o surgimento de diversas outras maratonas ao redor do mundo, e com a negativa dos principais fundistas em participar dela de maneira amadorística, prêmios em dinheiro, pagos através do investimento e patrocínio de corporações, começaram a ser oferecidos a partir de 1986, o que voltou a conferir alta qualidade técnica à prova. Em 2009, os vencedores, masculino e feminino, receberam 150 mil dólares cada.[8]
De sua prova inaugural em 1897 até 1972, Boston foi sempre uma maratona eminentemente masculina. Nos anos 1960, entretanto, mulheres a corriam escondidas em nomes falsos ou mesmo sem registro de número oficial. Hoje, cerca de dez mil delas disputam oficialmente cada edição anual da prova[9] e o recorde mundial da maratona feminina já foi quebrado duas vezes em seu percurso.[10]
Hoje, entretanto, os recordes conquistados em Boston, não são mais considerados pela IAAF e pela USAT&F. Como Boston é uma prova que tem um nível de subidas e descidas muito altos, muito vento pelas costas e sua largada fica numa distância superior a 1/3 do total da prova na chegada, sendo uma maratona ponto-a-ponto, seu percurso não é considerado em condições de ter recordes homologados oficialmente, segundo as regras das entidades. Na 115.ª edição da prova, em 18 de abril de 2011, o queniano Geoffrey Mutai completou a distância em 2 h 3 min 2 s, quase um minuto abaixo do recorde mundial oficial então vigente (2 h 3 min 59 s), do etíope Haile Gebrselassie, mas este tempo não é considerado oficialmente como recorde mundial, apenas recorde da própria Maratona de Boston.[11]
Maratona de Boston | ||
Idade | Homens | Mulheres |
---|---|---|
18–34 | 3h 05 min | 3h 35 min |
35–39 | 3h 10 min | 3h 40 min |
40–44 | 3h 15 min | 3h 45 min |
45–49 | 3h 25 min | 3h 55 min |
50–54 | 3h 30 min | 4h 00 min |
55–59 | 3h 40 min | 4h 10 min |
60–64 | 3h 55 min | 4h 25 min |
65–69 | 4h 10 min | 4h 40 min |
70–74 | 4h 25 min | 4h 55 min |
75–79 | 4h 40 min | 5h 10 min |
80+ | 4h 55 min | 5h 25 min |
Boston é uma das maratonas mais rígidas na admissão de participantes. O motivo para isso é a enorme procura de inscrições através dos anos, sempre crescente, e a impossibilidade física de acomodar todos os interessados nas condições do percurso tradicional existente, uma estrada não muito larga que liga a cidadezinha de Hopkinton a Boston. Os tempos exigidos, dentro das faixas etárias, são conseguidos apenas por atletas muito bem preparados. Um homem entre 40 e 44 anos, por exemplo, precisa correr anteriormente uma maratona certificada e filiada à IAAF em menos de 3 h 15 min, e num período próximo à corrida em Boston, um máximo de dezoito meses antes. Para muitos maratonistas, apenas se qualificar para disputá-la já é um objetivo em si mesmo.[12]
Tradicionalmente, desde sua criação, a maratona era disputada no Dia do Patriota, um feriado estadual em Massachusetts onde se localiza a região. Até 1969 o feriado era em 19 de abril, independente do dia de semana em que caísse. A partir daquele ano, ele passou a ser decretado na terceira segunda-feira de cada mês de abril e nesse dia a prova é realizada. Esta terceira segunda-feira de abril passou a ser chamada pelos moradores de Boston e adjacências de "Segunda-feira da Maratona".
Até 2005, tradicionalmente a largada era dada ao meio-dia. A partir de 2006, com a quantidade cada vez maior de corredores e os congestionamentos que isso causava no ponto oficial de largada em Hopkinton e nas estradas vicinais, a largada passou a ser feita em ondas, em horários separados. Neste ano, os corredores de elite e uma leva de 10 mil corredores comuns largou ao meio-dia com um segundo grupo largando às 12h30.
A partir de 2007, o horário da corrida passou a ser adiantado, com três ondas de corredores largando entre 10h00 e 10h40 da manhã, o que proporciona aos corredores uma temperatura mais suportável em dias mais quentes.[13]
A prova percorre 42,195 km por ruas e estradas sinuosas, seguindo as rotas 135, 16 e 30 do estado, passando por pequenas cidades e vilas até o centro de Boston, com a linha de chegada localizada na Praça Copley, ao lado da Boston Public Library. Passa por oito cidades de Massachusetts: Hopkinton, Ashland, Framingham, Natick, Wellesley, Newton e Brookline, terminando em Boston.[14]
O percurso é considerado um dos mais duros do mundo, por causa das colinas Newton, uma série de quatro colinas localizadas no caminho, que culminam com "Hearthbreak Hill", a maior e mais ascendente delas, com 600 metros de subida na altura dos quilômetros 31 e 32 da prova, perto do Boston College.[15] "Hearthbreak" (Quebra-coração), apesar de ter um grau de elevação de apenas 27 m, tem uma subida constante por mais de meio quilômetro e se encontra numa altura da prova em que os corredores já se encontram exaustos, a dez quilômetros do fim, com as reservas de glicogênio dos músculos esgotadas, o que provoca o fenômeno conhecido pelos corredores e atletas de provas de resistência como "bater no muro".
Ela recebeu este nome ainda em 1936, nos primórdios da maratona, quando John A. Kelley, figura lendária ligada à história da maratona, um de seus antigos vencedores e que através dos anos a disputou mais de 60 vezes, correndo em segundo lugar alcançou ali o líder da corrida, Ellison "Tarzan" Brown (o primeiro negro a vencer Boston) esgotado pela subida, e ao ultrapassá-lo lhe deu um tapinha de consolação nas costas. "Tarzan" recebeu o gesto como uma provocação do amigo, buscou reservas onde não mais tinha e foi atrás de Kelley, ultrapassando-o e vencendo a prova, o que, segundo o jornalista Jerry Nason, editor do Boston Globe, que assistiu a cena e a descreveu depois em seu jornal, "quebrou o coração" de John Kelley.[16]
Atualmente, a maratona de Boston, apesar de toda sua importância e tradição, não é considerada pela Federação Internacional de Atletismo - IAAF, para a homologação de recordes nem nacionais nem mundiais. Isto de se deve a novos critérios estabelecidos pela entidade quanto a percursos que, pelas circunstâncias geográficas ou climáticas, possam ajudar os corredores a conseguir bons tempos. Apesar de todas as suas colinas, Boston é uma maratona em descida, com a diferença topográfica entre a largada e a chegada de mais de 150 metros.[17] Além disso, em muitas provas, realizadas no início da primavera no hemisfério norte, sopra no percurso um forte vento traseiro, que teoricamente ajudaria a impulsionar os corredores; ela também é uma maratona ponto-a-ponto, começa numa cidade e acaba em outra, o que não satisfaz um critério da IAAF e da USA Track & Field, o órgão governamental para o esporte nos Estados Unidos. Uma das exigências é que a distância entre a largada e a chegada não pode ser maior que 50% da distância de 42,195 km, o que geralmente habilita para recordes apenas as maratonas com percurso circular "vai-e-volta" ou com largadas e chegadas em pontos próximos da mesma cidade.
Em 18 de abril de 2011, o queniano Geoffrey Mutai completou a maratona em 2 h 3 min 2 s, quase um minuto abaixo do recorde mundial vigente. A marca, porém, apesar de todos os protestos — que ainda continuam — da Boston Athletics Association e de vários atletas e especialistas, não foi homologada como recorde mundial, nem os excelentes tempos pessoais e recordes nacionais conseguidos por outros corredores naquela edição.[17] Mesmo assim, oficiosamente a IAAF reconhece a corrida de Mutai como "a mais rápida maratona jamais corrida".[18]
Mas no passado a Maratona de Boston já foi palco de três recordes mundiais. O primeiro deles em 1947, logo após a II Guerra Mundial, quando o coreano Suh Yun-bok marcou 2 h 25 min 39 s na prova.[19] Suh era treinado por Sohn Kee-chung, o coreano que, representando o Japão com nome de Kitei Son, havia sido o último campeão olímpico quando venceu esta prova nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. E o recorde que Suh quebrou era o de seu próprio técnico, que perdurava há onze anos.[20] Numa amostra do que eram as corridas de longa distância pelas estradas naqueles tempos, Suh Yun-bok quebrou o recorde mundial em Boston depois de ser atacado por um cachorro na subida de Hearthbreak Hill, rasgar o joelho numa queda e correr os últimos 18 km do percurso com o cadarço desamarrado.[19]
Apenas três anos após a B.A.A. passar a aceitar oficialmente a presença de mulheres na maratona, em 1975 a fundista alemã-ocidental Liane Winter estabeleceu uma nova marca mundial ali, de 2 h 42 min 24 s. Em 1983 foi a vez da corredora da casa, a campeã olímpica norte-americana Joan Benoit, que um ano antes de ganhar a medalha de ouro na primeira maratona feminina olímpica da história, em Los Angeles 1984, estabeleceu nova marca mundial em Boston – 2 h 22 min 43 s.[21]
O recorde de vitórias entre os homens em Boston permanece imbatível há mais de 80 anos. Entre os anos de 1911 e 1930, o norte-americano Clarence DeMar ganhou a prova por sete vezes, feito jamais alcançado desde então. A última delas, em 1930, aos 42 anos, também faz dele o mais velho vencedor da maratona. Seu desempenho em Boston fez com que fosse conhecido em sua época como "Mr. DeMarathon".[22] Nos tempos mais recentes, o único que chegou mais próximo foi o queniano Robert Kipkoech Cheruiyot, quatro vezes campeão em 2003, 2006, 2007 e 2008. Entre as mulheres, a recordista é a também queniana Catherine Ndereba, também vencedora por quatro vezes entre 2000 e 2005.[23]
Em sua longa história, ela já foi palco de alguns dos mais folclóricos e marcantes casos do atletismo e do esporte em geral:
Ao final da edição de 2013, duas explosões, consideradas pelo presidente Barack Obama como um atentado terrorista,[31] aconteceram a poucos metros da linha de chegada, quando a prova ultrapassava pouco mais de quatro horas de duração. Com uma diferença de 15 segundos entre elas,[32] as bombas detonadas na rua Boyston perto de Copley Square, cerca de 14h50 hora local, deixaram mortos, feridos, provocaram pânico generalizado na assistência e causaram a interrupção da corrida pela polícia.[33] Pelo menos três pessoas morreram, uma delas uma criança de oito anos, mais de uma centena foram feridos e vários deles tiveram membros amputados. Janelas de edifícios ao redor da área explodiram causando ferimentos em dezenas de espectadores.[34] Mais dois explosivos não detonados foram encontrados e desativados no local.[33]
O atentado provocou o fechamento do espaço aéreo sobre Boston e um alerta geral antiterror em todos os Estados Unidos.[35] A tragédia levou ao fortalecimento de medidas de segurança nas maiores cidades do país como Nova York e repercutiu na Europa, onde as mesmas providências foram tomadas pela polícia e pelos organizadores da Maratona de Londres, a ser disputada uma semana depois.[36]
Depois de quatro dias de investigações, a polícia e o FBI localizaram dois suspeitos do atentado, os irmãos Tamerlan e Dzhokar Tsarnaev. De origem chechena, os dois viviam há muitos anos no país, sendo que o segundo possuía cidadania norte-americana. Após uma caçada pelas ruas e casas das cidades vizinhas a Boston, Tamerlan (26) foi morto em confronto com a polícia e Tsarnaev (19) foi ferido e preso na cidade de Watertown.[37] Em 15 de maio de 2015, Dzhokhar Tsarnaev foi condenado à morte pelo crime, depois de um julgamento que durou mais de dois meses.[38]
O Boston Marathon Memorial é uma grande escultura existente na Praça Copley, no centro da cidade de Boston e próximo à linha de chegada oficial da prova. Foi erguido em comemoração aos cem anos da prova, em 1996. É composto de um grande círculo de blocos de granito instalados no chão da praça, que cercam um grande medalhão, onde está desenhado um mapa com o percurso da maratona, incluindo as elevações existentes e famosas, e onde estão inscritos os nomes de todos os vencedores de 1897 até hoje, incluindo o de Roberta Gibb, a primeira mulher a participar e completar a prova, mesmo sem um número de corrida e extra-oficialmente, e que a conquistou por três vezes consecutivas nos anos 1960.[39]
Dominada há três décadas pelos corredores do Quênia e com a participação entusiasmada, ano após ano, de um público de mais de 500 mil pessoas[40] ao longo de seu percurso através das pequenas cidades vitorianas de Massachussets, a vitória em Boston, por sua tradição e importância, é considerada a mais prestigiosa depois da medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos.
Nota: recorde da prova (M e F) recordes mundiais conquistados
Ano | Homens | País | Tempo | Notas | Mulheres | País | Tempo |
---|---|---|---|---|---|---|---|
2024 | Sisay Lemma | 2:06:17 | Hellen Obiri | 2:22:37 | |||
2023 | Evans Chebet | 2:05:54 | Hellen Obiri | 2:21:31 | |||
2022 | Evans Chebet | 2:06:51 | Peres Jepchirchir | 2:21:01 | |||
2021 | Benson Kipruto | 2:09:51 | A queniana Diana Kipyokei, primeira colocada na prova deste ano, foi posteriormente desclassificada e suspensa por seis anos por doping; Edna Kiplagat, a segunda colocada e também queniana, foi oficialmente declarada vencedora.[41] | Edna Kiplagat | 2:25:09 | ||
2020 | Cancelada devido à pandemia de Covid-19. Primeiro e único ano desde a criação da corrida em 1897 que não houve a maratona. | ||||||
2019 | Lawrence Cherono | 2:07:57 | Worknesh Degefa | 2:23:31 | |||
2018 | Yuki Kawauchi | 2:15:58 | Yuki, um corredor semiamador e professor de profissão, foi o primeiro japonês a vencer desde 1987; Desiree foi a primeira americana a vencer desde 1985 | Desiree Linden | 2:39:54 | ||
2017 | Geoffrey Kirui | 2:09:37 | Edna Kiplagat | 2:21:52 | |||
2016 | Lemi Hayle | 2:12:45 | Atsede Baysa | 2:29:19 | |||
2015 | Lelisa Desisa | 2:09:17 | bicampeão | Caroline Rotich | 2:24:55 | ||
2014 | Meb Keflezighi | 2:08:37 | Primeira vitória de um norte-americano em 31 anos. Rita Jeptoo, a vencedora original, foi desclassificada por doping. Deba é a primeira mulher a correr Boston em -2:20 | Bizunesh Deba | 2:19:59 | ||
2013 | Lelisa Desisa | 2:10:22 | houve dois atentados à bomba no final da prova. | Rita Jeptoo | 2:26:25 | ||
2012 | Wesley Korir | 2:12:40 | prova disputada com 31 °C de temperatura | Sharon Cherop | 2:31:50 | ||
2011 | Geoffrey Mutai | 2:03:02 | recorde da prova; recorde mundial não oficializado[11] | Caroline Kilel | 2:22:36 | ||
2010 | Robert Kiprono Cheruiyot | 2:05:52 | Teyba Erkesso | 2:26:11 | |||
2009 | Deriba Merga | 2:08:42 | Salina Kosgei | 2:32:16 | |||
2008 | Robert Kipkoech Cheruiyot | 2:07:46 | tetracampeão | Dire Tune | 2:25:25 | ||
2007 | Robert Kipkoech Cheruiyot | 2:14:13 | tricampeão | Lidiya Grigoryeva | 2:29:18 | ||
2006 | Robert Kipkoech Cheruiyot | 2:07:14 | bicampeão | Rita Jeptoo | 2:23:38 | ||
2005 | Hailu Negussie | 2:11:45 | Ndereba ganha pela 4ª vez e se torna a maior campeã feminina na história de Boston. | Catherine Ndereba | 2:25:12 | ||
2004 | Timothy Cherigat | 2:10:37 | tricampeã | Catherine Ndereba | 2:24:27 | ||
2003 | Robert Kipkoech Cheruiyot | 2:10:11 | estabelecido um máximo de 20 mil atletas na prova a partir deste ano. | Svetlana Zakharova | 2:25:19 | ||
2002 | Rodgers Rop | 2:09:02 | Margaret Okayo | 2:20:43 | |||
2001 | Lee Bong-Ju | 2:09:43 | vice-campeão olímpico em Atlanta 1996 | Catherine Ndereba | 2:23:53 | ||
2000 | Elijah Lagat | 2:09:47 | 10ª vitória consecutiva do Quênia | Catherine Ndereba | 2:26:11 | ||
1999 | Joseph Chebet | 2:09:52 | tricampeã | Fatuma Roba | 2:23:25 | ||
1998 | Moses Tanui | 2:07:34 | bicampeão e bicampeã | Fatuma Roba | 2:23:21 | ||
1997 | Lameck Aguta | 2:10:34 | campeã olímpica em Atlanta 1996 | Fatuma Roba | 2:26:23 | ||
1996 | Moses Tanui | 2:09:15 | campeão da 100ª edição, recorde de participantes com 38.708 atletas. Pippig tricampeã entre as mulheres. | Uta Pippig | 2:27:12 | ||
1995 | Cosmas Ndeti | 2:09:22 | tricampeão e bicampeã | Uta Pippig | 2:25:11 | ||
1994 | Cosmas Ndeti | 2:07:15 | bicampeão | Uta Pippig | 2:21:45 | ||
1993 | Cosmas Ndeti | 2:09:33 | bicampeã | Olga Markova | 2:25:27 | ||
1992 | Ibrahim Hussein | 2:08:14 | tricampeão | Olga Markova | 2:23:43 | ||
1991 | Ibrahim Hussein | 2:11:06 | bicampeão | Wanda Panfil | 2:24:18 | ||
1990 | Gelindo Bordin | 2:08:19 | os dois campeões olímpicos de Seul 1988 |
Rosa Mota | 2:25:24 | ||
1989 | Abebe Mekonnen | 2:09:06 | bicampeã | Ingrid Kristiansen | 2:24:33 | ||
1988 | Ibrahim Hussein | 2:08:43 | primeiro africano a vencer a maratona, início do total domínio dos quenianos nos anos seguintes | Rosa Mota | 2:24:30 | ||
1987 | Toshihiko Seko | 2:11:50 | bicampeão. primeira vitória de um (a) lusófono (a). | Rosa Mota | 2:25:21 | ||
1986 | Robert de Castella | 2:07:51 | pela primeira vez em 90 anos de história, Boston oferece prêmio em dinheiro aos vencedores | Ingrid Kristiansen | 2:24:55 | ||
1985 | Geoff Smith | 2:14:05 | bicampeão | Lisa Larsen Weidenbach | 2:34.06 | ||
1984 | Geoff Smith | 2:10:34 | Lorraine Moller | 2:29.28 | |||
1983 | Greg Meyer | 2:09:00 | Joan Benoit, futura primeira campeã olímpica da maratona em Los Angeles 1984, quebra em mais de dois minutos o recorde mundial feminino. | Joan Benoit | 2:22:43 | ||
1982 | Alberto Salazar | 2:08:52 | Charlotte Teske | 2:29:33 | |||
1981 | Toshihiko Seko | 2:09:26 | Allison Roe | 2:26:46 | |||
1980 | Bill Rodgers | 2:12:11 | tetracampeão, Rosie Ruiz frauda a prova feminina, cruzando a linha de chegada em primeiro lugar depois de entrar na parte final do percurso. Descoberta, é processada e a vitória dada à real vencedora, Jacqueline Gareau do Canadá. | Jacqueline Gareau | 2:34:28 | ||
1979 | Bill Rodgers | 2:09:27 | tricampeão | Joan Benoit | 2:35:15 | ||
1978 | Bill Rodgers | 2:10:13 | bicampeão | Gayle Barron | 2:44:52 | ||
1977 | Jerome Drayton | 2:14:46 | bicampeã | Miki Gorman | 2:48:33 | ||
1976 | Jack Fultz | 2:20:19 | prova disputada com 38 °C, a mais alta temperatura da história da maratona | Kim Merritt | 2:47:10 | ||
1975 | Bill Rodgers | 2:09:55 | A alemã-ocidental Winter quebra o recorde mundial feminino. | Liane Winter | 2:42:24 | ||
1974 | Neil Cusack | 2:13:39 | Miki Gorman | 2:47:11 | |||
1973 | Jon Anderson | 2:16:03 | Jacqueline Hansen | 3:05:59 | |||
1972 | Olavi Suomalainen | 2:15:39 | mulheres passam a receber numeração e a serem oficialmente aceitas e reconhecidas. Primeira maratona com resultados femininos oficiais. | Nina Kuscsik | 3:10:26 | ||
1971 | Álvaro Mejía | 2:18:45 | primeiro e único sul-americano campeão | Sara Mae Berman | 3:08:30 | ||
1970 | Ron Hill | 2:10:30 | introduzida a primeira exigência de tempo limite (4hs) para os inscritos na prova. | Sara Mae Berman | 3:05:07 | ||
1969 | Yoshiaki Unetani | 2:13:49 | Boston ultrapassa os mil corredores inscritos pela primeira vez | Sara Mae Berman | 3:22:46 | ||
1968 | Ambrose "Amby" Burfoot | 2:22:17 | tricampeã | Roberta Gibb | 3:30:00 | ||
1967 | David McKenzie | 2:15:45 | com o nome de K. V. Switzer enviado no pedido de inscrição pelo correio, Kathrine Switzer se torna a primeira mulher a correr com um número oficial. Descoberta, os organizadores tentaram expulsá-la durante a prova, não conseguindo pela intervenção de corredores amigos. Terminou em 4h20m, quase 1 hora após Bobbi Gibb, que correu novamente extra-oficialmente sem número. | Roberta Gibb | 3:27:17 | ||
1966 | Kenji Kimihara | 2:17:11 | Gibb é a primeira mulher a correr de ponta a ponta a Maratona de Boston, mesmo sem inscrição oficial. Trinta anos depois, suas provas e tempos de 1966/67/68, as duas últimas quando outras mulheres também correram sem número, foram reconhecidos oficialmente como vitórias pela B.A.A. | Roberta Gibb | 3:21:40 | ||
1965 | Morio Shigematsu | 2:16:33 | x |
x |
x | ||
1964 | Aurèle Vandendriessche | 2:19:59 | bicampeão | x |
x |
x | |
1963 | Aurèle Vandendriessche | 2:18:58 | x |
x |
x | ||
1962 | Eino Oksanen | 2:23:48 | tricampeão | x |
x |
x | |
1961 | Eino Oksanen | 2:23:39 | bicampeão | x |
x |
x | |
1960 | Paavo Kotila | 2:20:54 | x |
x |
x | ||
1959 | Eino Oksanen | 2:22:42 | x |
x |
x | ||
1958 | Franjo Mihalić | 2:25:54 | vice-campeão olímpico de Melbourne 1956 | x |
x |
x | |
1957 | John J. Kelley | 2:20:05 | x |
x |
x | ||
1956 | Antti Viskari | 2:14:14 | x |
x |
x | ||
1955 | Hideo Hamamura | 2:18:22 | x |
x |
x | ||
1954 | Veikko Karvonen | 2:20:39 | x |
x |
x | ||
1953 | Keizo Yamada | 2:18:51 | x |
x |
x | ||
1952 | Doroteo Flores | 2:31:53 | x |
x |
x | ||
1951 | Shigeki Tanaka | 2:27:45 | x |
x |
x | ||
1950 | Ham Kee-Yong | 2:32:39 | x |
x |
x | ||
1949 | Karl Leandersson | 2:31:50 | x |
x |
x | ||
1948 | Gérard Côté | 2:31:02 | tetracampeão | x |
x |
x | |
1947 | Suh Yun-bok | 2:25:39 | recorde mundial | x |
x |
x | |
1946 | Stylianos Kyriakides | 2:29:27 | x |
x |
x | ||
1945 | John A. Kelley | 2:30:40 | bicampeão | x |
x |
x | |
1944 | Gérard Côté | 2:31:50 | tricampeão | x |
x |
x | |
1943 | Gérard Côté | 2:28:25 | bicampeão | x |
x |
x | |
1942 | Joe Smith | 2:26:51 | prova disputada com 6 °C de temperatura | x |
x |
x | |
1941 | Leslie Pawson | 2:30:38 | tricampeão | x |
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1940 | Gérard Côté | 2:28:28 | x |
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1939 | Ellison 'Tarzan' Brown | 2:28:51 | bicampeão | x |
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1938 | Leslie Pawson | 2:35:34 | bicampeão | x |
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1937 | Walter Young | 2:33:20 | x |
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1936 | Ellison 'Tarzan' Brown | 2:33:40 | x |
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1935 | John A. Kelley | 2:32:07 | x |
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1934 | Dave Komonen | 2:32:53 | x |
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1933 | Leslie Pawson | 2:31:01 | x |
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1932 | Paul de Bruyn | 2:33:36 | primeiro vencedor não-americano ou canadense | x |
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1931 | James Henigan | 2:46:45 | x |
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1930 | Clarence DeMar | 2:34:48 | heptacampeão. as sete vitórias de DeMar o mantém até hoje como o maior vencedor da história de Boston. | x |
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1929 | Johnny Miles | 2:33:08 | bicampeão | x |
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1928 | Clarence DeMar | 2:37:07 | hexacampeão | x |
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1927 | Clarence DeMar | 2:40:22 | pentacampeão | x |
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1926 | Johnny Miles | 2:25:40 | x |
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1925 | Charles Mellor | 2:33:00 | x |
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1924 | Clarence DeMar | 2:29:40 | tetracampeão, a distância passa a ser de 42,195 m e o início da prova passa da cidade de Ashland para Hopkinton. | x |
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1923 | Clarence DeMar | 2:23:47 | tricampeão | x |
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1922 | Clarence DeMar | 2:18:10 | bicampeão | x |
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1921 | Frank Zuna | 2:18:57 | x |
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1920 | Peter Trivoulides | 2:29:31 | x |
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1919 | Carl Linder | 2:29:13 | x |
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1918 | Revezamento por equipes[42] | 2:29:53 | x |
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1917 | Bill Kennedy | 2:28:37 | x |
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1916 | Arthur Roth | 2:27:16 | x |
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1915 | Édouard Fabre | 2:31:41 | x |
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1914 | James Duffy | 2:25:14 | x |
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1913 | Fritz Carlson | 2:25:14 | x |
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1912 | Michael Ryan | 2:21:18 | x |
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1911 | Clarence DeMar | 2:21:39 | x |
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1910 | Fred Cameron | 2:28:52 | x |
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1909 | Henri Renaud | 2:53:36 | prova disputada com 36 °C de temperatura | x |
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1908 | Thomas Morrissey | 2:25:43 | x |
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1907 | Tom Longboat | 2:24:24 | primeiro indígena a vencer uma maratona | x |
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1906 | Tim Ford | 2:45:45 | x |
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1905 | Fred Lorz | 2:38:25 | x |
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1904 | Michael Spring | 2:38:04 | x |
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1903 | John Lorden | 2:41:29 | x |
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1902 | Sammy Mellor | 2:43:12 | x |
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1901 | John Caffery | 2:29:23 | bicampeão | x |
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1900 | John Caffery | 2:39:44 | x |
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1899 | Lawrence Brignolia | 2:54:38 | x |
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1898 | Ronald MacDonald | 2:42:00 | x |
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1897 | John McDermott | 2:55:10 | primeiro campeão da Maratona de Boston | x |
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Nota: recorde da prova (M e F) recordes mundiais conquistados
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