Mangifera indica é uma espécie de planta da família Anacardiaceae, que produz o fruto conhecido como manga. Pode ser encontrada na forma nativa nas florestas do sul e sudeste da Ásia, tendo sido introduzida em várias regiões do Mundo. A espécie foi levada para Ásia em torno de 400-500 aC a partir da Índia; seguindo, no século XV para as Filipinas, sendo levada à África e ao Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI.[1]
Mangifera indica | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Mangifera indica |
As mangueiras necessitam de calor e períodos secos para poderem produzir bons frutos. É a maior árvore frutífera do mundo, capaz de uma altura de 30 metros (100 pés) e uma circunferência média de 3,7 metros (12 pés), às vezes chegando a 6 metros (20 pés).[2]
Descrição
![Thumb](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/83/Mango_tree_Kerala_in_full_bloom.jpg/640px-Mango_tree_Kerala_in_full_bloom.jpg)
![Thumb](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/00/Manga_1.jpg/640px-Manga_1.jpg)
As mangueiras são grandes e frondosas árvores, podendo atingir entre 35 e 40 metros de altura, com um raio de copa próximo de 10 metros. Suas folhas botânicas são perenes, entre 15 e 35 centímetros de comprimento e entre seis e 16 centímetros de largura.Quando jovens estas folhas são verde-folha. As flores são diminutas, em inflorescências paniculadas nas extremidades dos ramos. São tantas que seu perfume é sentido a boa pertice.
As sementes, quando plantadas em solo fértil e bem irrigado, podem germinar com facilidade e originar novas árvores de crescimento rápido nos primeiros anos. Desta forma a mangueira tem se disseminado pelas formações vegetacionais nativas no Brasil, e apresentam uma ameaça à vegetação nativa quando sua cultura não tem o manejo adequado.
História
Pesquisadores acreditam que a manga seja originária do sudeste da Índia, Mianmar e Bangladesh após terem sido encontrados registros fósseis com cerca de 25 a 30 milhões de anos.[3] A espécie foi descrita pelo cientista Linnaeus em 1753.[4]
Durante os anos mais recentes, mangas têm sido produzidas nas áreas tropicais e sub-tropicais mundiais, onde o clima favorece seu crescimento. É então largamente cultivada em regiões de clima tropical e subtropical: sul da Ásia, América do Norte, América do Sul e América Central, no Caribe, nas porções sul e central da África e Austrália.
Antes dos anos 1900 as mangueiras eram disseminadas por sementes. Em 1900, George B. Cellon criou e usou o enxerto de gomo com sucesso. Estabeleceu então um viveiro em Miami. O Florida Mango Forum que foi organizado em 1938, tem feito muito pelos desenvolvimentos e avanços da manga na Flórida.
A presença de mangueiras no morro próximo à residência dos imperadores do Brasil, na Quinta da Boa Vista, no século XIX, originou o nome do Morro da Mangueira, hoje em dia um dos redutos mais famosos do samba no Rio de Janeiro (a Estação Primeira de Mangueira).
Galeria de fotos
- Árvore mangueira
- Ritidoma da mangueira
- Frutos verdes da mangueira em Conceição do Araguaia, Pará
- Floração da mangueira
- Reprodução de página da revista botânica Curtis's Botanical Magazine, vol. 76 (ser. 3 no. 6), plate 4510.
- Frutos verdes da mangueira (arumanis)
- Mangueira com 110 anos de idade em Gopalganj, Bangladesh
Referências
- Gepts, P. (n.d.). «PLB143: Crop of the Day: Mango, Mangifera indica». The evolution of crop plants. Dept. of Plant Sciences, Sect. of Crop & Ecosystem Sciences, University of California, Davis. Consultado em 8 de outubro de 2009. Arquivado do original em 6 de dezembro de 2013
- (1846). The Missionary guide-book, p.180. Seeley, Burnside, and Seeley.
- Plant Cultures History Arquivado em 6 de janeiro de 2009, no Wayback Machine. URL acessada em 30 de setembro de 2010
- GRIN (5 de maio de 1997). «Mangifera indica information from ARS/GRIN». Taxonomy for Plants. National Germplasm Resources Laboratory, Beltsville, Maryland: USDA, ARS, National Genetic Resources Program. Consultado em 8 de outubro de 2009. Arquivado do original em 11 de dezembro de 2012
Bibliografia
Ligações externas
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