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gravadora brasileira de música cristã Da Wikipédia, a enciclopédia livre
MK Music, também conhecida por seu antigo nome MK Publicitá, é a maior gravadora brasileira de música cristã contemporânea, fundada em 1987 e pertencente ao Grupo MK de Comunicação.
MK Music | |
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Fundação | 13 de agosto de 1987 (37 anos) |
Fundador(es) | Arolde de Oliveira, Marina de Oliveira e Yvelise de Oliveira |
Gênero(s) | Música cristã contemporânea, Gospel |
País de origem | Brasil |
Localização | Rio de Janeiro, RJ |
Página oficial | mkmusic.com.br |
Já lançou mais de 400 obras fonográficas em diversos suportes e recebeu vários prêmios internacionais, como o Grammy Latino.[1] Atualmente está associada à ABPD - Associação Brasileira dos Produtores de Discos (atual Pro-Música Brasil).[2]
A origem do nome MK remete às iniciais dos nomes das sócias/publicitárias Marina de Oliveira e Kathia Kozlowski que criaram a "agência de publicidade" (daí o "Publicitá" que é Publicidade em italiano). A agência não obteve sucesso e a sociedade foi desfeita, ficando apenas Marina com a empresa. Nesse momento, os pais da cantora e produtora artística a apoiaram e assumiram a empresa, que mudou completamente a sua denominação de agência de publicidade para gravadora. Como o nome de fantasia MK Publicitá estava em desacordo com a atual atividade da empresa, alterou-se para MK Music que está alinhada com a atual atividade da empresa.[carece de fontes]
A gravadora MK Music, parte do grupo MK de comunicação, foi fundada em 13 de agosto de 1987, sendo uma das primeiras do segmento no Brasil. Presidida por Yvelise de Oliveira, o selo passou a ser destaque no meio cristão.[carece de fontes] Artistas como Marina de Oliveira, Banda e Voz,[3] Carlinhos Felix,[4] Catedral, Complexo J e Cassiane foram alguns dos vários artistas contratados pelo selo no início e meio dos anos 90.[5]
A partir do ano de 1995, o grupo iniciou a coletânea Amo Você, reunindo os artistas da gravadora em canções românticas, como Novo Som, Banda e Voz, Cassiane & Jairinho, Rayssa e Ravel, Aline Barros, dentre outros.[6][7]
Com a saída da banda Catedral em 1999, a gravadora contratou a Oficina G3 para representar o rock cristão no selo. Recomendado pelo grupo, o selo contratou Brother Simion, ex-vocalista do Katsbarnea e no ano seguinte o grupo Fruto Sagrado.[8] A MK foi responsável por lançar o primeiro álbum de música cristã no Brasil a vender mais de um milhão de cópias, Com Muito Louvor de Cassiane.[9]
Em 2003, a gravadora iniciava a coletânea Os Arrebatados Remix, contendo canções de artistas do selo em estilo eletrônico. O primeiro trabalho reuniu canções como "Pisa no Inimigo" do Voices, "Te Escolhi" de Oficina G3, "Voar como a Águia" de Alda Célia e "Redenção" de Brother Simion.[10]
Álbuns como Extraordinário Amor de Deus de Aline Barros,[11] Além do que os Olhos Podem Ver de Oficina G3,[12] Na Extremidade de Marina de Oliveira, Aceito o Teu Chamado de Bruna Karla e Ao Vivo em Israel de Fernanda Brum já foram indicados ao Grammy Latino.[13]
Em janeiro de 2010, a gravadora começou a investir nos formatos digitais. Por meio do site Som Gospel, todo o acervo da gravadora foi digitalizado e as pessoas pagavam para ter acesso às músicas. Este processo permite a gravadora um maior controle na distribuição, mais rapidez nos resultados e inclusão de novidades no portal regularmente.[14]
Em 2015, vários discos da gravadora fizeram parte de uma lista dos maiores álbuns da música cristã brasileira, numa lista compilada por músicos, historiadores e jornalistas.[15][16]
A gravadora MK Music já foi protagonista e participante de diversos problemas judiciais e conflitos com músicos. Segue abaixo alguns dos casos mais notáveis.
Em 1999, a gravadora Warner Music Brasil sentiu interesse em contratar a banda Catedral, na época ainda na MK Music em seu cast. A contratação era de bom grado tanto à banda quanto à gravadora. Um acordo mútuo foi firmado entre o grupo e a MK no fim do contrato. A banda lançou o disco Para Todo Mundo e seguiu sua carreira. Já o vocalista Kim manteve o contrato com a MK Music lançando seus trabalhos solo pelo selo.[17][18]
A partir do momento em que o Catedral passou a lançar seus discos também no mercado secular, começaram a surgir boatos e falsas histórias que denegriam a imagem do grupo. Contudo, uma entrevista dedicada ao portal Usina do Som, em maio de 2001, prejudicou a carreira da banda. Segundo os integrantes da banda, houve adulterações de informações e inclusão de citações mentirosas. O jornalista Ricardo Alexandre assinou a matéria. Com a popularidade imediata da matéria, a MK Music decidiu entrar em contato com Ricardo para confirmar a veracidade das informações, confirmadas pelo profissional. Com isso, a MK passou a divulgar que o contrato entre ela e Kim havia sido rescindido por punição e passou a ofender o músico e a banda em várias matérias na internet declarando que o único objetivo do Catedral era enriquecer e que não possuía nenhum compromisso religioso. A gravadora parou de lançar todos os trabalhos da banda lançados pelo selo, como A Revolução, Contra Todo Mal e Eterno.[17][18]
Então Kim abriu um processo contra a gravadora por danos morais. A MK então tentou transformar o processo numa reconvenção, mas não conseguiu. Após quase dez anos a gravadora foi condenada a pagar trezentos mil reais à cada integrante do Catedral, totalizando quase um milhão de reais.[17][18] Em 2003 em uma entrevista à Revista Eclésia, Kim mostrou-se entristecido com o ato da gravadora e de parte do público gospel que admirava o Catedral:[19]
“ | [...] olha que a gente perdeu muito do nosso publico evangélico devido daquela entrevista maldita. Foi uma leviandade o que fizeram com a gente. Naquela entrevista eu falei “A” e o cara escreveu “B”. E o pessoal pegou aquilo e divulgou como se fosse verdade sem ter provas. Eu tenho comigo as fitas de uma segunda entrevista que dei pra eles fazendo a minha defesa. O editor enganou a gente – ficou de veicular essa entrevista e não fez. A minha maior decepção foi por ter trabalhado durante 12 anos dentro do segmento gospel e ver todo esse trabalho feito com maior carinho ficar estigmatizado. Houve muito boato. Para você ver disseram até que a gente falou mal da igreja no Programa do Jô da Rede Globo. Só que nós nunca pisamos lá! Veja a que ponto chegou a paranoia. Eu não quero mais briga com ninguém exceto na justiça. A briga que eu tenho hoje é na justiça, quero te dizer uma coisa só: eu tenho muito medo da impunidade que existe nesse país, e esse pessoal que fez isso essas coisas contra a gente tem muito poder. Eu fico com medo da justiça brasileira que é lenta, arcaica, age com dois pesos e duas medidas. Mas a gente tem que acreditar e foi por isso que eu processei. | ” |
Em agosto de 2019, após 20 anos a banda assinou um novo acordo com a gravadora. Para distribuição do acervo do Catedral e da carreira solo de Kim. Nos formatos físicos, e nas plataformas digitais.[20]
Em 2007, a gravadora MK Music abriu um processo contra a cantora Cassiane por não cumprir um contrato artístico com a gravadora. Segundo a cantora, esta foi informada que havia chegado o momento de renovar o contrato, mas ela não quis, pois supostamente já havia o cumprido, lançando cinco álbuns. Porém, a gravadora afirmou a ela que os trabalhos ao vivo e as regravações não contavam, portanto a artista devia um disco com musicas inéditas ao selo. Além do processo por não cumprir o contrato, a cantora foi acusada de formação de quadrilha.[21]
“ | Quando entreguei o DVD de 25 anos e também o CD ao Vivo, um ano após o lançamento deles, fui chamada pela MK para uma conversa sobre renovação de contrato. Quando eu disse que não renovaria é que eles disseram para mim que não iriam contar como ‘obras’ o meu DVD e o meu CD ao vivo, como também o Home Vídeo Com Muito Louvor. Mas acho a pior e mais triste foi a criminal, por formação de quadrilha, além de outras! Fiquei decepcionada. | ” |
Mesmo assim, a artista gravou, de forma independente, o álbum Faça Diferença, mas este foi impedido de ser comercializado. Anos depois, a obra retomou a ser comercializada pela Sony Music Brasil, e pela MK logo após o seu retorno. Durante a época do processo em 2008, a artista chegou a criticar fortemente a gravadora durante o Programa Raul Gil, na época exibida pela Band.[21]
Em 2009, após um almoço com Yvelise de Oliveira, Cassiane e seu marido Jairinho Manhães terminaram com a briga judicial e a cantora passou a trabalhar no disco que seria lançado pela MK Music em 2010, mas sem a volta de Cassiane à gravadora. O álbum, intitulado Tempo de Excelência, foi lançado em 2013, 6 anos após o incidente, em formato digital.[21]
Em setembro de 2015, no entanto, Cassiane assinou novamente com a gravadora, após uma passagem rápida pela distribuidora independente Onimusic.[carece de fontes]
Em 2002, a gravadora contratou a banda de rock Fruto Sagrado, que vinha de um processo com o selo Salmus Produções e a gravadora Top Gospel. Para que o contrato se firmasse, a MK Music propôs que os integrantes pagassem os 400 mil reais pelo processo perdido. Com o processo pago, principalmente pelos integrantes Bênlio Bussinguer e Marcão (únicos da formação inicial), a entrada da banda na gravadora estava firmada.[22]
Com a proximidade do lançamento do álbum O que na Verdade Somos, as diferenças no gosto musical e a desconfiança entre os integrantes (principalmente após o processo) levou a uma forte crise no grupo. O tecladista Bênlio, se sentindo ameaçado por cada vez mais estar sendo excluído da musicalidade do grupo, e sendo acusado pela má-administração da banda, mais tarde foi anunciado como ex-integrante do grupo, em detrimento do extremo atraso do prazo de lançamento do disco e por uma suposta "armação" dos demais integrantes, com sua saída apoiada e pouco divulgada pela MK em outubro de 2003, após ter recebido férias forçadas enquanto os demais integrantes do Fruto Sagrado cumpriam agenda.[22]
“ | No CD O que na Verdade Somos, eu gravei todos os teclados na casa do Bene. foi o primeiro instrumento a ser gravado. Gravei inclusive mais de uma opção em algumas músicas. Não sou um músico profissional, mas fiz, como sempre, o melhor que pude. Seria o CD com mais teclados se o auto-intitulado "produtor" Bene Maldonado e seu "co-produtor" Sylas Jr não tivessem deletado 70% dos meus teclados lá. Estive na mixagem até os últimos dias e eles ainda não tinham mixado os teclados. Sem exceção, inclusive por escrito, mencionei que os teclados não estavam sendo trabalhados. Depois de o CD pronto, o Bene disse que tinha perdido informações num micro que tinha sido roubado. Mas nunca, nunca me pediu para regravar, o que estaria pronto a fazê-lo da noite para o dia. Um dia o CD fica finalmente pronto, e no limite extrapolado do tempo exigido pela gravadora, como de costume, a ponto de a gravadora ameaçar suspender o lançamento. | ” |
Marcão, em entrevista afirmou que, ao entrar na gravadora MK Music, teve vários receios e preconceitos, embora passou a perceber que "grande parte do que se fala a respeito da MK é lenda".[23] Bênlio, em outra entrevista afirma que, durante esta época a proposta musical, objetivo e formação da banda havia mudado drasticamente, mas não poderia afirmar se tinha influência (o objetivo) da gravadora.[24]
O produtor Rogério Vieira foi, por muitos anos um dos produtores musicais mais requisitados e responsável pela produção da maioria dos álbuns da gravadora. No entanto, em 2013, a esposa do músico foi contratada pela gravadora como cantora. O álbum de Lilian Lopes chegou a ser distribuído, mas rapidamente tirado de circulação em menos de um mês. Nesta época, a presidente da gravadora, Yvelise de Oliveira proferiu ataques públicos à Rogério Vieira por ter recebido presentes de Maurício Soares, na época diretor do selo evangélico da gravadora Sony Music Brasil. Vieira ficou alguns anos sem produzir quaisquer álbuns da gravadora.[25] Sua primeira assinatura após o ocorrido foi somente em 2016, com o disco da banda Gálbano.[26]
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