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Uma luva de goleiro é um equipamento esportivo utilizado pelos goleiros nas partidas de futebol. Elas foram ganhando popularidade na decada de 1970 com a Reusch e varias marcas surgiram: Uhlsport, Adidas, Nike, Reebok, Penalty, entre outras e cada vez mais estilosas.
Todos os jogadores estão autorizados a usar luvas,[1] mas os goleiros usam luvas especializadas, que ajudam-no a obter melhores performances e a proteger as mãos.
Consoante os livros “Who Invented the Bicycle Kick?”, dos jornalistas Paul Simpson e Uli Hesse, lançado em 2013, e “Tor!”, de Uli Hesse, o primeiro goleiro a usar luvas foi o alemão Heiner Stuhlfauth, que defendeu o Nuremberg e também a Seleção da Alemanha na década de 1920.[2] O livro “Tor!” reproduz uma frase Heiner: “Quando estava chovendo, eu usava luvas de lã áspera e a bola molhada se prendia muito melhor nas minhas mãos. A vida me ensinou que não dá para pegar uma enguia com as mãos nuas”.[2] Na mesma época, o arqueiro espanhol Ricardo Zamora também entrava em campo usando luvas de lã, mas alguns relatos dão conta de que Zamora via o uso das luvas mais como objeto de vaidade do que como um item de jogo propriamente dito.[3]
No Brasil, o primeiro goleiro lembrado por usar este recurso é Jaguaré Bezerra de Vasconcelos, o Dengoso, ainda na década de 1930. Considerado um dos ídolos da história do Vasco da Gama, ele trouxe a inovação após sua passagem pelo futebol europeu durante os anos 30.[3] Conforme conta Paulo Guilherme, autor do livro “Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1”: “Na sua estreia na Europa, Jaguaré usou luvas feitas de couro. Só que ele não estava preocupado com a melhora de seu rendimento, apenas não estava acostumado com o frio”.[2]
Conforme relata o Guia dos Curiosos, do jornalista Marcelo Duarte, "de acordo com registros do Escritório de Patentes da Alemanha, a primeira patente de luvas para goleiros foi pedida por William Sykes. Segundo o projeto, elas seriam feitas de couro, com camadas de borracha indiana, para proteger as mãos do goleiro. A ideia, porém, nunca saiu do papel".[2]
Em 1934, o empresário alemão Karl Reusch fundou uma marca com seu sobrenome e começou a produzir luvas especializadas para a função. Porém, a marca só começou a tornar-se famosa e a popularizar-se em 1966, após ser usada pelo goleiro Wolfgang Fahrian, do 1860 Munique.[2]
Antes da década de 1970, porém, as luvas raramente eram usadas,[4] exceto em condições de tempo muito adversas, como um frio extremo, por exemplo. Só para se ter uma ideia, na Copa do México, em 1970, o goleiro brasileiro Félix, que não estava tão adaptado assim ao novo acessório, jogou todas as partidas, exceto a final, sem luvas. “Na final, os jogadores queriam que ele mantivesse a tradição que vinha dando certo, mas Félix resolveu provar para o mundo que sabia jogar de luvas também”, narra o jornalista Paulo Guilherme.[2]
A partir da década de 1970, tornou-se cada vez mais incomum ver um goleiro sem luvas. Um dos poucos exemplos que se pode citar de um jogo em que um goleiro não usou luvas a partir de então foi na partida de Portugal contra a Inglaterra no torneio da Euro 2004, quando o goleiro português Ricardo decidiu remover suas luvas durante a disputa de pênaltis.[5]
Na década de 1980, as luvas passaram a ganhar maior atenção, e desde então foram feitos avanços significativos em seu design, que agora apresentam protetores para evitar que os dedos se curvem para trás, segmentação para permitir maior flexibilidade e palmas feitas de materiais projetados para proteger a mão e melhorar a aderência.[4] As luvas estão disponíveis em vários cortes diferentes, incluindo "palma chata", "dedo em rolo" e "negativo", com variações na costura e no ajuste[6].
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