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trigésimo sexto livro da Bíblia, composto de apenas 3 capítulos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Sofonias é um dos livros proféticos do Antigo testamento da Bíblia.[1][2] Possui três capítulos.
O nome Sofonias significa "o Senhor o escondeu" ou "o Senhor escondeu-se". Ele era tetraneto de Ezequias o rei. Sofonias filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá (Sofonias 1.1). O rei Ezequias, teve um filho Manasses, que nasceu em sua velhice após ter recebido de Deus mais 15 anos de vida . “Naquele tempo Ezequias ficou doente e quase morreu. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e lhe disse: "Assim diz o Senhor: 'Ponha em ordem a sua casa, pois você vai morrer; não se recuperará' ". Ezequias virou o rosto para a parede e orou ao Senhor: "Lembra-te, Senhor, como tenho te servido com fidelidade e com devoção sincera. Tenho feito o que tu aprovas". E Ezequias chorou amargamente. Antes de Isaías deixar o pátio intermediário, a palavra do Senhor veio a ele: "Volte e diga a Ezequias, líder do meu povo: Assim diz o Senhor, Deus de Davi, seu predecessor: 'Ouvi sua oração e vi suas lágrimas; eu o curarei. Daqui a três dias você subirá ao templo do Senhor. Acrescentarei quinze anos à sua vida. E livrarei você e esta cidade das mãos do rei da Assíria. Defenderei esta cidade por causa de mim mesmo e do meu servo Davi'" (2 Rs 20) . O seu ministério ocorreu no tempo do rei Josias em 640 a.C. - 609 a.C. tendo profetizado, provavelmente antes da reforma desse rei em 621 a.C..
Ele não é a única personagem citada na Bíblia com este nome. Três outros homens são assim designados no texto bíblico (1 Cr 6:36-38; Zc 6:10,14), com destaque para o contemporâneo do rei Zedequias (Jr 21:1).
O tema de sua mensagem é que o Senhor ainda está firmemente em controle do Seu mundo, apesar das aparências contrárias, e que comprovará isso no futuro próximo ao aplicar um castigo terrível sobre a nação desobediente de Judá, e completa destruição sobre as nações pagãs gentias, somente através de um arrependimento em tempo é que haveria possibilidade de escape dessa ira.
O profeta Sofonias viveu e exerceu a sua atividade num momento em que Judá era disputado pelas grandes potências da época. Dentro do país se formaram dois partidos: um querendo ficar sob a influência do Egito, outro da Assíria. Durante longo período, nos reinados de Manassés e Amon, a Assíria predominava. Uma tentativa de mudar a situação a favor do Egito, através de uma revolta de oficiais da corte, não obteve sucesso, porque cidadãos de grande influência econômica reagiram e colocaram no trono Josias, que ainda era menor de idade.[carece de fontes] Esse rei promoveu uma grande reforma, mas a situação voltaria a ser a mesma: o que era bom para a Assíria, era bom para Judá, inclusive a maneira de vestir (Sf 1:8)[3].
Nesse contexto, Sofonias exerce seu ministério entre os anos 640-630 AC, durante a menoridade de Josias e antes de sua reforma religiosa e do ministério de Jeremias[4]. Ele mostra como pesa, sobre toda essa situação, o Julgamento de Deus (Sf 1:2-18). O Dia de Javé ou O Dia do Senhor não é essencialmente o fim do mundo e da história, mas a transformação do povo de Deus e o fim de uma era de idolatria. Para o profeta, são ídolos não somente as divindades estrangeiras, mas também a absolutização das grandes potências, do dinheiro e do poder. Esses ídolos estão presentes, tanto nas outras nações quanto na cidade de Jerusalém, seja no palácio real, seja no Templo e nos bairros da cidade (Sf 2:4-3:8). A única possibilidade de salvação que Sofonias vislumbra para escapar à ira divina são os pobres da terra (Sf 2:3), isto é, os destituídos de poder e riqueza, que depositam sua confiança no verdadeiro Absoluto e clamam por justiça. São eles os únicos que poderão formar um resto para conduzir na história o projeto de Deus, e assim fazer com que o Dia de Javé se torne dia de alegria e restauração, e não de destruição (Sf 3:9-20)[3].
A catástrofe anunciada atingiria tanto as nações quanto o Judá inspiradas pelo orgulho (3:1.11) o castigo seria uma advertência (Sf 3:7) que deveria conduzir o povo à obediência e a humildade (Sf 2:3), sendo a salvação reservada aos humildes, que põem em prática a vontade do Senhor[5] (Sf 3:12-13)[6].
A época do livro descreve um tempo de grande apostasia e corrupção Sf 1.12; 3.2-4. A Assíria ainda ocupava o cenário Sf. 2.13. A adoração de Milcon ( em outras versões Malcã) era praticada Sf 1.5. * milcon = Moloque, uma divindade Amonita, verificar 1 Rs 11.5. As condições morais e religiosas então prevalecentes eram baixas, devido à influência maligna dos reinados de Manassés e Amom. O livro descreve uma provável invasão ( esse povo invasor teria sido os Citas que entre os anos 630 a 626 a.C.ameaçaram muitas nações e trouxeram calamidade aos povos do oriente médio) que chegaria à terra de Judá Sf 1.2-3, e alcançaria outras nações Sf 2.4,12-13.
O propósito do livro: Partindo da ameaça citada, o profeta adverte severamente o seu povo sobre a aproximação do dia do Senhor e, juntamente com a advertência terrível, há o apelo ao arrependimento endereçado primariamente ao remanescente, mais do que para a nação inteira Sf. 2.3.
"O dia do Senhor", que é descrito 18 vezes no livro especialmente, um dia de julgamento Sf 1.2-3, 7-16, 18, 3.20.
Esse livro inspirou o versículo 41 do capítulo 13 do Evangelho de Mateus, e a descrição do Dia de Javé (1:14-18) inspirou Joel[6].
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