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artigo de lista da Wikimedia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Uma lista de sínodos francos realizados na igreja em todo o vasto reino franco, bem como seus predecessores imediatos, incluindo o Reino Visigótico, o Reino Ostrogótico, e o Reino da Borgonha, ilustra, de modo incongruente o modo como era e foi organizada a sociedade clerical e civil da época, suas repercussões e o estado de coisas que o ocidente veio a divisar em épocas futuras.
Os Sínodos regionais foram realizados regularmente na Igreja da Gália. Entre os anos 314 e 506, contou-se mais de 30 deles. [1] Alguns dos sínodos listados aqui (uns dos quais também são referidos também como "sínodos gerais do império alemão"), serviram para assinalar um desenvolvimento particular do germânico na Igreja do Ocidente. Para os concílios regionais ou provinciais que ocorreram habitualmente na igreja da época, compreende-se que os mesmos acrescentaram um elemento tradicional aos sistemas de governo (mormemente o germânico), o que culminou na ideia de Concílios nacionais, influência adquirida do Oriente cristão [2]
Eles também indicam uma congruência cada vez maior entre a Igreja e o Estado. Quanto aos governantes arianos, estes mantiveram sua distância dos concílios gerais [já que estes eram ortodoxos], e só começaram a influenciá-los e acontecer os concílios visigóticos, quando Recaredo I, converteu-se à ortodoxia. A tendencia geral foi que, com a conversão e o consequente estabelecimento entre os reis merovíngios (e os carolíngios depois deles), os concílios vieram a sofrer a influência diretados referidos monarcas. [2] De acordo com Gregory Halfond, tal congruência era uma qualidade particular da igreja galo-romana, onde a aristocracia romana composta por uma parte importante da liderança galo-romana (e mais tarde o franco) sobre a igreja; o nexo da continuidade desse poder é indicado também pelo uso contínuo de procedimentos romanos nos concílios. [3]
Um clérigo precoce e de suma importância foi Cesário, bispo de Arles que presidiu o sínodo visigótico realizado em Agde em 506, [4] e, em seguida, foi ele também quem regeu magnanimamente o Segundo Concílio de Orange, em (529) e o Concílio de Vaison, no mesmo ano. Os sínodos regionais, organizados por Cesário, tinham uma maior preocupação com os cânones e as práticas da Igreja da Gália às de outras Igrejas. Em Orange, por exemplo, ocorreram decisões importantes, como por exemplo, acerca do pelagianismo, ou o anátema do rito gaulês [da então Igreja gaulesa] e as decisões do Vaison, em conformidade com a liturgia praticada em outras Igrejas (Itália, África, Oriente, etc). [5] O modelo para os seguintes sínodos e concílios francos, foi definido por Clóvis I, que organizou o Primeiro Concílio de Orleans, em (511), embora ele não o tenha assistido. Foi ele quem definiu a agenda [pauta] e seguiu de perto o processo (o que estava em jogo era "a unificação da igreja romana sob domínio franco"). [6] "profundamente arraigada pelas práticas germânicas. Após o declínio da influência de Cesário e o estabelecimento do domínio merovíngio, o foco do vir-a-ser da Igreja Franca mudou para o norte, para lidar com o crescente problema de ajuste litúrgico, onde pesava a questão do pelagianismo ou Predestinatarianismo, só que agora os bispos tinham que lidar com problemas que envolviam "o casamento, as relações entre uma aristocracia guerreira, questões relativas ao clero, aos monges e monjas e os os conflitos nascidos da influência real e ainda pesar os ajustes sobre os direitos de propriedade". [5]
O modelo básico estabelecido por Clóvis provocou uma reunião de líderes da igreja (em qualquer nível), que poderia ser convocada por autoridades religiosas ou seculares. O resultado dessas reuniões era eclesiástico, transformados em decisões legislativas, denominadas de Cânones.[6] Outro aspecto destes sínodos foi de ordem judicial: aqueles que tivessem transgredido alguma lei ou norma eclesiástica ou outra lei, seriam investigados e julgados. [7] Finalmente [então] os sínodos decidiram sobre questões de subsídios e privilégios [8]
Muitos dos sínodos (às vezes também chamados de "concílios" - "sinodais" tinham sua aplicação, às vezes, sobre recolhimentos menores,[9]) embora não todos, podiam ser chamados de "concílio de estado", isto é, eles foram convocados por uma autoridade monárquica.[10] Especialmente na igreja franca, o grande número de cânones conciliares é a prova da estreita relação entre os governantes e a igreja. Por volta do século VIII, no entanto, a organização regular de sínodos havia desaparecido, e quando Bonifácio queixou-se ao Papa Zacarias em 742 que não tinha havido um sínodo na igreja franca em pelo menos oitenta anos, ele não estava exagerando muito. [11] [12] Bonifácio então no Concílio Germânico, que foi o primeiro de três "concílios da reforma", [13] buscou meios de reformar, organizar [ou reorganizar], em suas tentativas, a igreja franca. [14] Ele foi apenas parcialmente bem sucedido em suas tentativas, e nunca conseguiu desembaraçar a estreita relação entre a nobreza e o clero, que em muitos casos, levou a propriedade da igreja que, custodiada por nobres (que tinham sido nomeados bispos, por governantes carolíngios, por exemplo, para apaziguá-los) e suas famílias. [12] [15]
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