Concílio de Soissons ou Sínodo de Soissons refere-se a diversos concílios provinciais realizados na cidade de Soissons, um importante centro urbano na Gália.

O primeiro concílio de Soissons ocorreu em 2 de março de 744, quando Pepino, o Breve reúne um sínodo com vinte e três bispos de Nêustria.[1] Abel de Reims foi eleito bispo nesta ocasião.

Em 13 de novembro de 833, Ebo de Reims presidiu um concílio que depôs Luís e o obrigou a confessar publicamente vários crimes, nenhum dos quais ele tinha, de fato, cometido.

No século IX, durante a vida de Lupo Servato, foram realizados cinco concílios ali:

  • Em 851, quando Pepino II da Aquitânia foi deposto;
  • Em 26 de abril de 853, que contou com a participação de Carlos II, O Calvo (823-877), três arcebispos (Incmaro de Reims, Ganelon de Sens e Amauri de Tours), vinte e três bispos e seis abades na igreja do Mosteiro de São Medardo.
  • Em 858, um concílio realizado por Luís, o Germânico;
  • Em 861, concílio realizado na Igreja de São Crispino, onde Rothad, bispo de Soissons, é excomungado por Incmaro de Reims, seu arcebispo.
  • Em 862, realizado na Igreja de São Medardo, onde Rothad é excomungado apesar de seus apelos, sendo confinado em um convento. Nesse mesmo ano foi realizado um segundo concílio por ocasião do casamento do conde Balduíno I da Flandres (830-879) com Judite da França (que já havia se casado duas vezes), filha de Carlos II.

Em 893, Balduíno II da Flandres é rejeitado como rei da França num sínodo em Soissons.

Em 1121, Pedro Abelardo foi acusado de sabelianismo num sínodo realizado em Soissons. Abelardo foi obrigado a queimar a "Theologia" e acabou sentenciado à prisão perpétua num mosteiro diferente do seu próprio, mas é provável que a revogação da sentença tenha sido combinada com antecedência, pois a pena foi revogada e ele acabou de volta à Abadia de Saint-Denis.[2]

Em maio de 1201, um concílio decidiu não dar apoiar Filipe II da França em seu divórcio de Ingeborg da Dinamarca para se casar com Inês de Merânia. O rei acabou por encerrar o debate e renunciar à dissolução do matrimônio.[3]

Referências

  1. Dierkens, Alain (1984). «Superstitions, christianisme et paganisma à la fin de l'epoque mérovingienne: A propos de l'Indiculus superstitionem et paganiarum». In: Hervé Hasquin. Magie, sorcellerie, parapsychologie. Brussels: Éditions de l'Université de Bruxelles. pp. 9–26
    • Marenbon, John (1997). The Philosophy of Peter Abélard. Cambridge: Cambridge University Press. p. 15. ISBN 0-521-66399-7
  2. "Philip II (Augustus)" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.

Ligações externas

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