Loading AI tools
poeta portuguesa (1909-1983) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Leonor da Conceição Pinto de Almeida (Porto, 25 de abril de 1909 - Lisboa, maio de 1983) foi uma poeta portuguesa que também exerceu as profissões de enfermeira e esteticista. Durante a sua actividade enquanto escritora foi considerada pela crítica literária como "uma das melhores poetas portuguesas" e incluída em antologias de poesia dos anos 1940-1950.[1][2]
Leonor de Almeida | |
---|---|
Nascimento | 25 de abril de 1909 Santo Ildefonso |
Morte | maio de 1983 (73–74 anos) Lisboa |
Sepultamento | Cemitério de Benfica |
Cidadania | Portugal |
Cônjuge | Alexandre Maria Pinheiro Torres, Júlio Magno |
Alma mater | |
Ocupação | poeta |
Leonor de Almeida nasceu no Porto, na freguesia de Santo Ildefonso, às 2h da manhã de 25 de abril de 1909, apesar de durante a sua vida registar diferentes datas de nascimento. Casou em 1930 com Júlio Magno, médico e ensaísta e filho de David José Gonçalves Magno, com quem teve um filho, e de quem se divorciou em 1936, tendo estado também casada com Alexandre Pinheiro Torres entre 1951 e 1961, de quem se divorciou litigiosamente. Por ambos os seus maridos serem de esquerda, chegou a ser perseguida pela PIDE.[2][3][4]
Foi admitida na Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto em 27 de março de 1950, e foi também uma das primeiras associadas da Associação Portuguesa de Escritores. Publicou a sua poesia entre 1947 e 1960; João Gaspar Simões, Jacinto do Prado Coelho, Artur Portela e E. M. de Melo e Castro todos a reconheceram como uma figura de relevo na poesia da época. A obra de Leonor de Almeida enquadra-se no campo da poesia erótica; foi incluída na Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa de Maria Alberta Menéres e E. M. de Melo e Castro em 1959, na Antologia de Mulheres Poetas Portuguesas de António Salvado em 1962, e na Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica de Natália Correia em 1965, e contribuiu para várias revistas literárias da época, como Serpente. A crítica Duas Mulheres Poetas de João Gaspar Simões, compara o seu trabalho como o da poeta Sophia de Mello Breyner Andresen.[1][2][3][4][5][6]
Partilhando muitas vezes das preocupações neorrealistas, a estética do neorrealismo não lhe é traço dominante. O mesmo se pode dizer da poética surrealista que percorre muita da sua obra, mas de forma esparsa. Ou do presencismo, que, podendo detetar-se nos seus poemas de carácter mais intimista, logo é desfeito pela presença em simultâneo de tendência outras, como o simbolismo. Por vezes, à maneira de Florbela Espanca, Leonor de Almeida escreve sonetos. Mas são raros.— Ana Luísa Amaralprefácio à edição de poesia reunida Na Curva Escura dos Cardos do Tempo
Leonor de Almeida frequentou o curso de Enfermeiras-Visitadoras de Higiene na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e foi enfermeira ao longo de décadas. Nos anos 60, após formações em cosmética feitas em Paris, abriu um Instituto de Beleza no Lumiar, em Lisboa, onde usava o nome D. Márcia. Viveu em Londres, Paris, e Copenhaga.[2]
Em maio de 1983 foi encontrada na casa onde residia, já sem vida. Está sepultada no Cemitério de Benfica.[1]
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.