Landim
freguesia do município de Vila Nova de Famalicão, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
freguesia do município de Vila Nova de Famalicão, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Landim é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Landim do município de Vila Nova de Famalicão, freguesia com 4,55 km² de área[1] e 2838 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 623,7 hab./km².
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Freguesia | ||||
Capela de São Brás | ||||
Gentílico | landinense | |||
Localização | ||||
Localização de Landim em Portugal | ||||
Coordenadas | 41° 22′ 48″ N, 8° 27′ 54″ O | |||
Município | Vila Nova de Famalicão | |||
Código | 031221 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 4,55 km² | |||
População total (2021) | 2 838 hab. | |||
Densidade | 623,7 hab./km² | |||
Código postal | 4770 | |||
Outras informações | ||||
Orago | Santa Maria (Nossa Senhora da Assunção) |
Landim foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Este era constituído pelas freguesias de Areias, Lama, Palmeira de Landim, Sequeiró, Ávidos, Bente, Landim (Santa Marinha) e São Miguel de Seide. Tinha, em 1801, 2944 habitantes.
A população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[3] | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |||||
2001 | 511 | 432 | 1568 | 341 | |||||
2011 | 392 | 339 | 1661 | 442 | |||||
2021 | 367 | 281 | 1600 | 590 |
A história da freguesia de Santa Maria de Landim confunde-se com a do seu mosteiro, visto que ela nasce para a história graças à fundação do mosteiro, em 1096, por D. Rodrigo de Forjaz Trastamara, filho do Conde de Trastamara, nobre francês que atraído para a Península pelas guerras de Afonso VI, rei de Leão, contra os mouros. Fundado em finais do século XI, o convento foi entregue aos Frades Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que viu aumentar o seu património, quando D. Gonçalo Gonçalves e D. Rodrigo Gonçalves Pereira (filhos do Conde D. Gonçalo Rodrigues) lhe doaram o rico e extenso Couto de Palmeira, com sede no lugar de Santa Eulália. É certo que, existe uma confusão histórica na atribuição primaz quanto à fundação Couto, direitos e privilégios entre o de Landim e Palmeira. No entanto, a maioria dos estudiosos defende a integração deste naquele, porque o de Landim se firmou, prevalecendo e dominando o de Palmeira. Ao longo dos séculos o mosteiro recebeu grandes privilégios por parte dos poderes religiosos e da própria monarquia, que o isentou de submissão e lhe garantiu grandes rendimentos pelo contributo de numerosos casais existentes no perímetro do Couto que chegava à jurisdição de Barcelos. O Couto teve igualmente o título de Condado, desde o reinado de D. Afonso IV, privilégio que D. João I conservou, atribuindo-lhe ainda jurisdição civil, por carta de doação feita em Lisboa, a 19 de setembro de 1410.
Aquando da morte do último prior do mosteiro, D. Frei António da Silva, em 1560, o convento passou para a Comenda do Cardeal Alexandre Farnegia, por concessão do Papa Pio IV. D. Frei Filipe, procurador-geral dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no entanto, encontrando-se nessa altura em Roma, conseguiu que o referido Cardeal desistisse da posse da Comenda. Em 1562, o Mosteiro foi unido ao de Santa Cruz de Coimbra, da mesma ordem. Em 1770, porém, o Convento foi extinto e vendido a particulares, com autorização do Papa Clemente XIV.
Em 1790, o Couto (então, instituição em decadência) foi transformado em concelho, que se manteve até 1836, ano da grande reorganização administrativa encetada por D. Maria II.
Apesar de a fundação do mosteiro ter ocorrido no século XI, a sua igreja é da segunda metade do século XII. Em março de 1996 a Igreja e a Casa do Mosteiro foram considerados por decreto Imóvel de Interesse Público. O conjunto de três capelas de São Brás - Senhor das Santas Chagas e Senhor dos Paços, em pedra; da Senhora do Carmo, com fachada Barroca; e a de Santa Marinha, construída há mais de quatrocentos anos, completam o rico património religioso da freguesia.
Em termos arquitectónicos, Landim possui algumas belas casas senhoriais. O Solar do Souto, com um espigueiro datado do início do século, em madeira de castanho, tem o seu teto revestido a telha francesa. Na casa agrícola deste solar, pode-se ainda encontrar uma pia do século XVIII. O Solar da Basta é uma casa de pedra muito antiga, com as portas bastante trabalhadas, talvez por entalhadores de Landim.
Na freguesia, a expressividade cultural e religiosa da população manifesta-se através da solenização das festa em honra de:
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