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Lúcio Júnio Gálio Aniano (em latim: Lucius Junius Gallio Annaeanus; m. c. 65), chamado simplesmente de Gálio, foi um senador romano da gente Júnia nomeado cônsul sufecto para o nundínio de julho a agosto de 56 com Tito Cúcio Cilto. Gálio era filho do retórico Sêneca, o Velho, e irmão do famoso escritor Sêneca, o Jovem. Nascido em Córduba, Hispânia (moderna Córdova), no início da era cristã, Gálio foi adotado por Júnio Gálio, um retórico famoso, de quem tomou o nome.
Públio Cornélio Lêntulo Cipião | |
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Cônsul do Império Romano | |
Consulado | 56 d.C. |
Morte | 65 d.C. |
É conhecido por ter participado do julgamento de Paulo em Corinto relatado nos Atos dos Apóstolos.
Sêneca, seu irmão, que dedicou-lhe os tratados "De Ira" e "De Vita Beata", fala de seu charme, um atributo também citado pelo poeta Estácio.[1] É provável que ele tenha sido banido para a Córsega com o irmão, mas ambos retornaram a Roma quando Agripina escolheu Sêneca para ser o tutor do jovem Nero. Perto do final do reinado do imperador Cláudio (51/52), Gálio foi nomeado propretor da recém-criada província senatorial da Acaia, mas é provável que tenha sido compelido a renunciar ao posto depois de poucos anos por causa de seu estado de saúde. Ele foi chamado de "meu amigo e procônsul" por Cláudio na Inscrição de Delfos (c. 52).
Gálio foi cônsul sufecto em 56[2] e Dião Cássio[3] relata que ele é quem abria as apresentações de Nero.[4] Não muito depois da morte de Sêneca, Gálio[5] foi atacado no Senado por Salieno Clemente, que o acusou de ser um "parricida e inimigo público", mas depois o Senado unanimemente apelou a Salieno para que não se aproveitasse "de infortúnios públicos para satisfazer animosidades privadas".[6] Mas Gálio não sobreviveu muito tempo depois disto. Quando seu segundo irmão, Aneu Mela, cortou os pulsos depois de ser acusado de estar envolvido numa conspiração,[7] é provável que Gálio também tenha se suicidado, talvez instruído por alguém.[8]
De acordo com os Atos dos Apóstolos (Atos 18:1–17), Gálio recusou a acusação contra Paulo apresentada pelos judeus. Seu comportamento na ocasião («Gálio não se importava com nenhuma destas coisas» (Atos 18:17)) tem sido visto como uma demonstração da atitude indiferente dos oficiais romanos em relação ao cristianismo primitivo naquela época.[9]
Cônsul do Império Romano | ||
Precedido por: Nero I com Lúcio Antíscio Veto |
Quinto Volúsio Saturnino 56 com Públio Cornélio Cipião |
Sucedido por: Nero II com Lúcio Calpúrnio Pisão |
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