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O marechal Khalifa Belqasim Haftar (em árabe: خليفة بالقاسم حفتر; c. 1943) é um militar líbio, tendo se destacado como um dos comandantes militares do Conselho Nacional de Transição (CNT) durante a Guerra Civil Líbia. Seu sobrenome é também transliterado como Haftar, Hifter, Hefter, Huftur, Heftir, etc.
Khalifa Haftar | |
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Nascimento | c. 1943 (82 anos) Líbia |
Ocupação | Oficial e político |
Serviço militar | |
País | ![]() ![]() |
Serviço | ![]() |
Patente | Marechal de Campo |
Conflitos | Conflito entre Chade e Líbia Primeira Guerra Civil Líbia Segunda Guerra Civil Líbia |
Desde 2014, ele lidera as tropas do Exército Nacional Líbio contra as forças do Congresso Geral Nacional (o governo em Trípoli reconhecido pelas Nações Unidas). Haftar é um dos principais comandantes militares da Segunda Guerra Civil Líbia e um dos mais poderosos "senhores da guerra" do país.[1]
Em março de 1987, era um general do Exército Líbio que foi capturado junto com cerca de 650 de seus comandados durante a Guerra Líbio-Chadiana. Depois de sua captura, juntou-se à Frente Nacional para a Salvação da Líbia (FNSL) que era o maior grupo de oposição ao regime líbio na época.[2]
Em 1988, a CIA recrutou cerca de 600 ex-militares líbios capturados no Chade, para formar uma força paramilitar que poderia ser usada para derrubar o então líder líbio, Muammar al-Gaddafi, dentre eles Hifter que lideraria o grupo, que passaram a receber treinamento em uma base próxima a Ndjamena, capital do Chade.[3]
Em 2 de dezembro de 1990, o governo de Hissène Habré foi derrubado por Idriss Déby, apoiado pelo regime líbio[4] que exigiu que os ex-militares líbios fossem repatriados, mas Déby permitiu que os ex-militares líbios que recebiam treinamento da CIA fossem levados para para o Zaire (país que a partir de 1997 passou a ser denominado como República Democrática do Congo e que à época era um aliado dos Estados Unidos na região), por meio de aviões de transporte norte-americanos, posteriormente o regime líbio conseguiu convencer 250 daqueles ex-militares a retornar ao país, enquanto que os 350 restantes, dentre eles Hifter, foram recebidos como exilados nos Estados Unidos em 1991,[3][5] onde foram dispersos entre todos os 50 estados norte-americanos.
Ao chegar aos Estados Unidos, Hifter se instalou em Vienna no estado da Virgínia, em um lugar próximo à capital norte-americana, não muito longe da sede da CIA.[6][7][8]
Em março de 1996, retornou à Líbia e participou de um levante contra o regime líbio,[9] nas Montanhas Jabal Akhdar no leste do país.[2]
Em dezembro de 1996 era apontado pelo Serviço de Pesquisas do Congresso dos Estados Unidos como o chefe da ala militar da FNSL, denominada como Exército Nacional Líbio.[2]
Haftar foi um dos principais líderes militares rebeldes durante a Guerra Civil Líbia de 2011 que derrubou a ditadura de Muammar Gaddafi. Em 2014, quando comandante do exército líbio, o Congresso Geral Nacional (CGN) se recusou a abrir mão do poder, conforme tinha sido combinado. Haftar reuniu forças leais a ele e começou a fazer guerra contra o CGN e seus aliados, que em sua maioria eram fundamentalistas islâmicos. Sua campanha militar permitiu que eleições fossem firmadas para substituir o Congresso Geral mas acabou sedimentando uma nova guerra civil. Haftar e suas tropas passaram a ser acusadas de perpetrar crimes de guerra, como massacre de prisioneiros e mortes arbitrárias.[10][11]
Haftar tem sido descrito como o "Senhor da guerra mais poderoso da Líbia", tendo lutado, contra e a favor, de quase todas as mais importantes facções envolvidas nas guerras na Líbia desde 2011. Ele tem uma forte reputação como comandante militar[12] e governa seus comandados com "punho de ferro".[13]
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