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Kerry Anne Wells (Perth, 1952) é uma rainha da beleza australiana, coroada como Miss Universo 1972, em Dorado, Porto Rico, em 29 de julho daquele ano.
Kerry Anne Wells | |
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Nascimento | 1952 Perth, Austrália |
Nacionalidade | australiana |
Altura | 1, 78 m |
Títulos | Miss Universo 1972 |
Nascida em East Victoria Park, um subúrbio da cidade de Perth, na Austrália Ocidental, modelo profissional e "garota do tempo" na televisão australiana antes de participar de concursos de beleza,[1] foi a primeira representante de seu país a conquistar o título universal.
Miss Austrália foi uma das últimas a chegar, e apesar de ser a mais alta do grupo, passou despercebida nos primeiros dias em Dorado.[2] Entre as doze semifinalistas estavam, além de Wells, Brasil, Inglaterra, Venezuela, Israel, Alemanha e Índia. A apresentação impecável e inquestionável beleza de Wells colocou-a entre as favoritas durante a última apresentação das semifinalistas e cinco morenas ficaram nas Top 5: Austrália, Brasil, Venezuela, Inglaterra e Israel. Todas as cinco tinham beleza equivalente e esperava-se qualquer coisa dali em diante.
Israel, Inglaterra e Venezuela foram as três primeiras eliminadas, restando a Miss Brasil Rejane Vieira Costa e a australiana na disputa da coroa. O apresentador Bob Barker então anunciou o Brasil na segunda colocação e, depois de três anos consecutivos com ótimas colocações mas nunca vencendo, a Austrália fez sua primeira Miss Universo.
Um dos concursos mais politicamente conturbados e cercados de segurança na história do MU, ativistas do Partido Independentista Portorriquenho, pró-independência nacional dos EUA, então um território associado americano, conseguiram cortar um dos cabos que transmitiam a imagem do evento para todo mundo - pela primeira vez em cores via satélite para 33 países[3] - no momento do anúncio da vencedora, com a imagem retornando apenas quando Wells já havia sido coroada.[2] Ela também foi a única até hoje a não ser coroada pela antecessora que cumpria um mandato normal. A Miss Universo 1971, Georgina Rizk, foi impedida pelo governo do Líbano, seu país, de ir a Porto Rico, por temor de que houvesse algum atentado à sua integridade física, depois que atentados terroristas aconteceram durante o Miss Porto Rico pouco tempo antes, e posteriormente no Oriente Médio, envolvendo o Líbano. Sua coroação foi feita pela Miss Universo 1970, Marisol Malaret. Curiosamente, ela se envolveria em algo similar três anos depois, em El Salvador, coroando a finlandesa Anne Marie Pohtamo, Miss Universo 1975, porque a Miss Universo 1974, Amparo Muñoz, da Espanha, havia renunciado na metade de seu reinado.[4]
Kerry Wells cumpriu seu reinado com perfeição mas não sem algum percalço. Pouco tempo depois do concurso, o governador-geral de Porto Rico, Luis Ferri, que havia convencido a Miss Universo Inc. a realizar a edição em seus país e mudar seu quartel-general para San Juan, foi derrotado nas eleições, acusado de corrupção. O novo governo praticamente expulsou a organização do país e Wells, que, assim como Rizk anteriormente, morava lá, teve que deixar o território e passou a maior parte de seu reinado baseada em Nova York.[2]
Depois de coroar sua sucessora, Wells trabalhou como âncora em telejornais de Perth. Em 2007, tinha se tornado uma bem-sucedida estilista de moda, escritora e comentarista, participando de palestras sobre cuidados com o corpo e auto-estima feminina. Hoje está envolvida com o 'Body Think', um programa de estilo de vida saudável projetado para escolas australianas,[2] que tem a participação de mais de 35 mil jovens com idades entre 11 e 14 anos.[5]
Precedido por Georgina Rizk |
Miss Universo 1972 |
Sucedido por Margarita Moran |
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