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grupo de artistas portugueses (e revista) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
KWY foi um grupo de artistas constituído pelos artistas portugueses Lourdes Castro, René Bertholo, António Costa Pinheiro, João Vieira, José Escada e Gonçalo Duarte, pelo búlgaro Christo e pelo alemão Jan Voss, que se reuniu em torno de uma revista, com o mesmo nome, publicada em Paris entre 1958 e 1964.
Com uma denominação que incluía três letras ausentes do alfabeto português, KWY (que poderia significar Ká Wamos Yndo) foi uma publicação de tiragem limitada e fabrico caseiro da qual foram publicados 12 números e que reuniu um extenso acervo de materiais, das artes plásticas e do campo literário.[1][2]
No universo da arte portuguesa este grupo assinala o início de um novo modelo de associação, "em que os artistas deixavam de se agrupar por tendências – como acontecera ainda nas décadas anteriores com os neorrealistas ou surrealistas, entre outros –, para, quando muito, se associarem em grupos de intervenção […] que lhes permitiam atuar mais eficazmente nos contextos, mas sem que as respetivas obras assumissem um sentido escolar ou estético comum"[3]. O núcleo central integrava Lourdes Castro, René Bertholo, João Vieira, José Escada, Costa Pinheiro, Gonçalo Duarte, Christo e Jan Voss, a que se juntou um número mais alargado de artistas plásticos e poetas contemporâneos.[1][4]
O grupo foi em grande parte responsável "pela abertura da arte portuguesa ao contexto internacional e pela franca adesão às novas linguagens figurativas que, sob a égide da reconstrução económica do pós-guerra, deram impulso a um dos períodos mais estimulantes da cultura europeia do século XX. [...] Do diálogo estabelecido entre as práticas individuais destes artistas e as múltiplas colaborações em projetos editoriais de variadas proveniências transparece um ambiente cosmopolita e transnacional que sustenta a revisão e ultrapassagem dos valores artísticos do pós-guerra pela atenção ao presente imediato".[4].
A primeira exposição do grupo realizou-se na Sociedade Nacional de Belas Artes em 1960; uma retrospetiva em 2001, no Centro Cultural de Belém, fez um balanço da sua atividade e "estabeleceu notavelmente a existência histórica do grupo"[2]. Entre 23 de Maio e 27 de setembro de 2015 realizou-se no Museu da Fundação de Serralves, Porto, uma exposição onde foi apresentada uma seleção de obras e publicações de artista (pertencentes à Coleção de Serralves) que integraram o grupo KWY, bem como de artistas portugueses e estrangeiros que colaboraram no projeto editorial KWY (nomeadamente António Areal, François Dufrêne, Raymond Hains, Bernard Heidsieck, Yves Klein e Jorge Martins).[4]
A.A.V.V. – KWY - Paris 1958-1968. Lisboa: Assírio & Alvim, 2001. ISBN 9789723706383
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