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futebolista britânico Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Justinus Soni "Justin" Fashanu (Hackney, 19 de fevereiro de 1961 - Shoreditch, 2 de maio de 1998) foi um futebolista inglês que atuava como atacante.
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Justinus Soni Fashanu | |
Data de nascimento | 19 de fevereiro de 1961 | |
Local de nascimento | Hackney, Reino Unido | |
Data da morte | 2 de maio de 1998 (37 anos) | |
Local da morte | Shoreditch, Reino Unido | |
Altura | 1,85 m | |
Informações profissionais | ||
Posição | Atacante | |
Clubes de juventude | ||
1976–1977 | Norwich City | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1978–1981 1980 1981 1981–1982 1982 1982–1985 1985–1987 1988 1989 1989 1989-1990 1990 1990 1990 1991 1991 1991-1993 1993 1993 1993–1994 1995–1996 1996–1997 1997 |
Norwich City → Adelaide City (emp.) → Adelaide City (emp.) Nottingham Forest → Southampton (emp.) Notts County Brighton & Hove Albion Los Angeles Heat Edmonton Brickmen Manchester City West Ham United Leyton Orient Southall Hamilton Steelers Toronto Blizzard Leatherhead Torquay United Airdrieonians Trelleborg Heart of Midlothian Adelaide City Atlanta Ruckus[1][2][3] Miramar Rangers |
90 (35) 5 (3) 6 (2) 32 (3) 9 (3) 64 (20) 16 (2) 12 (5) 26 (17) 2 (0) 2 (0) 5 (0) 6 (1) - (7) 0 (0) 41 (15) 16 (5) 1 (0) 11 (1) 3 (2) 18 (12) |
Seleção nacional | ||
1980–1982 | Inglaterra Sub-21 | 11 (5) |
A carreira de Fashanu, que era filho de um advogado nigeriano e de uma enfermeira guianesa,[4] foi cercada de polêmica, pois ele assumiu ser homossexual em 1990. Sua passagem por clubes, iniciada profissionalmente em 1978, no Norwich City, não foi muito expressiva, visto que ele atuou, na maioria das vezes, em clubes de pequeno e médio porte da Inglaterra, com exceção dos Canários, onde atuou até 1981, com 90 partidas disputadas e 35 gols marcados.
Fez sucesso ainda no Nottingham Forest, clube que defendeu entre 1981 e 1982, tendo passagens curtas por Adelaide City e Southampton, ambas por empréstimo. Jogou ainda em Notts County, Brighton & Hove Albion, Los Angeles Heat, Edmonton Brickmen, Manchester City e West Ham United até 1990.
Em 1990, Fashanu assumiu, em entrevista ao The Sun, que era homossexual, tornando-se o primeiro - e até hoje, único - jogador que disputava a Primeira Divisão inglesa a fazê-lo.[5] Ao mesmo tempo, ele se tornou o primeiro jogador publicamente LGBT na história do futebol profissional mundial.[6] A manchete de capa do tabloide (edição de 22 de outubro) dizia: £1m Football Star: I AM GAY (Estrela do futebol de 1 milhão de libras: Sou gay). Vários ex-companheiros de equipe reagiram mal à declaração, afirmando que os gays não tinham lugar em um esporte de equipe, e John Fashanu, irmão de Justin, chegou a chamá-lo de "pária", porém logo desmentiu tudo. Embora tenha dito que fora bem aceito por alguns de seus companheiros de equipe, o atacante admitiu abertamente que eles frequentemente faziam alguma piada maliciosa sobre sua orientação, e ele virou alvo de ofensas de várias pessoas graças à orientação sexual.
O bombardeio da imprensa sobre Fashanu aumentou ainda mais quando ele começou a sair com a atriz Julie Goodyear, que havia vendido histórias sobre o seu passado (ela era lésbica). O suposto "romance" de fachada entre ambos durou pouco tempo.
Após as declarações de que era homossexual, Justin viu sua carreira afundar. Tentou se reerguer em clubes de baixíssima expressão (Southall, Hamilton Steelers, Toronto Blizzard, Leatherhead, Torquay United, Airdrieonians, Trelleborg, Heart of Midlothian e Adelaide City).
Sem motivação para continuar jogando em seu país, Fashanu resolveu se mudar para os Estados Unidos, para jogar no Atlanta Ruckus, então na inexpressiva Segunda Divisão da MLS. Depois do time fracassar nos playoffs de acesso, a direção rescindiu o contrato de Fashanu, que se mudou para a Nova Zelândia, onde jogaria pelo Miramar Rangers. Com a vontade de seguir atuando profissionalmente esgotada, pendurou as chuteiras no final de 1997. Ensaiou também uma carreira de treinador, quando comandou o Maryland Mania.
Em março de 1998, Fashanu, já aposentado, foi acusado por um jovem de 17 anos de tê-lo agredido sexualmente. O ex-atacante foi interrogado pela polícia em 3 de abril, mas nada fora provado. Depois de algumas tentativas de prendê-lo, ele decidiu retornar à Inglaterra.
Em 3 de maio, foi encontrado enforcado em Shoreditch, perto de Londres, após ter visitado o Chariots Roman Spa, uma sauna destinada aos gays. Em uma carta de suicídio, Fashanu escreveu:
"Me dei conta de que eu havia sido condenado. Não quero mais ser uma vergonha para meus amigos e minha família. Ser gay e uma personalidade é muito difícil, mas não posso reclamar disso. Queriz dizer que não agredi sexualmente o jovem. Ele teve sexo consensual comigo, no dia seguinte, me pediu dinheiro. Quando eu recusei, ele falou 'espere e você vai ver só'. Se esse é o caso, eu ouço vocês dizerem, por que eu fugi? Bom, a justiça nem sempre é justa. Senti que não teria um julgamento justo por conta da minha homossexualidade. Espero que Jesus me dê boas vindas e que finalmente eu encontre a paz."
Em 9 de setembro, uma investigação feita em Londres mostrou que nenhuma ordem de prisão foi dada a Fashanu e que a Polícia dos EUA havia abandonado as investigações por falta de provas.
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