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jornalista e escritor angolano Da Wikipédia, a enciclopédia livre
José Eduardo Agualusa Alves da Cunha (Huambo, 13 de Dezembro de 1960) é um jornalista, escritor e editor angolano de ascendência portuguesa e brasileira.[1]
José Eduardo Agualusa | |
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Nome completo | José Eduardo Agualusa Alves da Cunha |
Nascimento | 13 de dezembro de 1960 (63 anos) Huambo, Angola Portuguesa |
Nacionalidade | angolano |
Ocupação | Escritor |
Prémios | Prémio Revelação Sonangol (1989) Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco (1999) |
Magnum opus | Teoria Geral do Esquecimento |
Nascido em Huambo, na então África Ocidental Portuguesa, é neto materno de Joaquim Fernandes Agualusa, Oficial da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial a 13 de Maio de 1960.[2]
Estudou agronomia e silvicultura no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. Colaborou com o jornal português Público desde a sua fundação; na revista de domingo desse diário (Pública) assinava uma crónica quinzenal. Escreveu crónicas para a revista portuguesa LER e o portal Rede Angola. Escreve crônicas para o jornal brasileiro O Globo e para a revista portuguesa Visão. Na RDP África é realizador do programa A Hora das Cigarras, sobre música e poesia africana.[carece de fontes]
Em 2006 lançou, juntamente com Conceição Lopes e Fátima Otero, a editora brasileira Língua Geral, dedicada apenas a autores de língua portuguesa. Numa entrevista, o escritor responde a pergunta, "Quem é o Eduardo Agualusa? "Quem eu sou não ocupa muitas palavras: angolano em viagem, quase sem raça. Gosto do mar, de um céu em fogo ao fim da tarde. Nasci nas terras altas. Quero morrer em Benguela, como alternativa pode ser Olinda, no Nordeste do Brasil". [carece de fontes]
Perguntado se diverte escrevendo, Agualusa explica: "Escrever me diverte, e escrevo também, porque quero saber como termina o poema, o conto ou o romance. E ainda porque a escrita transforma o mundo. Ninguém acredita nisto e no entanto é verdade."[3]
Outros: • Geração W (peça de teatro montada em Portugal em 2004) • Chovem amores na Rua do Matador (peça de teatro escrita juntamente com Mia Couto, estreada em Portugal em 2007) • Aquela Mulher (texto para monólogo teatral estrelado por Marília Gabriela e direcção de Antônio Fagundes, montado em São Paulo, Brasil, em 2008 e Rio de Janeiro, Brasil, em 2009) • Lisboa Africana (reportagem, 1993—com o jornalista Fernando Semedo e a fotógrafa Elza Rocha)
O seu primeiro romance - A Conjura - recebeu o Prémio de Revelação Sonangol. Com Nação Crioula foi distinguido com o Grande Prémio Literário RTP. Fronteiras Perdidas obteve o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco da Associação Portuguesa de Escritores, enquanto Estranhões e Bizarrocos obteve o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, em 2002.[carece de fontes]
Em 2007 recebeu o prestigioso "Prémio Independente de Ficção Estrangeira", promovido pelo diário britânico The Independent em colaboração com o Conselho das Artes do Reino Unido, pelo livro O Vendedor de Passados. Foi o primeiro escritor africano a receber tal distinção.[carece de fontes]
Beneficiou de três bolsas de criação literária: a primeira, concedida pelo Centro Nacional de Cultura em 1997 para escrever Nação Crioula; a segunda em 2000, concedida pela Fundação Oriente, que lhe permitiu visitar Goa, Índia, durante três meses e na sequência da qual escreveu Um Estranho em Goa; a terceira em 2001, concedida pela instituição alemã Deutscher Akademischer Austauschdienst. Graças a esta bolsa viveu um ano em Berlim, e foi lá que escreveu O Ano em que Zumbi Tomou o Rio. Em 2009, foi convidado pela fundação holandesa Fonds voor de Letteren a passar dois meses em Amesterdão, onde escreveu Barroco Tropical.[4]
Em 2017, ganhou o Prêmio Literário Internacional IMPAC de Dublin pela obra Teoria Geral do Esquecimento.[5]
Pires Laranjeira descreve o autor assim: "Agualusa alia à sua capacidade de fundamentação histórica a facilidade de fluência da enunciação, cauterizadas com episódios burlescos, sentimentais e maravilhosos".[6]
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