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Jorge Manuel de Morais Gomes Barbosa foi um dos principais linguistas de Portugal. O seu percurso académico desenrolou-se ao longo de meio século, durante o qual Morais Barbosa produziu obra de relevo e influenciou inúmeras gerações de estudantes e investigadores em diversas universidades portuguesas e estrangeiras.
Jorge Morais Barbosa | |
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Nascimento | 1937 Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | Portugal português |
Ocupação | linguista, fonólogo, professor universitário |
Magnum opus | Études de Phonologie Portugaise |
Jorge Morais Barbosa (n. Lisboa, 1937 - m. Lisboa, 2 de Maio de 2015)
Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1958, tendo apresentado a tese Crónica de Castela (ms. 8817 da Biblioteca Nacional de Madrid). Elementos para o Estudo Linguístico, Texto (Fernando I - Afonso VI). Glossário. 3 vols. Doutorou-se em Letras (Linguística) na Universidade de Paris (doutoramento de Estado) em 1966, onde estudou com André Martinet[1] que lhe orientou as dissertações Essai sur le problème linguistique de l'intonation (thèse complémentaire pour le doctorat és lettres présentée à la Faculté des Lettres et Sciences Humaines de l’Université de Paris, 1965) e Études de phonologie portugaise (thèse de doctorat d’État présentée à la la Faculté des Lettres et Sciences Humaines de l’Université de Paris, 1965). Esta última foi publicada em Portugal (na sua versão francesa) em 1965: constitui um trabalho pioneiro na área da fonologia do português que introduziu em Portugal as ideias do estruturalismo funcionalista.
Jorge Morais Barbosa teve uma longa e distinta carreira de professor universitário. Leccionou em diversas universidades portuguesas e estrangeiras[2] e terminou a sua carreira docente jubilando-se como Professor Catedrático de Linguística Portuguesa do Instituto de Língua e Literatura Portuguesas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em 2007.
Tendo ascendido à categoria de Professor Catedrático em 1969 com apenas 32 anos, Jorge Morais Barbosa foi, durante muitos anos, até à jubilação, o decano dos linguistas portugueses.
Participou em numerosos júris de provas de aptidão pedagógica e capacidade científica,[3] mestrado,[4] doutoramento,[5] agregação,[6] progressão na carreira de investigação,[7] de equivalência ou reconhecimento de habilitações[8] e de concursos para professor associado[6] e catedrático,[9] quase sempre como arguente ou relator. Orientou de numerosos trabalhos de síntese de provas de aptidão pedagógica e capacidade científica e dissertações de mestrado e doutoramento, em Universidades portuguesas[10] e estrangeiras.[11]
Desempenhou ao longo da sua carreira diversos cargos académicos e institucionais.[12]
Jorge Morais Barbosa é autor de extensa bibliografia. Produziu muitas dezenas de artigos científicos, publicados em diversas revistas científicas (portuguesas e estrangeiras). As suas principais áreas de interesse e investigação científica têm sido a Linguística Geral, a Fonologia e a Sintaxe. Também a Crioulística e a situação da língua portuguesa no mundo mereceram a sua atenção. Da sua obra podem destacar-se os livros seguintes:
Divulgador do funcionalismo e da sua aplicação à análise da língua portuguesa, Jorge Morais Barbosa traduziu duas obras fundamentais de André Martinet:
Jorge Morais Barbosa mantém-se um investigador activo e prolífico, com vários trabalhos entregues para publicação ou em curso.
A sua preocupação com a promoção da língua portuguesa levou-o a intervir publicamente contra a Terminologia Linguística dos Ensinos Básico e Secundário[13] e contra o Acordo Ortográfico de 1990.
É signatário e promotor de uma petição em linha contra o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que recolheu desde 2 de Maio de 2008 mais de 120 000 assinaturas.
Foi recebido, com outros signatários dessa petição, no Palácio de Belém pelo Presidente da República Portuguesa em Junho de 2008 em audiência especial.[14]
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