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historiador de arte britânico Da Wikipédia, a enciclopédia livre
John Bernard Bury (Langridge, 10 de julho de 1917 – Wimbledon, 18 de janeiro de 2017[1]) foi um historiador de arte britânico, considerado um dos pioneiros e até hoje uma das principais referências no estudo da arte colonial brasileira.[2]
John Bury | |
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Nascimento | 10 de julho de 1917 |
Morte | 18 de janeiro de 2017 (99 anos) Wimbledon |
Cidadania | Reino Unido |
Alma mater | |
Ocupação | historiador de arte |
Estudou História moderna na Universidade de Oxford entre 1935 e 1938. Ainda estudante, entrou em contato com a obra Spanish Baroque Art de Sacharel Sitwell, que lhe despertou o interesse pela arte barroca brasileira e pelo Aleijadinho como assunto para sua tese de doutorado. Terminada a II Guerra Mundial, viajou para o Brasil afim de aprofundar seus estudos, visitando cidades históricas de Minas Gerais. De volta à Inglaterra, passou a palestrar em universidades e a publicar ensaios em revistas acadêmicas sobre os temas a que se dedicou, sendo um dos primeiros responsáveis por chamar a atenção internacional para o rico legado barroco no Brasil, até então largamente desconhecido no exterior e desprezado em sua própria terra.[2][3][4]
A partir dos anos 50 se dedicou principalmente à arte portuguesa, estabelecendo frutíferos contatos com outros pesquisadores notáveis, como Robert Chester Smith, Mário Chicó, Nikolaus Pevsner, Rudolf Wittkower e René Taylor. Nos anos 60, sentiu a necessidade de reunir uma biblioteca pessoal, adquirindo muitas obras raras, especialmente tratados antigos sobre arquitetura, o que deu mais universalidade às suas ideias. Seus últimos trabalhos datam da década de 1990.[3]
Apesar da importância de suas pesquisas pioneiras, os livros e ensaios que publicou tiveram reduzida circulação mesmo entre os especialistas estrangeiros, e permaneceram longamente ignorados pelos pesquisadores brasileiros, principalmente porque divergiam da política governamental de meados do século XX que lia o Barroco nativo através das lentes do nacionalismo. Somente há poucos anos vêm sendo resgatados e incorporados ao seleto e ainda escasso acervo de obras fundamentais sobre a arte colonial brasileira, ombreando com os de Germain Bazin e Robert Chester Smith, outros estrangeiros que deram relevante contribuição ao assunto no século XX.[2][5][6]
Na apreciação de Mariela Brazón, sua abordagem se caracteriza pela adesão à escola formalista, mas também deu importância à análise particularizada da obra de artistas individuais.[3] Diz ela:
Entre as suas obras se destacam:[2]
Em 1991 a pesquisadora Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira organizou um volume com vários de seus ensaios, intitulado Arquitetura e Arte no Brasil Colonial,[6] reeditado em 2006 num projeto do IPHAN em parceria com o Programa Monumenta que tem o intuito expresso de disponibilizar para o estudo do patrimônio brasileiro publicações referenciais de difícil acesso.[7]
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