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político neerlandês Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Jeroen René Victor Anton Dijsselbloem (pronúncia aproximada /dêissel-blum/; Eindhoven, 29 de março de 1966) é um político neerlandês do Partido do Trabalho. É desde 13 de setembro de 2022 o Presidente da Câmara de Eindhoven.[1]
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Jeroen Dijsselbloem | |
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Jeroen Dijsselbloem | |
Presidente do Eurogrupo | |
Período | 21 de Janeiro de 2013 - 13 de Janeiro de 2018 |
Antecessor(a) | Jean-Claude Juncker |
Sucessor(a) | Mário Centeno |
Dados pessoais | |
Nascimento | 29 de março de 1966 (58 anos) Eindhoven, Países Baixos |
Partido | PvdA |
Como membro do Partido do Trabalho (Países Baixos) foi Ministro das Finanças dos Países Baixos de 5 de novembro de 2012 a 26 de outubro de 2017 no governo presidido por Mark Rutte.[2] Foi deputado do Parlamento dos Países Baixos entre 2000 e 2012 (com uma interrupção em 2002), concentrando-se em questões de cuidados de juventude, educação especial e professores.[3]
Jeroen Dijsselbloem estudou economia agrícola, com foco em economia empresarial na Universidade de Wageningen (1985-1991). Terá realizado investigação na área da Economia Empresarial, no University College Cork, na República da Irlanda (1991), com o objetivo de obter um Mestrado, sem no entanto o concluir.[4] Apesar de não ter concluído os estudos deste curso de Mestrado, entre Novembro de 2013 e Abril de 2014, o grau de Mestre constou da sua biografia oficial, até o mesmo ser desmentido por parte do University College Cork e da National University of Ireland.[4]
De 1993 a 1996, ele trabalhou para o grupo parlamentar do Partido Trabalhista neerlandês e de 1996 a 2000, trabalhou no Ministério da Agricultura, Natureza e Pescas. De 1994 a 1997, foi membro do conselho municipal de Wageningen.[3]
Dijsselbloem foi ainda Presidente do Eurogrupo entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018.[5]
Em Março de 2017, poucos dias depois do seu partido ter sido copiosamente derrotado nas Eleições Gerais Holandesas, Dijsselbloem declarou ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung "não se pode gastar o dinheiro todo em copos e mulheres e depois pedir ajuda", referindo-se aos países do sul da Europa afetados pela crise da dívida pública da Zona Euro.[6] A 21 de Março, numa audição no Parlamento Europeu, recusou-se a pedir desculpa pelas declarações.
Estas palavras deram origem a reações de indignação por parte de vários responsáveis políticos de alto nível de vários países europeus e de diferentes famílias políticas. Gianni Pittella, líder do grupo socialista no Parlamento Europeu (ao qual o partido de Dijsselbloem pertence) disse que "não há desculpas nem razões para usar linguagem desta, especialmente para alguém que supostamente é um progressista".[7] Também o líder da bancada do Partido Popular Europeu, Manfred Weber, criticou o holandês, referindo no twitter que "a Zona Euro é responsabilidade, solidariedade mas também respeito; não há espaço para estereótipos".[8] O Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa, disse que "numa Europa a sério, o senhor Dijsselbloem já estava demitido neste momento; não é possível que quem tem uma visão xenófoba, racista e sexista possa exercer funções de presidência de um organismo como o Eurogrupo".[9] O antigo Primeiro-Ministro de Itália, Matteo Renzi, também defendeu a demissão de Dijsselbloem, dizendo que "se quer ofender Itália, devia fazê-lo num bar, e não no seu papel institucional".[10]
Desrespeitando uma ordem do tribunal, Dijsselbloem recusou revelar o nome da pessoa com quem o seu antecessor nas Finanças tinha feito um duvidoso acordo fiscal: um informador anónimo ajudou a detetar evasões fiscais em troca de uma parte nos lucros. Por dar protecção a este informador e aos que fizeram o acordo com ele, Dijsselbloem viu no mês de Novembro de 2014 serem-lhe feitas acusações penais – o que é considerado sem precedentes para um ministro holandês.[11]
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